Febre amarela

Apesar de não se tratar de uma doença nova, nos últimos meses foi alvo de muita repercussão graças aos episódios de epidemia em nosso país.

Febre amarela é uma doença do tipo infecciosa, causada por arbovírus e de característica febril aguda. Seu vírus transmissor é proveniente de mosquitos vetores, cuja transmissão se dá pela picada do inseto contaminado. Atualmente possui dois ciclos de transmissão: modo silvestre (em áreas rurais e florestais) e urbano.

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Nas áreas florestais os principais vetores transmissores são as espécies de mosquito Haemagogus Sabethes. Assim como as doenças infecciosas similares, a febre amarela não oferece perigo de contágio de pessoa para pessoa, de fato que a transmissão se dá apenas por meio do mosquito vetor.

Nas áreas urbanas esta doença é comumente transmitida por meio do mosquito Aedes aegypti, mesmo vetor transmissor da Dengue e da Chicungunya, porém, segundo dados do Ministério da Saúde, este tipo de transmissão não ocorre desde a década de 40, de forma que atualmente se tem registro apenas dos casos de tipo silvestre.

Mas é importante ressaltar que, apesar disto, a febre amarela possui um alto grau de importância epidemiológica por conta de sua gravidade clínica, também devido ao alto índice de alastramento de vetores, onde se percebe até pelos últimos casos registrados, uma possível “migração” de contaminação das áreas florestais para as urbanas.

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Sintomas e prevenção

A doença pode apresentar inicialmente sintomas como indícios bruscos de febre alta, calafrios, cefaleia intensa, dores nas costas e no corpo em geral, náuseas, vômito, fraqueza e cansaço constante. Grande parte das pessoas que adquirem a doença em primeiro estágio melhora após estes sintomas iniciais.

Há ainda casos de pessoas que podem passar um curto período, algumas horas ou mesmo um dia inteiro, sem apresentar nenhum resquício de sintoma (cerca de 15% dos casos em geral) para depois desenvolverem o estágio mais grave da doença.

Neste nível mais grave da doença o infectado pode apresentar febre alta, icterícia (caracterizada pela cor amarelada da pele e do branco dos olhos), hemorragia, principalmente na área gastrointestinal e, com pouca frequência, choques e insuficiência dos órgãos.

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A única forma de prevenir o indivíduo da febre amarela é por meio de vacina específica. É provado que qualquer pessoa, independente de sexo e idade pode contrair a doença, caso não tenha sido vacinada, more ou mesmo tenha visitado áreas onde há circulação do vírus.

O diagnóstico precoce para o indivíduo que possui dúvida sobre sua contaminação é de suma importância para um tratamento eficaz, sem contar o fato de ser fácil e possuir resultado rápido.  Existe o método mais simples, por meio do exame de sorologia, cujo resultado costuma ficar pronto em 48 horas. Há também um mais complexo, também por meio de exame, porém mais eficaz. Pode durar em média quinze dias para o diagnóstico, pois consiste na técnica de isolamento do vírus.

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Alguns estudos feitos sobre a febre amarela indicam que o período de maior ocorrência dos casos de contaminação transcorre entre os meses de dezembro e maio, época de muita chuva, portanto bastante propício ao desenvolvimento do mosquito e consequentemente da circulação do vírus.

Conforme já mencionado anteriormente, locais com alto índice de área florestal são considerados locais de risco, dado à grande probabilidade de reprodução das larvas dos mosquitos. Com o aumento dos últimos casos de proliferação e aumento da doença, todos os 92 municípios do Rio de Janeiro entraram na lista das áreas de recomendação da vacina.

Um fato curioso que ocorreu com o aumento dos casos da doença no estado do Rio de Janeiro e no Brasil, foi o das várias notícias falsas de símios (macacos) que estariam transmitindo a febre amarela. Tais notícias repercutiram rapidamente e em algumas regiões houve até matança deliberada desses animais. Porém este boato foi logo desmentido por meio das mídias oficiais governamentais que tratam dos casos da doença.

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Os próprios órgãos governamentais, principalmente o Ministério da Saúde aconselham a população a buscar informações apenas nos postos de saúde e afins, ou mesmo sites oficiais destas mesmas instituições, de forma a evitar desencontro de informações ou mesmo alardes desnecessários com relação à doença da febre amarela.

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