Náuseas, fadiga, mudanças de humor, urina frequente. Esses são só alguns dos sinais visíveis de que a gestante está prestes a receber um novo ser. Mas, lá dentro, o organismo se prepara da mesma maneira, e alguns hormônios também têm sua estrutura afetada em função dessa nova fase na vida da mulher. Veja a seguir o que acontece com o corpo da mulher quando engravida.
O sistema endócrino tem alterações em quatro hormônios, que são essenciais para a mãe e para o desenvolvimento do bebê. Os primeiros deles já são velhos conhecidos: os hormônios sexuais femininos estrogênio e progesterona, produzidos pelo ovário ao longo da menstruação.
No período da gravidez, essa produção é ainda maior, e eles são secretados pela placenta. Os outros dois, de nomes um pouco mais complicados, são a gonodotrofina coriônica e a somatomamotropina coriônica humana. Ficou curioso para saber para que serve cada um? Então fique de olho na sequência deste informe.
O estrogênio é o responsável por moldar as características sexuais femininas, como o aumento da vagina, crescimento de pelos pubianos, alargamento pélvico e crescimento das mamas, além do desenvolvimento de áreas como as coxas e quadris. E é entre a 15ª e a 20ª semana de gravidez que a secreção desse hormônio e da progesterona aumentam. Só o índice de estrogênio chega a crescer 30 vezes mais.
A consequência mais notória é a dilatação do canal pélvico, o que torna a passagem do feto mais fácil. É também o estrogênio quem provoca um aumento do tecido adiposo nas mamas, tornando-as maiores. A probabilidade de sentir mais calor também cresce nessa fase.
A progesterona, por sua vez, atua no preparo do útero para a recepção do óvulo já fertilizado e da mama, para a produção do leite. Ela é responsável por prover ao feto os nutrientes armazenados no endométrio, além de inibir a musculatura uterina, o que protege o óvulo fertilizado de uma expulsão involuntária. Já as glândulas das mamas ficam ainda maiores e geram o acúmulo de nutrientes nas células glandulares. Os indesejados enjoos também são provocados por esse hormônio.
O terceiro destaque na gravidez é a gonodotrofina coriônica. Ele é uma espécie de guarda-vidas, já que sua função é manter ativo o corpo lúteo – aquela glândula temporária, responsável pela secreção de progesterona, especialmente no primeiro trimestre. Após esse período, a placenta fica responsável pela produção desse hormônio e de estrogênio.
Já o hormônio com nome e sobrenome complexos, a somatomamotropina coriônica humana, tem um papel essencial no desenvolvimento do feto: é ele quem garante sua nutrição, poupando o uso da glicose pela gestante, além de mobilizar os ácidos graxos do tecido adiposo materno, aumentando a utilização deles como fonte de energia no lugar da glicose. É através dele também que o feto consegue crescer.