Judaísmo

Conheça a história da primeira religião monoteísta de que se tem notícia nos registros da humanidade.

O judaísmo é a religião professada pelos povos judeus e seus adeptos ao redor do mundo! Esta é uma das religiões mais antigas de que se tem registros históricos e é mencionada na Bíblia Sagrada por intermédio da narrativa do primeiro homem a professar a fé em um único Deus e, que sairia das longínquas terras da Mesopotâmia com destino a terra dos Jebuseus, que, afinal, viria a ser a terra sagrada para os judeus – Jerusalém. A partir de então desenvolve-se uma religião, judaísmo, com base monoteísta, ou seja, acreditam em um único Deus criador do universo e da vida na terra.

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Era por volta de 1.800 a.C quando um homem chamado Abrão e, que mais tarde mudaria o nome para Abraão saiu de Ur dos Caldeus na Mesopotâmia com sua esposa Sarai, que, passaria a se chamar Sara, rumo a uma terra que esse Deus, segundo a narrativa do Gêneses, lhe mostrara e viria a ser a terra prometida. Deste homem surgiram dois povos: judeus e árabes! O texto histórico diz que Abraão teve dois filhos, sendo o primeiro chamado de Ismael, nascido da escrava de Abraão, de nome Agar e, desta criança surgiria os povos árabes. Já com sua esposa Sara, até então estéril, teve Isaque, pai do povo judeu e que, desta forma, faria surgir a religião judaica.

O judaísmo se subdivide em vários remanescentes e vertentes, mas a maioria submete-se a crer, exclusivamente, nos primeiros 5 livros do velho testamento da bíblia que começam no Gêneses e se encerra em Deuteronômio. Na religião judaica a fé se baseia nas leis da Torá, ou seja, os primeiros livros da bíblia e, consequentemente dentro desta conceitua-se os 10 mandamentos, que segundo a fé professada pelos judeus, teria sido entregue a Moisés, um profeta enviado a libertar o povo da escravidão egípcia em torno do ano 1250 a.C. A tradição e os textos bíblicos afirmam que Moisés recebeu do próprio Deus no Monte Sinai essas leis escritas em tábuas de pedra.

A religião judaica é cheia de símbolos, festas sagradas e ritos que variam de acordo a vertente que cada grupo segue. Os membros da religião judaica acreditam na Torá como livro sagrado e seguem o Talmude que é um livro de tradições antigas da respectiva religião, neste caso, uma espécie de livro doutrinário judaico. Assim como a Torá é composta pelos cinco primeiros livros do Antigo Testamento o Talmude é formado pelos livros de Mishnah, Targumin e Midrashim. Ainda compõe o Talmude uma parte de comentários.

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Símbolos

Os símbolos sagrados do judaísmo são vários, mas se destacam a estrela de Davi e a Menorah. Enquanto a Menorah é um candelabro de sete pontas que servia para iluminar o templo erguido no deserto durante a peregrinação do povo judeu rumo a terra prometida e mais tarde esteve no Templo de Salomão já em Jerusalém (terra prometida) a estrela de Davi é um símbolo que lembra os tempos de glória de Israel e seu povo no reinado do rei Davi, pai de Salomão, que viria a erguer o templo e mais tarde seus filhos provocariam a guerra civil que dividiu Israel em dois reinos chamados de Reino do Sul (Jerusalém) e Reino do Norte (Samaria).

Festas Sagradas

Os judeus comemoram através do judaísmo diversas datas consideradas sagradas, mas uma das mais importantes, sem dúvidas, é a “Pessach” ou “passagem” que é a páscoa judaica. Nesta festa o povo relembra a libertação dos hebreus da escravidão imposta pelos egípcios. Segundo a narrativa bíblica Deus enviara Moisés a falar com o Faraó para libertar o povo judeu para que o servisse, mas o Faraó recusou às ordens e Deus então, enviou dez pragas para assolar o Egito até que o povo fosse autorizado a ir embora. Na última praga Deus teria mandado Moisés anunciar a morte de todos os primogênitos do país, do filho de Faraó aos primogênitos dos animais, fazendo, deste modo, haver muito pranto nas terras do Nilo. Para que nenhum primogênito do povo judeu morresse foi orientado que passasse o sangue de um cordeiro nos umbrais das portas e, desta maneira, o anjo da morte não entraria nas casas dos judeus. Esse ato de o anjo passar e saltar tais casas deu a origem ao nome “Passach” ou “passar”.

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Festa de “Purim”

Outra festa tradicional e muito importante é a festa de Purim quando os judeus foram livres de serem mortos em uma chacina tramada pelo rei persa Assuero. A narrativa deste fato encontra-se no livro de Ester e conta como havia um sentimento antissemita na época em que o povo estava sob regime dos persas.

Festa de “Shavuót”

Nesta festa os judeus fazem menção lembrando como Moisés teria recebido diretamente de Deus a Torá e, deste modo, tido uma revelação do princípio da criação e os mandamentos necessários para que pudessem manter a comunhão com o Criador.

Festa “Rosh Hashaná”

Nesta festa os judeus comemoram o seu ano novo, haja vista, que a data é diferente da estabelecida no calendário cristão. Enquanto as pessoas adeptas do Cristianismo acreditam que Jesus é o Messias prometido nas profecias, sobretudo, do profeta Isaías, chamado de profeta Messiânico, osa judeus ainda o aguardam.

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Dia de “Yom Kipur”

Essa festa é chamada de festa do perdão ou consagração da santificação. Nos relatos do Antigo Testamento os profetas sempre alertavam o povo judeu para se purificarem, sobretudo, quando Deus faria alguma coisa extraordinária. A data de “Yom Kipur” é marcada pelo jejum durante 25 horas e os judeus pedem perdão através de orações e buscam uma espécie de purificação.

Data de “Sucót”

O povo judeu peregrinou, após sair do Egito, durante 40 anos pelo deserto, segundo o texto bíblico, apenas duas pessoas daquela geração que saiu da escravidão conseguiu entrar na Terra Prometida, mencionando dois guerreiros: Josué e Calebe. Neste dia de “Sucót” o povo judeu relembra essa peregrinação onde mesmo no meio do deserto as roupas não envelheciam, sapatos não terminavam e não faltava alimentos e água para o povo.

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Outras duas datas lembradas pelos judeus são a Chanucá e Simchat Torá. A primeira comemora o fim da servidão a Assíria e a restauração do Templo por Neemias e demais judeus que regressaram do exílio. E a segunda relembra o momento que os dez mandamentos é entregue a Moisés.

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