A pandemia do novo Coronavírus surgiu discretamente em dezembro de 2019, quando uma série de casos de pneumonia de origem desconhecida foram registrados na província de Wuhan, na China. Até então, o planeta nem desconfiava do poder do vírus, que iria ceifar milhares de vida ao redor do globo terrestre.
Após inúmeras pesquisas e estudos, os cientistas chineses descobriram que o agravamento dos casos de doença respiratória eram causados pelo vírus SARS-CoV-2, que originou a doença COVID-19.
Com o surto da doença na China, e o rápido alastramento da enfermidade entre as cidades do país, o novo Coronavírus começou a ganhar repercussão no continente asiático, passando a ser tratado pelo título mais preocupante de epidemia, o que garantiu mudanças de comportamento e precauções mais profundas entre as populações da região.
Infelizmente, era tarde demais. De maneira rápida e assustadora as autoridades europeias e africanas descobriram que a doença já circulava em seus domínios.
Somente em março de 2020, quando o vírus atravessou o oceano Atlântico, e finalmente foi identificado no Brasil, é que a Organização Mundial da Saúde (OMS) elevou o status da COVID-19 para uma pandemia.
Nesse momento, o mundo entendeu que a enfermidade estava se espalhando de forma irrefreável entre todos os países e que seria impossível deter a proliferação da doença sem medidas extremas de isolamento social, fechamento de fronteiras e quarentena.
As mudanças no tratamento da COVID-19, de surto para epidemia e, finalmente, pandemia, foram importantes não apenas para o estudo e dedicação da comunidade científica, mas também para as instituições políticas globais, na implementação de medidas públicas concretas e alertas de cuidado e prevenção das populações.
Hoje, especialistas e cientistas continuam suas pesquisas sobre o vírus e debatem sobre o assunto com temor de que o novo Coronavírus se torne uma doença endêmica. Ao longo do estudo entenderemos as diferenças nas classificações científicas e as evoluções de estágios das doenças.
Pandemia da COVID-19
Antes de se tornar uma pandemia, a OMS já havia declarado que o novo Coronavírus constituía uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) – o mais alto nível de alerta da organização, conforme previsto no Regulamento Sanitário Internacional.
Foi em 11 de março de 2020 que a OMS anunciou publicamente que o novo Coronavírus passaria a ser tratado pelo status mais grave da pandemia.
Durante a conferência da organização, em Genebra, na Suíça, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, explicou que a mudança no nível da enfermidade de epidemia para pandemia não ocorreu devido a um agravamento da doença, mas sim pela rápida disseminação geográfica que a COVID-19 demonstrava.
Naquele momento, mais de 115 países registravam casos da COVID-19, cerca de 4,2 mil pessoas haviam perdido a vida e outras 118 mil pessoas enfrentavam o vírus. No Brasil, 35 pessoas estavam infectadas, com diagnóstico confirmado.
É importante salientar ainda que a autoridade mundial de saúde pública esclareceu que a mudança no estágio da doença não alteraria as avaliações e ações da OMS sobre a ameaça representada, mas sim, reforçava a necessidade de todos os países e autoridades políticas ativarem e ampliarem os mecanismos de resposta inteligente sobre a pandemia.
Estágios da Disseminação das Doenças
Diante do atual cenário da pandemia do Coronavírus, a palavra “pandemia” voltou ao destaque das manchetes mundiais. O termo, que vem sendo altamente pesquisado e debatido na sociedade, representa o nível de transmissão das patologias, delimitando o alcance da doença, bem como os esforços que deverão ser empreendidos em seu combate.
Com a crise gerada pela COVID-19 ao redor do mundo e a alarmante proliferação dos quadros altamente infecciosos, as autoridades foram obrigadas a redefinir o status da doença para uma pandemia.
Antes de se tornar uma pandemia, entretanto, a doença passou pelos estágios científicos do surto e epidemia, até chegar ao quadro mais preocupante da pandemia.
Assim, pode-se dizer que a pandemia é uma epidemia de proporção grandiosa, que pode se espalhar para um ou mais continentes ao redor do globo, a exemplo da pandemia da COVID-19.
Quando uma doença existe apenas em uma determinada região, ela é chamada de endemia. Quando então a patologia passa a ser transmitida para outras populações, infestando mais de uma região, é utilizado o termo epidemia.
Porém, quando uma epidemia se alastra de forma desequilibrada se disseminando pelos continentes, ou mundo afora, ela chega ao status mais severo, sendo classificada de pandemia.
Para entender a diferença desses estágios, e quando cada termo passa a ser utilizado, iremos nos debruçar sobre cada um dos termos e o motivo pelo qual o novo Coronavírus passou a receber a temida alcunha da pandemia.
O que é uma pandemia?
O termo pandemia é considerado o estágio mais grave da escala de incidência de uma patologia e costuma ser decretado nas situações onde uma enfermidade se alastra dentro de quadros epidêmicos por diversos países.
Segundo a OMS, uma pandemia só ocorre quando há essa disseminação mundial da nova doença, ou seja, quando uma epidemia se espalha por diferentes continentes com transmissões sustentadas de indivíduo para indivíduo.
Para que uma doença entre nos critérios de definição de uma pandemia, é necessário que a condição, além de se espalhar rapidamente, seja infecciosa. Por isso, o câncer não é considerado uma pandemia, uma vez que a doença não é transmissível.
Observe que, assim, a questão da gravidade da patologia não entra na definição da pandemia. Leva-se em consideração apenas a disseminação geográfica rápida que o vírus representa.
Uma pandemia de gripe, por exemplo, ocorre quando um novo vírus surge e é disseminado ao redor do mundo, sendo que a maioria das pessoas não tem imunidade contra a patologia.
Em 2009, o planeta teve de encarar a situação de uma pandemia com a gripe A (gripe suína), que passou de epidemia para pandemia quando a OMS começou a registrar casos nos seis continentes do mundo.
A Peste Negra foi a pandemia mais devastadora registrada na história humana, tendo resultado na morte de 75 a 200 milhões de pessoas na Eurásia, atingindo o pico na Europa entre os anos de 1347 e 1351. Entre 1918 e 1920, o mundo também enfrentou a pandemia da gripe espanhola. Estima-se que entre 50 e 100 milhões de pessoas tenham morrido pela doença.
A AIDS, a tuberculose e o tifo também são tratados pelo conceito da pandemia. O vírus ebola, assim como outras patologias altamente mortais, como a febre de Lassa, febre de Vale de Racha, vírus de Marburg, e a febre de hemorragia boliviana são doenças altamente contagiosas, com o potencial de se tornarem pandemias no longo prazo.
O termo pandemia, que costuma causar medo na população, é pouco utilizado pela OMS justamente para não causar alarmes desnecessários. Quando uma doença é, então, classificada como pandemia, isso não significa necessariamente que o cenário seja irreversível ou que o vírus tenha aumentado seu poder de letalidade.
A diferença do tratamento são as medidas políticas e sociais que devem ser adotadas pelas autoridades no combate à doença. No caso de uma pandemia, o protocolo de ação deve ser respeitado não apenas pelos países afetados, mas também pelos que ainda não registraram casos.
Portanto, a abordagem durante a pandemia trata-se de um conjunto de ações inteligentes e integradas, quando o governo em parceria com a sociedade, trabalham juntos para conter o avanço da patologia.
Por que o Coronavírus é considerado uma pandemia?
O novo Coronavírus foi classificado como uma pandemia devido à rápida disseminação geográfica do vírus dentro de uma curta escala de tempo. Outro motivo que também contribuiu para que a COVID-19 fosse categorizada como pandemia pela OMS foi a falta de ação de governantes em relação à doença.
Apesar do rápido avanço das transmissões em muitos países, a comunidade científica observou com gravidade que muitas nações ainda não haviam implementado medidas e estratégias necessárias para o controle da pandemia.
É preciso reforçar que o termo pandemia não é utilizado em situações simples, sem necessidade. Quando bem utilizado, como no caso da COVID-19, a mudança de status orienta os países a adotarem novos protocolos e ações mais rigorosas, em ritmo urgente.
Como bem declarou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, se usado incorretamente, o termo pandemia “pode causar um medo irracional ou uma noção injustificada de que o combate terminou, o que leva a sofrimento e mortes desnecessárias”.
O especialista afirma ainda que, a união de todos os países, podem mudar o curso do vírus e salvar inúmeras vidas ao redor do globo.
A COVID-19 é uma doença infecciosa capaz de causar problemas respiratórios de diferentes níveis, como tosse, febre e dificuldade para respirar, sendo estes seus principais sintomas.
A transmissão do vírus é fácil. As pessoas podem se contaminar através de gotículas de saliva presentes no ar e até mesmo pelo toque em superfícies contaminadas, como maçanetas e celulares. Por esse motivo, as autoridades sanitárias recomendam o cuidado redobrado com a higiene constante das mãos, o reforço na utilização do álcool-gel e o uso de máscaras.
Segundo levantamento da Universidade Johns Hopkins, o novo Coronavírus, que surgiu no final de 2019, contabiliza hoje mais de 1.746.274 mortes, contando apenas os 12 países com maior número de incidências no mundo.
No dia 12 de março de 2021, o Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass) no Brasil também atualizou os números diários sobre a pandemia do novo coronavírus no país.
Segundo os últimos dados, o país agora possui 11.363.380 casos confirmados e 275.105 mortes pela Covid-19. A taxa de letalidade em todo o território nacional neste momento permanece em 2,4%.
Até agora, os maiores números de confirmações e vítimas fatais de todo o período da pandemia no território brasileiro ocorreram no dia 7 de janeiro de 2021, com mais 94.517 casos, e em 17 de março de 2021, com 2.798 óbitos.
Com estes novos dados sobre a pandemia, o país segue como o segundo com maior número de óbitos e o terceiro em infectados pelo coronavírus no planeta, sendo o país um dos líderes em acréscimos de mortes diárias e casos no mundo.
Formas para conter uma pandemia
Segundo os critérios da OMS, existem três principais meios de se conter uma pandemia. Cada um das medidas representa um conjunto de ações que variam de efeitos leves a rígidos. A escolha da ação correta depende do estágio em que a pandemia se encontra.
São elas:
- Contenção: Essa forma de controle funciona quando o combate a doença é adotado logo no começo da pandemia. Nessa situação, a população é testada e os infectados são afastados até atingirem um quadro de recuperação estável e seguro.
Essa medida depende de uma adoção de políticas públicas extremamente ágeis e assertivas, caso contrário, o vírus pode continuar se espalhando desenfreadamente.
- Mitigação: Essa forma é adotada quando já se sabe que não há mais possibilidade de conter a pandemia, ou seja, quando ela já se espalhou e não se pode mais mensurar o seu alcance com facilidade.
Nesse estágio, são adotadas medidas de redução de contágio e controle do avanço do patógeno. São recomendadas medidas mais brandas como o distanciamento social e fechamento de escolas e comércio, por exemplo.
- Supressão: É a forma mais rigorosa de controle e combate a uma pandemia. Isso porque a supressão busca interromper totalmente a disseminação do agente transmissor da doença.
Quando a situação chega a esse ponto, como no caso da pandemia da Covid-19, são acionados mecanismos mais duros e rigorosos, de alto impacto na economia mundial, com fechamento de fronteiras, suspensão de transportes, limitação severa na circulação de pessoas, toques de recolher, até o conhecido “lockdown”, que obriga os indivíduos a se recolherem dentro de casa durante um determinado período.
O que é uma epidemia?
Antes de se tornar uma pandemia, as doenças passam pelo estágio da epidemia, quando há uma ocorrência excessiva de casos em determinadas localidades geográficas, que avançam para outros lugares além daquele onde foram inicialmente identificados.
Geralmente, o agravo causador de uma epidemia aparece subitamente e se propaga por determinado período de tempo em determinada área, alcançando frequentemente um elevado número de indivíduos.
As epidemias podem ser municipais, com incidência de surtos em vários bairros. Em nível estadual, quando são registrados casos em várias cidades, e, em nível nacional, quando são identificadas ocorrências em várias regiões do país. Quando então uma epidemia atinge países de diferentes continentes passa a ser denominada de pandemia.
Para definir a classificação de uma doença como epidêmica, a comunidade científica, juntamente com as autoridades sanitárias, adotam uma série de cálculos e critérios técnicos de avaliação.
Para tanto, são levantados inicialmente o número de casos em relação ao tamanho da população. Além disso, também são analisados os fatores da suscetibilidade da doença, assim como a regionalidade dos casos detectados e o seu período de ocorrência.
Quando a doença infecciosa e transmissível passa a ocorrer em numa comunidade ou região com grande potencial de se espalhar rapidamente entre pessoas de outras regiões, a patologia passa a ser tratada como “surto epidêmico”.
Isso pode ocorrer por causa de um grande desequilíbrio (mutação) do agente transmissor ou pelo surgimento de um novo agente (desconhecido). A gripe aviária, por exemplo, é uma doença que se iniciou como surto epidêmico.
Já a ocorrência de um único caso de uma doença transmissível, como a Poliomielite, ou o primeiro caso de uma doença até então desconhecida na área, como a Gripe do Frango, exigem medidas de avaliação e uma investigação mais profunda, pois apresentam o risco de se tornarem uma epidemia.
No Brasil, o incremento de casos de Dengue durante as estações chuvosas são esperados e considerados comuns. Mas em alguns locais, pode ocorrer o número excedente de casos, resultando em uma situação epidemiológica.
O que é endemia?
Enquanto a epidemia se espalha por outras localidades — e a pandemia abrange um contexto global — a endemia tem duração contínua e restrita a uma determinada área.
Diferente das outras classificações, a endemia não está relacionada a um problema quantitativo, ou seja, não considera o número de ocorrências de uma doença, mas sim, a frequência com que ela aparece em determinada região, sem se espalhar para outros locais.
Assim, a endemia pode ser entendida como uma doença de causa e atuação local, com manifestações frequentes em regiões específicas. Suas ocorrências são esperadas dentro de um padrão relativamente estável. Quando há uma alta incidência e persistência da patologia, então, ela passa a ser chamada de hiperendêmica.
No Brasil, existem áreas endêmicas observadas em períodos sazonais. Como exemplo podemos citar a Febre Amarela na Amazônia. É por isso que, durante os períodos de infestação da doença, as pessoas que viajam para região precisam ser vacinadas.
A Malária e a Dengue também são exemplos de endemias brasileiras, pois são registradas em espaços restritos, ocorrendo apenas dentro dos limites onde há incidência dos vetores transmissores da doença.
É importante destacar que as doenças endêmicas são consideradas um dos principais problemas de saúde do mundo e preocupam autoridades científicas e governantes, principalmente os dos países que se encontram nas faixas tropicais, economicamente frágeis e pouco desenvolvidos.
Outra questão relevante sobre as doenças endêmicas é que elas podem se tornar epidêmicas e evoluírem gravemente para situações de pandemia, como aconteceu no caso da COVID-19.
Atualmente, a OMS alertou que o novo Coronavírus pode não desaparecer tão cedo, vindo a se tornar uma endemia, com impactos em regiões específicas do planeta por um logo período que ainda não pode ser mensurado.
Por isso, a comunidade científica está sempre atenta aos sinais de ocorrências. A antecipação e a prevenção são as melhores formas de combate e controle das patologias, até mesmo para rebaixar os graus de classificação de incidências, além de menos onerosas para os cofres públicos, evitando também o sobrecarregamento do sistema de saúde público e dos profissionais da saúde.
O que é surto?
Por fim, o surto acontece quando há um repentino e inesperado aumento de casos de uma doença em uma determinada região, comunidade ou estação do ano.
O número de casos pode variar de acordo com o agente causador da enfermidade. Quando uma doença já é conhecida são avaliadas as exposições anteriores dentro de um quadro comparativo. Entretanto, para uma patologia ser classificada como um surto, esse número sempre será acima da expectativa normal, em uma área geográfica limitada.
Geralmente, os surtos são causados por infecções transmitidas de indivíduo para indivíduo, de animais ou ambientes para pessoas e até por produtos químicos e materiais radioativos. Da mesma maneira, ocorrem surtos em que a causa não é clara ou conhecida. Neste caso, as ocorrências são chamados de surtos de etiologia desconhecida.
Um aumento de casos de uma determinada doença dentro de uma casa de repouso, por exemplo, pode ser encarado como um surto local. A pandemia da COVID-19 também começou como um surto na cidade de Wuhan, na China, evoluindo posteriormente para uma epidemia e finalmente para uma pandemia.
Da mesma maneira, a ocorrência da febre amarela em Minas Gerais, em 2017, foi tratada pelo status de surto. Em um boletim divulgado no ano posterior, o estado contabilizou 164 casos e 61 óbitos.
É importante ressaltar que muitas vezes os comportamentos humanos contribuem para a disseminação dos surtos. Em várias localidades do Brasil, a Dengue representa um surto durante as estações chuvosas. A falta de cuidados e prevenção da doença são determinantes para o seu avanço em regiões específicas durante alguns meses do ano.
Estratégias globais de combate às doenças infecciosas
Em setembro de 2015, a aliança de países do mundo, no âmbito da Organização das Nações Unidas (ONU), assinou o acordo Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), com o objetivo de acelerar o progresso no combate às doenças infecciosas até 2030.
Durante o evento, foram apontados diversos aspectos positivos da união dos países nessa luta entre 2000 e 2015. Devido às ações adotadas no início do século XXI, mais de 17 milhões de pessoas tiveram acesso a tratamento Anti-Retroviral.
Além disso, foram registradas reduções no quadros de mortalidade por Malária em 60% e de infecções por vermes da Guiné, que antes atingiam mais de 75 mil e no último levantamento registrou apenas 22 casos.
Esses resultados só foram possíveis por causa da intervenção dos cinco pilares da saúde pública mundial. São eles:
- saneamento básico e fornecimento de água potável;
- ecologia, gerenciamento e controle de vetores;
- gestão intensificada de doenças;
- serviços de saúde pública veterinária;
- quimioterapia preventiva.
As ações recomendadas para que as metas de redução sejam alcançadas podem ser encontradas no relatório da ONU sobre doenças tropicais negligenciadas.
No texto, as medidas defendem que a integração de atividades e intervenções no sistema de saúde, que deve ser amplificado, podem acelerar de maneira significativa o progresso em direção ao combate a essas doenças, bem como no aperfeiçoamento da cobertura de saúde pública universal.
No Brasil, a sociedade é protegida e assegurada pela ferramenta conhecida como Sistema Único de Saúde (SUS), responsável atualmente pela captação e distribuição de inúmeros imunizantes, inclusive contra a pandemia da COVID-19.