Inflação

Entenda como ocorre a inflação e a importância de ter o seu índice controlado em favor da economia.

O nome inflação é usado para denominar a alta constante, persistente e generalizada de preços em produtos ou serviços, de forma geral. Quando ocorre redução de seu percentual a zero, dizemos que houve estabilidade nos preços.

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É função do BACEN ou BC (Banco Central do Brasil) assegurar a estabilidade do poder de compra da moeda para um sistema mais eficiente e consequentemente sólido.

Porém, é importante destacar que o cumprimento dessa missão só é possível através do Regime de metas para a inflação, cuja definição é atribuída ao Conselho Monetário Nacional.

As experiências adquiridas, tanto em caráter nacional quanto internacional, demonstram que a melhor contribuição da política monetária visando um crescimento econômico, baixas taxas de desemprego e melhora nas condições de vida da população, implica diretamente no controle da taxa de inflação, permitindo sua estabilidade e previsibilidade por parte dos órgãos controladores.

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Ao passo que taxas de inflação elevadas e voláteis permitem distorções severas que elevam o aumento do risco econômico, impactando negativamente os investimentos. O fenômeno de alta de inflação também proporciona um encurtamento da visão de planejamentos familiares, empresas, governos, destruindo a confiança do setor empresarial.

Considerando então estes fatores, a inflação pode ser classificada em dois tipos diferentes:

Inflação de Demanda – Ocorre quando há excesso de demanda agregada à produção disponível. A alta pode ocorrer então em cima dessa demanda, considerando uma produção próxima ao emprego de recursos. A medida para combater este tipo de inflação está numa política econômica baseada em medidas que provoquem a redução da procura exacerbada.

Inflação de Custos – Este tipo de inflação está associado diretamente à oferta em questão. Desta forma, ao contrário do primeiro, o nível de demanda permanece, mas os custos aumentam. Este aumento então proporciona uma retração da produção, permitindo que os preços de mercado também sofram aumento.

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Geralmente os motivos mais comuns para a inflação de custo estão nos aumentos salariais, aumento do custo de matéria-prima e nos custos de produção. Nos três casos é possível perceber que os aumentos incididos diretamente em custo de material, bem, serviço e mão de obra humana, permitem a quebra de estrutura de mercado, principalmente quando empresas aumentam seus lucros acima da elevação dos custos de produção, tentando compensar o déficit.

Para medir a variação dos preços e impacto que pode causar no custo de vida dos consumidores, existem os índices de inflação. Atualmente os índices nacionais são o Índice Geral de Preços (IGP), Índice de Preços no Atacado (IPA), Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), Custo Unitário Básico (CUB) e Índice Nacional de Custo de Construção.

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Entre todos estes índices, o IPCA é considerado o índice oficial da inflação no país e sua medição é feita pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) sempre entre o 1º e o 30º dia de cada mês.

Geralmente projeções para a inflação são apresentadas dentro de cenários com condicionantes para algumas variáveis econômicas. Normalmente estas condicionantes fazem referência às trajetórias das taxas de câmbio e Selic, ao longo do desenvolvimento dessas projeções.

Porém, os cenários apresentados normalmente envolvem combinações desses fatores condicionantes. Embora possa haver a presença de alguns cenários alternativos, é importante mencionar que esses cenários representam alguns dos instrumentos quantitativos que servem para orientar as decisões de política monetária do Comitê de Política Monetária (COPOM).

Portanto, seus condicionantes não constituem e nem devem ser vistos como estimativas do COPOM sobre o que pode suceder futuramente a essas variáveis.

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Mesmo com toda especulação atual a respeito da recessão econômica que assola o país, a inflação ainda pode ser considerada como sob controle. Inclusive, segundo dados oficiais do próprio IBGE, o ano de 2017 ficou marcado como a primeira vez em que o IPCA ficou abaixo da meta de inflação, desde que esta fora implantada, em 1999.

 A inflação oficial no Brasil, considerando o período entre final de 2017 e início de 2018, fechou num percentual equivalente a 2,95 % abaixo da meta e essa queda refletiu na redução de preços, principalmente os itens considerados básicos como alimentação, cuja baixa refletiu uma queda de 4,85% no preço geral dos alimentos.

Por Alan Lima

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