No período mercantilista, que antecedeu o liberalismo econômico, o estado possuía o controle econômico, que era administrado pelos reis com o apoio da burguesia. Já com o liberalismo econômico, esse controle foi descentralizado, passando a ser baseado em linhas de economias individuais, sem a intervenção do estado.
Com a alta cobrança de impostos e intervenção estatal, a população havia se cansado desse padrão econômico e estava em busca de um novo modelo social-econômico que pudesse alterar esse padrão absolutista.
A derrubada do mercantilismo se deu a partir dos questionamentos de um determinado grupo de pensadores, que criticavam a forma como o estado interferia na economia, causando assim prejuízos econômicos para os indivíduos, com a excessiva intervenção dos reis no âmbito econômico.
Com esses questionamentos, surgiu a ideologia do liberalismo, onde o liberalismo econômico pode ser definido como a não intervenção do estado na economia de um país, fazendo com que haja a livre concorrência, câmbio livre, e defesa também da propriedade privada.
Principais defensores do liberalismo econômico
O principal defensor do liberalismo econômico, considerado como um pai da economia moderna, foi Adam Smith. Adam Smith foi um filósofo social do período denominado ‘’Iluminismo’’ e economista. Ele abordava diversas questões político-econômicas, onde questionava o controle econômico estatal e mostrava como esse controle afetava negativamente a economia do estado e indivíduo.
Além de Adam Smith, os filósofos e economistas Thomas Robert Malthus e David Ricardo, também contribuíram para os estudos e defesa a respeito do liberalismo na economia. Outros influenciadores do liberalismo econômico são:
– François Quesnay;
– Vince Burns;
– David Hume;
– Jeremy Bentham;
– Wilhelm Humbolt;
Características gerais do liberalismo econômico
O liberalismo na economia possui como a sua maior característica a não intervenção estatal na economia do indivíduo, tornando-a mais competitiva e lucrativa. Outras características principais podem ser definidas como:
– A defesa a respeito da propriedade privada;
– Defesa da lei da oferta e procura, com base na livre concorrência;
– Câmbio livre;
– Tem como base sociedades capitalistas;
– Individualismo, onde cada um tem liberdade de ação e é responsável por si e sua economia;
– Defesa da não intervenção do estado em assuntos econômicos;
– O estado deve participar o mínimo possível de questões voltadas para a economia do país;
– O trabalhador passa a ter a mão de obra mais valorizada, pois a ideologia define que toda a riqueza vem do trabalho humano;
– Luta contra barreiras econômicas e medidas restritivas que possam interferir na economia;
– Luta contra o protecionismo;
– Luta contra as altas taxas de impostos;
– Tem como frase marcante ‘’Laissez-faire, laissez passer’’, uma frase francesa que significa ‘’Deixai fazer, deixai passar’. A frase é o maior símbolo do liberalismo econômico, onde é defendida pelo pensamento capitalista.
Oposição ao liberalismo econômico
Após surgir a ideologia da economia liberal, houve pensamentos que tentaram justificar a importância da intervenção do estado na economia. Estas filosofias, possuem uma teoria baseada na ideologia marxista, desenvolvida por Karl Marx e Friedrich Engels.
A teoria marxista afirma que o estado deve intervir na economia com o objetivo de manter a igualdade entre as classes sociais, ou seja, o liberalismo econômico teve como oposição a luta pela igualdade social, que está presente até hoje em alguns governos.
Neoliberalismo
O liberalismo econômico foi abalado com a crise de 1929, com a quebra da bolsa de valores de Nova York. Alguns estudiosos afirmam que o liberalismo econômico foi o responsável pela crise, pelo fato de fazer a economia crescer muito e de forma desorganizada. No entanto, outros estudiosos afirmam que o liberalismo da economia não foi o responsável pela crise, mas sim outros fatores, principalmente das linhas de raciocínio de Karl Marx.
Desta forma, o liberalismo clássico foi substituído pelo keynesianismo, que surgiu após a primeira guerra mundial. Mas na década de 80 e 90, a ideologia do liberalismo econômico voltou a ser aplicada, porém com algumas alterações e renomeada para neoliberalismo, onde ocorre a defesa da privatização, diminuição de funcionários públicos e a abertura do mercado econômico interno. O neoliberalismo, diferente do liberalismo clássico, defende que deve ocorrer pouca intervenção do estado na economia, como uma solução para que haja mais organização no setor econômico.