Condições de TRABALHO do operário no século XVIII
Durante muito tempo as condições de trabalho foram determinadas apenas pelo desejo do patrão. Com isso, o operário era obrigado a submeter-se à carga horária e jornada estabelecidas por eles, além de condições precárias de segurança e ambiente de trabalho insalubre. Trabalhando de forma ininterrupta, muitas vezes o trabalhador morria de fome e cansaço.
As atividades eram desempenhadas em galpões, com centenas de pessoas, o operário utilizava ferramentas manuais e máquinas primitivas. A relação estabelecida era de enriquecimento do patrão e exploração do operário, que era obrigado a obedecer sua vontade absoluta.
Mesmo antes dos movimentos sindicalistas, os trabalhadores sempre reivindicaram melhores condições e direitos, porém não havia sido consolidada a consciência política. Ela só veio a surgir apenas em meados do século XIX, quando tornou-se consistente a luta pelo direito do trabalhador.
Os primeiros movimentos sindicais TRABALHISTAS
As primeiras greves e passeatas lideradas por sindicatos e associações operárias aconteceram na Inglaterra, primeiro país a implantar o capitalismo.
Desde então, as manifestações ganharam força por toda a Europa. O que causou insegurança nos governantes que, após a Segunda Guerra Mundial, decidiram pela criação da OIT – Organização Internacional do Trabalho – visando minimizar a difusão da ideias revolucionárias.
A OIT tinha como objetivo estabelecer normas internacionais de funcionamento das relações entre capital e trabalho. Tendo como seu principal feito a regulamentação da carga horária semanal para 48h.
O surgimento do DIA DO TRABALHO
No ano de 1886, enquanto ocorria a greve geral nos Estados Unidos, aconteceu em Chicago uma manifestação dos trabalhadores contra a carga horária diária excessiva, os baixos salários, condições precárias de segurança e ambiente de trabalho insalubre.
Dias após essa reivindicação, ocorreu um conflito entre policiais e trabalhadores onde, segundo relatos, os trabalhadores atiraram uma bomba que ocasionou a morte de 7 policiais. Em represália, a polícia abriu fogo contra os trabalhadores, deixando 12 mortos e centenas de feridos.
No ano de 1889, um congresso realizado em Paris reuniu os principais partidos socialistas e sindicatos da Europa. Nesse congresso a Segunda Internacional Socialista (organização dos partidos socialistas e operários), estabeleceu a data de 1° de Maio como Dia Internacional do Trabalho, em homenagem aos operários mortos na luta por melhores condições.
O fortalecimento do MOVIMENTO TRABALHADOR no Brasil
Somente no ano de 1910, através das manifestações sindicais e do anarco-socialismo, o movimento operário ganha forças no Brasil. E, a partir de então, o dia 1° de maio passa a ser marcado por greves e reivindicações pelos direitos do trabalhador.
No ano de 1924, através do decreto n° 4.859 feito pelo presidente Arthur da Silva Bernardes, o Dia do Trabalho tornou-se feriado e passou a ser destinado à comemoração dos mártires que lutaram pelos direitos do trabalhador, bem como à confraternização das classes operárias.
Entre os anos de 1930 e 1940, no governo do então presidente Getúlio Vargas, ao mesmo tempo que a data ganha importância pela criação do projeto político de aproximação com os trabalhadores, por outro lado passa a utilizar a data para promover ações do governo.
Nesse período, os movimentos dos trabalhadores eram impedidos pelo governoe apenas o presidente discursava sobre as obras em prol da classe trabalhadora, sobre a criação de leis e benefícios trabalhistas. Entre eles, a implantação da CLT, do salário mínimo e das férias remuneradas.
Desde então, o movimento perde o caráter de manifestação e passa a ganhar um viés mais comemorativo.
No Brasil, atualmente, o Dia do Trabalho é dedicado às manifestações, passeatas, discursos sindicais reivindicatórios e de conscientização dos direitos trabalhistas.