Miocardiopatias

Miocardiopatias formam o grupo de disfunções cardiovasculares que afetam o músculo cardíaco, causando falta de ar, inchaço abdominal, síncope, e ainda pode resultar em morte súbita. Alguns tipos de cardiopatias podem ser causadas por infecção viral, anomalias genéticas ou distúrbios dos tecidos.

Miocardiopatias são distúrbios cardiovasculares que afetam o músculo do coração, impedindo o bombeamento do sangue para todo o corpo. Como resultado, o paciente sofre com a falta de ar e inchaço na barriga e nas pernas.

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Essas disfunções do miocárdio podem ser hereditárias ou adquiridas, prejudicando o bom funcionamento dos ventrículos. Existem 3 tipos de miocardiopatias:

1. Miocardiopatia dilatada

Quando ocorre a dilatação dos ventrículos, mas eles não são capazes de bombear o sangue para o organismo, dá-se o nome de miocardiopatia dilatada. Essa condição leva a insuficiência cardíaca.

Algumas causas:

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  • Miocardite (inflamação aguda do miocárdio causada por vírus);
  • Abuso de álcool e drogas;
  • Infecção viral por Coxsackie B;
  • Diabetes;
  • Doenças da tireoide.

Alguns sintomas da miocardiopatia dilatada:

  • Insuficiência cardíaca esquerda
  • Falta de ar ao fazer esforço;
  • Cansaço, fraqueza;
  • Retenção de líquido nas pernas e abdômen;
  • Febre repentina e outros sinais típicos de gripe;
  • Taquicardia;
  • Pressão baixa ou normal.

Os sintomas típicos de gripe podem evidenciar uma miocardiopatia viral.

2. Miocardiopatia restritiva

A miocardiopatia restritiva é um grupo de distúrbios do músculo do coração, caracterizado pela rigidez ventricular, aumento da pressão diastólica e sua resistência quanto ao enchimento de sangue entre os batimentos. O músculo cardíaco pode ser substituído por tecido cicatricial ou infiltrado por uma substância estranha.

Algumas causas:

  • Amiloidose: doença rara em que há depósito da proteína amiloide, afetando, não só o coração mas também diversos órgãos.
  • Sarcoidose: doença autoimune caracterizado pelo crescimento de nódulos inflamatórios.
  • Tumores;
  • Radiação;
  • Esclerodermia difusa: doença autoimune que causa danos na pele.
  • Doença de Gaucher: doença genética que leva ao acúmulo de gordura devido a falta da enzima beta-glicosidase.
  • Hemocromatose: acúmulo de ferro nos tecidos.
  • Doença de Fabry: distúrbio raro que causa danos nos tecidos por causa de uma deficiência no cromossomo X.

Alguns sintomas da miocardiopatia restritiva:

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  • Insuficiência cardíaca direita;
  • Sintomas de isquemia;
  • Dispneia;
  • Edema periférico.

Os sinais costumam ser semelhantes a pericardite constritiva, formado por inflamação e fibrose do pericárdio.

3. Miocardiopatia hipertrófica

Doença hereditária ou adquirida, que consiste na sobrecarga, espessamento e rigidez das paredes ventriculares.

Algumas causas:

  • Defeito genético;
  • Acromegalia: doença que provoca uma alta produção do hormônio de crescimento, causado, geralmente, por um tumor hipofisário benigno.
  • Neurofibromatose: formação de tecidos nervosos moles e carnudos debaixo da pele.
  • Feocromocitoma: excesso de hormônio epinefrina provocado por um tumor.

O defeito genético hereditário é a principal causa da cardiomiopatia hipertrófica. As outras causas são raras, mas não devem ser descartadas.

Alguns sintomas da miocardiopatia hipertrófica:

  • Síncope;
  • Falta de ar;
  • Dor torácica;
  • Palpitações.

Os desmaios (síncope) acontecem sem aviso, ou seja, não há sinais de tontura e mal-estar que prenunciem um desfalecimento. A cardiomiopatia hipertrófica é uma doença capaz de levar à morte súbita, e tem grande incidência em jovens atletas.

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