Laqueadura

A laqueadura é um processo, em geral, cirúrgico, que é realizado para a esterilização definitiva das mulheres. O procedimento, no Brasil, só pode ser realizado com o consentimento da paciente.

Laqueadura

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A laqueadura, como mencionado, esteriliza a mulher de forma definitiva, para que ela não tenha mais gestações. O procedimento também é chamado de ligadura de trompas ou ligadura tubária.

Apesar do procedimento ser, normalmente, cirúrgico, ele é relativamente simples de ser realizado por um médico obstetra ou ginecologistas. A laqueadura faz uma espécie de obstrução dos tubos uterinos – o que impossibilita o processo de fecundação da mulher.

Atualmente, existem diversas técnicas para fazer a laqueadura nas mulheres. Os procedimentos se diferenciam de acordo com a localização em que a intervenção é realizada e quanto os materiais usados pelo médico.

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Vale saber que, no Brasil, pode se submeter à laqueadura, pelo SUS (Sistema Único de Saúde), mulheres com mais de 25 anos de idade e que tenham, ao menos, dois filhos. No entanto, a laqueadura só pode ser realizada com a autorização da mulher.

A laqueadura também é indicada pelos médicos para mulheres que têm problemas em gerar filhos, passando, por exemplo, por abortamentos constantes. Isso pode causar danos à saúde da mulher. 

  • Principais tipos de Laqueadura  

As laqueaduras podem ser classificadas de acordo com a posição da intervenção cirúrgica, que pode ser feitas em dois locais: Abdômen ou Vagina.

Além disso, classifica-se a laqueadura pelo tipo de material usado no procedimento, que podem ser: clipes de titânio, anéis de plástico, fios de sutura, cauterização.

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O médico é quem avalia qual o tipo de laqueadura é mais adequado para cada paciente. São levados em consideração motivos como a cicatrização, a aderência ou a eventual presença de miomas ou de endometriose. 

  • Laqueadura pelo Abdômen

As intervenções para esterilização que são feitas através do abdômen da mulher são: 

  1. Minilaparotomia: nesse processo, é realizado um corte no meio do abdômen da paciente, logo acima da região pubiana. O corte da Minilaparotomia costuma ser pequeno e discreto.

Esse procedimento pode ser realizado na mulher após dois dias de um parto. Isso porque é nesse período em que existe um aumento do volume do útero – o que facilita a cirurgia.

Não se recomenda a laqueadura após muito tempo da data de um parto. Porém, quando existe mesmo a necessidade do procedimento, o mais indicado é a Minilaparotomia. 

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  1. Laparotomia: trata-se do método mais adotado pelo SUS. Um corte é feito no abdômen da mulher, no sentido horizontal – parecido com o corte de uma cesariana.

O corte, porém, costuma ser maior do que o feito na Minilaparotomia, além de ser um processo mais invasivo. Também existe maior risco de infecção, portanto, a mulher deve seguir as recomendações médicas e fazer acompanhamento até receber alta. 

  1. Laparoscopia por videolaparoscopia: procedimento onde é realizada uma inserção de uma pequena câmera, por meio de pequenos orifícios feitos no abdômen da paciente. Nesse procedimento, o médico tem uma visão ampliada e detalhada dos tecidos e órgãos da mulher, facilitando o seu trabalho.

Trata-se de uma intervenção pouco invasiva, com poucos riscos de infecção e cicatriz menos aparente. A recuperação da mulher também é mais rápida com a Laparoscopia por videolaparoscopia. 

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  • Laqueadura pela Vagina 
  1. Colpotomia: procedimento pouco invasivo, que apresenta pouca perda de sangue e pouca dor na recuperação. A Colpotomia é realizada através de uma corte pequeno pelo chamado fundo-de-saco posterior da vagina – que é um espaço existente em torno do colo do útero das mulheres e por onde as trompas conseguem ser alcançadas pelo cirurgião.

Embora tenha vantagens, esse é um procedimento tem mais riscos de infecção para a paciente, que deve tomar todos os cuidados indicados pelo médico. 

  1. Histeroscopia: se trata da inserção, pela vagina, de um pequeno aparelho com um tubo ótico na extremidade, chamado de histeroscópio.  O procedimento é livre de cortes e não precisa ser realizado em centro cirúrgico, além de não deixar cicatriz na mulher.

A desvantagem é que o processo completo de cicatrização demora até 3 meses. Depois disso, recomenda-se que a paciente realize um raio X de seu trato reprodutor, para conferir se a obstrução das tubas foi totalmente concluída.

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Raramente há complicações com a Histeroscopia, mas caso ocorra, a mais comum é a ocorrência de uma lesão da parede uterina – o que não significa problemas para a paciente, já que ela pretende não mais engravidar.

 Possíveis riscos da Laqueadura

A laqueadura é um procedimento bastante seguro, Porém, como acontece com qualquer outra intervenção, riscos podem ocorrer.

Entre os riscos que podem acontecer – embora sejam muito raros – são: 

  1. Gravides Ectópica: os métodos apresentam menos de 0,1% de falharem. Caso isso aconteça, há chances de uma gestação fora do útero. 
  2. Depressão: mesmo não querendo mais engravidar, algumas pacientes podem se deprimir por não poderem mais ter filhos. O quadro, no entanto, tende a passar. Caso não passe, é preciso procurar atendimento psiquiátrico/psicológico. 
  3. Lesões em artérias, no intestino ou na bexiga. 
  4. Efeitos colaterais à anestesia.
  5. Menopausa precoce. 
  6. Infecções locais.

Por Érica Franco

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