Psoríase é uma doença de pele, inflamatória, crônica, não contagiosa e que costuma aparecer e desaparecer periodicamente, o que é chamado de cíclica. Trata-se de uma doença bastante comum, desencadeada pelo sistema imunológico, meio ambiente, estresse emocional, infecções virais ou bacterianas ou pela genética.
Apesar de não possuir uma causa exata, a psoríase ocorre quando o sistema autoimune ataca as células de defesa do organismo (linfócitos T), quando esses liberam substâncias inflamatórias. À medida que o sistema imunológico trabalha para acabar com a inflamação, mais células de defesa são produzidas, não ofertando tempo para que as células mortas possam ser eliminadas.
Esse ciclo culmina em escamas e manchas bastante espessas, avermelhadas e com risco de abrir feridas, sendo o tratamento tópico o mais indicado, na maioria das vezes.
Vamos abordar, neste conteúdo, os sintomas, os tipos mais comuns e os tratamentos mais conhecidos para psoríase. Acompanhe!
Sintomas e tipos de psoríase
Os sintomas variam de pessoa para pessoa e, principalmente, de tipo de psoríase, que pode afetar as unhas, couro cabeludo ou locais com dobras (cotovelo e joelho). Os tipos e sintomas de psoríase são:
Psoríase em placas
Também chamada de vulgar, esse tipo é o mais frequente, caracterizado por placas esbranquiçadas, avermelhadas, com escamas extremamente secas e que provocam coceira. Podem rachar e sangrar em torno das articulações, em casos mais graves.
Psoríase invertida
As lesões vermelhas e inflamadas atingem áreas mais úmidas, como abaixo do peito, axilas e virilhas mas também podem atingir o couro cabeludo e as dobras, como cotovelo e joelhos. Sudorese excessiva tende a agravar a situação.
Psoríase ungueal
Esse tipo de lesão é reconhecida pelas manchas amareladas nas unhas, dando a elas um aspecto deformado e dificultando seu crescimento normal, podendo, inclusive, fazê-las descolar.
Psoríase gutata
Muito mais comum em crianças e jovens. Surge em formato de gotas no tronco, quadril e coxas mas também tem ocorrência no couro cabeludo e pernas. O tipo gutata está relacionado com infecções bacterianas e sua escama fina destoa das escamas espessas de outros tipos de psoríase.
Psoríase eritodérmica
A menos comum e a mais intensa. Suas lesões costumam afetar mais de 70% do corpo, com manchas vermelhas, que coçam e ardem bastante. Sua causa está ligada a queimaduras graves, uso contínuo ou retirada abrupta de corticosteroides ou algum tipo de infecção.
Psoríase pustulosa
Caracterizada por bolhas de pus e manchas que se espalham em pequenas áreas ou por todo o corpo. Esse tipo de lesão também costuma causar febre, coceira, fadiga e calafrios, quando generalizada.
Psoríase artropática
Ou artrite psoriática, como é mais conhecida. Causa dores nas articulações (mãos, pés, quadris e coluna), deformidades, forte rigidez, além dos sinais típicos da doença de pele, como escamas e inflamação.
Psoríase no couro cabeludo
Muito semelhante à caspa, as escamas que afetam o couro cabeludo coçam e se desprendem como flocos, que nada mais são que pele morta. A área fica avermelhada e com escamas branco-prateadas.
Tratamentos
Os tratamentos para psoríase já são capazes de reduzir consideravelmente a incidência da doença, tanto a versão leve quanto as mais graves.
Para a psoríase leve, o recomendado é seguir o seguinte tratamento:
- manter a pele hidratada;
- usar medicamento tópico, como cremes ou pomadas receitadas;
- procurar se expor ao sol em horários adequados.
Já para os casos moderados/graves, o ideal é um tratamento sistêmico baseado em injeções ou comprimidos, ou ainda a fototerapia (exposição à luz ultravioleta).
É importante seguir as recomendações médicas até o fim do tratamento para que não haja um agravamento da psoríase. Manter uma dieta balanceada e praticar alguma atividade física também ajudam os sintomas a desaparecerem.