Pablo Emílio Escobar Gaviria (1949 – 1993), conhecido apenas como Pablo Escobar, foi um narcotraficante colombiano, chefe do Cartel de Medellín, muito famoso na década de 80. A fama e o poder tornaram-no uma lenda viva, cujo lema era “plata o plomo” (em português, “dinheiro ou morte”).
Pablo Escobar nasceu no dia 1º de dezembro de 1949, em RioNegro, Antioquia. Filho de família humilde e sem posses, seu pai administrava o sítio e a mãe era professora rural.
Com isso, Escobar teve que trabalhar muito cedo em diversos serviços que apareciam, como lavador de carros, ajudante de mercado, flanelinha em estacionamentos e segurança.
A vida de contrabando começou com pequenos furtos, vendas de cigarros contrabandeados, tráfico de maconha, até chegar a cocaína, onde iniciou sua trajetória de fortuna.
A vida de crimes de Pablo Escobar
De furtos à distribuição de drogas. Assim, Pablo Escobar iniciava sua “carreira” como o mais poderoso traficante da Colômbia e de toda a América Latina.
A organização criminosa, Cartel de Medellín, chefiada por Escobar, era uma rede de traficantes de drogas nascida a partir de 1974, e responsável pela distribuição de 80% de cocaína em diversos países nos anos 80 e 90, como Porto Rico, México e República Dominicana.
Aos 25 anos, o traficante foi preso com 19 quilos de cocaína, mas o seu caso foi arquivado. Com isso, a organização prosperava cada vez mais, chegando a fornecer até 15 toneladas de droga por dia aos Estados Unidos.
Além de toda fortuna acumulada, Pablo Escobar também colecionou mortes ao longo dessa jornada. Foram mais de 6 mil assassinatos com o intuito de manter o lucrativo negócio ilícito.
Vida pública
Pablo Escobar não era uma figura pública apenas por suas atividades criminosas. Na Colômbia, ele foi considerado uma espécie de herói nacional por ajudar os pobres, financiando a construção de casas e até distribuindo dinheiro a quem mais necessitava.
Ajudou a financiar campanhas políticas e se candidatou deputado suplente em 1982, criando o grupo político “Civismo em Marcha”. Entretanto, seu tempo na política durou pouco ao ser impedido de assumir o cargo.
Prisão
Com a entrada do presidente Virgílio Barco, em 1986, a vida de crimes de Pablo Escobar começava a ruir, mas não sem antes de derramar muito sangue. Barco ameaçou extraditar o narcotraficante para os Estados Unidos.
No entanto, Escobar e seu Cartel de Medelín coordenou ataques violentos na cidade, com o objetivo de impedir a ação do Governo.
A violência cessou quando César Gaviria, eleito novo presidente, aprovou na Constituição de 1991, a proibição de extraditar cidadãos colombianos. Então Escobar e os membros do Cartel se entregaram à polícia.
Todavia, não era uma prisão comum. Para se entregar à justiça, Pablo Escobar exigiu que fosse construída uma prisão luxuosa, a qual deu o nome de “La Catedral”. Lá de dentro, comandada todo o tráfico internacional de cocaína.
Fuga e morte de Pablo Escobar
Mesmo com a garantia de não ser extraditado, Escobar tinha medo disso acontecer de alguma forma. Por isso, fugiu da prisão em 1992, e viveu isolado.
A fuga foi o estopim para a morte do narcotraficante. No dia 2 de dezembro de 1993, durante uma tentativa de escapar pelo telhado da casa em Medellín, Pablo Escobar foi morto por policiais. Ele deixou esposa e dois filhos, que pediram asilo político na Argentina.
Por Vania Ferreira