José Martiniano de Alencar é o nome de batismo de um dos maiores expoentes do romantismo no Brasil. Nasceu em 1º de maio do ano de 1829 em Messejana, no Ceará. Porém, morreu com apenas 48 anos de idade.
José de Alencar escreveu diversos romances, nos chamados gêneros indianista, urbano, regionalista e histórico. Também escreveu críticas, crônicas e peças de teatro.
Em sua grande maioria, as obras de Alencar, como dissemos, tinham temáticas relacionadas à história, ao nacionalismo e à cultura popular brasileira.
Ademais, foi um grande inovador da língua portuguesa, já que deu uma maior valorização à linguagem nacional.
No ano de 1838 veio junto com a família para o Rio de Janeiro e estudou no Colégio de Instrução Elementar. Com 14 anos, completaria os seus estudos em São Paulo e posteriormente entrou para a Faculdade de Direito do Largo de São Francisco.
No ano de 1847, escreveu o seu primeiro romance, que recebeu o nome de “Os Contrabandistas”.
No ano de 1850, finalizou o curso de Direito e tornou-se advogado, porém atuou pouco na profissão.
Em 1854, virou um folhetinista no Correio Mercantil e escrevia sobre os lançamentos literários, acontecimentos sociais, fatos políticos e peças em cartaz.
Devido a qualidade de seu trabalho, no ano de 1856 tornou-se redator chefe do Diário do Rio de Janeiro, onde realizou a publicação de um grande sucesso seu nas letras, chamado “O Guarani”.
Este folhetim agradou muito ao público e a crítica e foi editado como um livro.
Dois anos depois, foi nomeado como Chefe da Secretaria do Ministério da Justiça, chegando posteriormente, à Consultoria.
Em 1860, foi eleito como deputado na sua terra natal pelo partido conservador, sendo reeleito em quatro legislaturas. De 1868 a 1870 exerceu o cargo de Ministro da Justiça.
No ano de 1872, nasce o seu primogênito, Mario de Alencar. Inclusive, alguns alegavam que o pai verdadeiro de Mário de Alencar era um outro escritor também conhecido, Machado de Assis, e que isso justificava o enredo do romance Dom Casmurro. Porém, isso nunca foi confirmado.
Obras principais de José de Alencar
José de Alencar escreveu diversas obras, porém as suas principais são:
Romances urbanos:
- Cinco minutos (1856);
- A viuvinha (1860);
- Lucíola (1862);
- Diva (1864);
- A pata da gazela (1870);
- Sonhos d’ouro (1872);
- Senhora (1875);
- Encarnação (1893).
Romances indianistas e/ou históricos:
- O Guarani (1857);
- Iracema (1865);
- As minas de prata (1865);
- Alfarrábios (1873);
- Ubirajara (1874);
- Guerra dos mascates (1873).
Romances regionalistas:
- O gaúcho (1870);
- O tronco do ipê (1871);
- Til (1872);
- O sertanejo (1875)
A morte de José de Alencar
No ano de 1876, José de Alencar resolveu vender seus bens e viajou para Europa junto com sua esposa e filhos para buscar um tratamento para a tuberculose que tinha contraído.
Infelizmente, não obteve êxito e voltou para a sua terra natal, o Ceará. No dia 12 de dezembro de 1877, o escritor cearense faleceu no Rio de Janeiro, por causa dessa tuberculose, na época uma espécie de “mal do século”.
Homenagens póstumas
Se um dia você for visitar a cidade de Fortaleza, encontrará o Teatro José de Alencar, que é uma grande homenagem a este escritor e que foi inaugurado no ano de 1910.
Além disso, há a Praça José de Alencar, a estação de José de Alencar da Linha Sul do metrô de Fortaleza.
No Rio de Janeiro, também há uma bela homenagem, já que foi erguida uma estátua de José de Alencar, no bairro do Flamengo, em uma praça que também leva o seu nome.
Por Janaina Silva