A gripe conhecida por H1N1 é uma infecção que atinge diretamente a região do trato respiratório, nariz, garganta, brônquios, bronquíolos e pulmões. Seu nome correto é Influenza A H1N1, mas atualmente é conhecida apenas por H1N1, devido ao nome do vírus causador da doença.
A H1N1 tem um alto risco de contágio, porém, seus efeitos podem variar de pessoa para pessoa, de acordo com aspectos individuais como, idade ou presença de doenças crônicas. Por ser de origem viral, a forma de contágio desta doença se dá por meio de contato direto com a pessoa doente, por meio de fala, espirro, tosse, considerando que esse contato faz com que a pessoa lance gotículas contaminadas no ar de forma que as espalha, causando a disseminação.
Também é possível ocorrer o espalhamento do vírus por meio de contato com objetos contaminados que foram tocados ou manuseados pelo doente, como maçanetas de porta e utensílios não devidamente lavados tipo, toalhas, copos, etc.
A Influenza A surge por meio dos vírus H1N1 e seu subtipo H3N2 e possui sintomas muito parecidos com os de uma gripe comum, porém muito mais fortes. Se não tratados logo no início, tais sintomas podem até mesmo levar o indivíduo à morte.
O vírus da Influenza A inicialmente era chamado de vírus “Gripe suína”, já que no início de sua descoberta costumava atacar criações de porcos. Porém, foi descoberta uma mutação no vírus que fez com que a doença começasse a atingir humanos, de forma que o primeiro surto dessa doença que se tem registro ocorreu no ano de 1919, atingindo várias pessoas.
Mas apesar de até hoje ela ainda ser popularmente conhecida pelo nome de “gripe suína”, pesquisadores avaliam que este tipo de vírus que ataca os humanos se desenvolveu por meio de uma combinação entre os vírus da gripe aviária e suína e o vírus da gripe humana comum. Tanto que esta evolução torna a doença mais resistente e contagiosa do que a gripe suína original.
Século XXI e a propagação da doença
Segundo dados da própria Organização Mundial de Saúde, os maiores surtos da Influenza A ocorreram entre os anos de 2009 e 2010. Pesquisas revelam que o início do surto ocorrera nas regiões da América do Norte, mais precisamente Estados Unidos e Canadá, depois se espalharam pela Europa e Oceania. Nesse período foram registradas cerca de nove mil mortes. Já no Brasil a doença apresentou maiores registros entre os anos de 2015 e 2016, onde foram contabilizadas cerca de 400 mortes no país.
Sintomas e tratamento
Logicamente a doença possui uma propensão maior em aparecer nas épocas mais frias do ano, mas isso não quer dizer que não possa registrar surtos em períodos como o verão. É importante lembrar que qualquer pessoa pode contrair o vírus da Gripe H1N1, mas a maior probabilidade de contágio está em crianças, jovens adultos e profissionais de saúde.
Geralmente os sintomas da Influenza A variam de pessoa para pessoa, mas de uma forma geral incluem vômito, calafrios, espirros, dores no corpo, febre, dores de cabeça, dor de garganta e tosse.
Já em estágios mais elevados a doença pode apresentar complicações do tipo bronquite aguda, pneumonia, insuficiência respiratória, causando até mesmo a morte. Geralmente os sintomas deste estágio da doença incidem sobre pessoas hospitalizadas (que estão em contato com outros doentes num hospital), mulheres grávidas ou mesmo pessoas com problemas de imunidade baixa, em sua grande maioria, doentes crônicos.
Para os doentes em primeiro estágio o tratamento pode ocorrer apenas por meio de medicação sintomática, aliados a hidratação, alimentação leve e repouso absoluto, elementos essenciais para uma recuperação mais rápida.
Já para os casos mais graves, indicam-se medidas mais severas, como internação e tratamento mais rigoroso, a fim de evitar possíveis complicações por meio de infecção bacteriana, originando doenças secundárias, como a pneumonia. Aconselha-se sempre procurar atendimento médico buscando identificar a doença em seu primeiro estágio, evitando assim sua evolução.
A Influenza A, embora atualmente com surto controlado, ainda é uma doença bastante preocupante, tendo em vista os agravos que podem provocar tanto para o indivíduo em particular quanto para a sociedade como um todo.