Como já mencionado, a lenda das Amazonas vem da Mitologia Grega. Algumas dessas amazonas, porém, mereceram lugares célebres na história, como Pentesileia – uma amazona que teria participado ativamente da Guerra de Troia. Também destaca-se Hipólita – irmã de Pentesileia – que detinha uma cinturão com poderes. Tal cinturão fora um dos 12 objetos dos trabalhos de Hércules.
Em algumas culturas, as amazonas, no entanto, são pintadas como saqueadoras. Também são ilustradas como mulheres que se envolviam com frequência em conflitos contra guerreiros gregos, para domínio de terras e águas.
Ainda na Mitologia Grega, a Lenda da Amazonas também descreve essas mulheres como participantes de uma nação feminina antiga, onde era proibida a entrada de homens. Nessa linha, Heródoto teria colocado essas amazonas em uma área localizada próximas às fronteiras de Cítia, na Sarmácia.
A Lenda das Amazonas na Antiga Grécia
A Lenda da Amazonas teria surgido na Antiga Grécia, antes mesmo da existência da figura de Jesus Cristo. Tal lenda era contada por meio de histórias, onde mulheres montavam a cavalo, tinham habilidades de manipular arco e flecha e não se permitiam a viver no mesmo território que os homens.
A lenda ainda conta que as amazonas eram excelentes e corajosas guerreiras. Até mesmo o mais habilidoso guerreiro homem temia as habilidades de uma amazona.
A Lenda das Amazonas e a exploração espanhola da América do Sul
Já o aventureiro e escrivão espanhol, Francisco Orella, por volta de 1540, teria feito parte de uma armada de exploração pela América do Sul. A expedição tinha de atravessar o extenso rio, que cortava as florestas escuras.
E conforme A Lenda das Amazonas americana, Orella teria visto, no reino das Pedras Verdes, as amazonas, que eram mulheres indígenas, conhecidas como as Icamiabas. O termo significava “mulheres que não tinham marido”.
De acordo com os indígenas da época, as amazonas teriam atacado bravamente o grupo espanhol. Elas eram altas, belas, com cabelos compridos trançados e pele clara. Tal descrição fora feita pelo Frei Gaspar de Carnival – outro escrivão da frota espanhola.
As amazonas entraram em confronto com a esquadra espanhola, lutando ferozmente, na foz do Nhamundá – local na fronteira entre os atuais estados do Amazonas e do Pará. Os espanhóis, na ocasião, foram pegos de surpresa, já que de acordo com A Lenda das Amazonas, elas eram belas combatentes e quase desnudas, além de terem enorme habilidade para lidar com arcos e flechas.
Os espanhóis, foram, então, derrotados pelas amazonas. Rapidamente, a esquadra entrou em fuga.
A Lenda das Amazonas e as suas moradias e os seus filhos
Durante a fuga, a esquadra espanhola encontrou um índio, que falou sobre A Lenda das Amazonas. O indígena revelou aos espanhóis que existiam, ao menos, 70 tribos de amazonas Icamiabas naquela região.
Ainda contou que elas moravam em aldeias feitas com pedras, que permitiam que as amazonas tivessem acesso a outros povoados – aos quais elas cercavam. Assim, elas cobravam um tipo de pedágio de quem quisesse atravessar as estradas.
Além disso, o grupo de amazonas era liderado por uma virgem, que nunca tivera contato com um homem. Mas, quando chegava a época da reprodução as amazonas atraiam os índios das tribos e engravidavam deles. Ao darem à luz a meninos, eles eram entregues aos progenitores, como se fossem talismãs. Já os bebês do sexo feminino, eram criadas por elas.
A Lenda das Amazonas, O Rio de Las Amazonas e a Mitologia Grega
Os espanhóis, ao ficarem sabendo mais sobre A Lenda das Amazonas e a sua relação com uma lenda parecida vinda da Mitologia Grega, uniram as duas histórias e acabaram por rebatizar o rio onde as amazonas percorriam de Mar Dulce para o “Rio de Las Amazonas”.
Na verdade, os espanhóis teriam se confundido ao encontrarem as amazonas na América do Sul. Eles acreditavam que tinham achado as famosas e raras amazonas da Mitologia Grega. E fora devido a esse equívoco que o rio permaneceu com o nome de “Rio de Las Amazonas”.
A história toda teria acontecido na América do Sul e foi espalhada como a Lenda da Amazonas por diversos países do continente.
Por Erica Franco