Deuses gregos: origem e influência na Grécia Antiga

Conheça os principais deuses gregos, semideuses, musas e suas histórias, entendendo a importância da Mitologia Grega.

A origem dos deuses gregos desponta na história antiga a partir da necessidade dos povos naturais da Grécia de explicar a própria existência e os fenômenos relacionados à natureza.

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De onde veio o Céu? Quem criou a Terra? Para onde vão os seres humanos quando morrem? Todos esses questionamentos existencialistas careciam de explicações fundamentadas. Na falta de respostas científicas, na época, surgiu então a famosa mitologia grega.

Povoada por inúmeros deuses e deusas gregas, cada uma dessas entidades foi criada e desenvolvida individualmente, ao longo do tempo. Eles não nasceram no imaginário popular do dia para a noite, mas ao longo de milhares de anos, que antecedem o tempo bíblico. 

Um a um, os deuses gregos foram sendo fundados, a medida que um novo questionamento surgia. Assim, para cada uma dessas criaturas mitológicas, foram estabelecidos contextos de criação, propósitos e funções, qualidades e defeitos, personalidades e poderes, sempre relacionados a algum elemento moral ou força da natureza.

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Se uma plantação, por exemplo, fosse arrasada por uma tempestade ou praga, essa fúria era explicada pelo contexto divino. Prejuízos e catástrofes, como terremotos e maremotos, só poderiam ser castigos infligidos por algum deus enraivecido, ante os pecados e displicências humanas.

Para reverter a má sorte e ser digno novamente de prosperidade, os cidadãos deveriam realizar rituais e sacrifícios regulares para os deuses gregos, em troca da contrapartida. Se a oferenda fosse aceita de bom grado, isso significava boas colheitas, tempo estável, e toda sorte de desejos e pedidos atendidos.    

De geração em geração, esses mitos e lendas foram sendo repassados e aperfeiçoados através da tradição oral dos contadores de história. Embora hoje esses relatos sejam tratados como mitologia, na antiguidade os gregos não tratavam sua fé por essa perspectiva.

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Os deuses gregos eram cultuados com seriedade e respeito, como uma verdadeira religião, que exigia compromissos e obrigações constantes para manter uma boa relação com as deidades sagradas.  

Influência dos Deuses Gregos


Foto: Pixabay

O culto aos deuses gregos era tão forte, e tão enraizado no corpo social dos povos gregos, que ultrapassava o limite do campo religioso, influenciando outras estruturas de organização da sociedade.

Como a própria vida era regida pela vontade divina, tudo estava conectado. O devotamento constante se tornava parte da rotina grega, influenciando desde à arquitetura e arte, até o entendimento filosófico e político que regia os cidadãos gregos.

Se em outras sociedades, como a egípcia, os dirigentes e reis eram respeitados como deuses e canais diretos às entidades, na Grécia, os homens eram tratados apenas como homens, e os títulos divinos estavam reservados somente aos deuses gregos, que estavam acima dos seres humanos.

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A filosofia, também caminhava lado a lado à mitologia. Para o povo grego a sabedoria plena e completa pertencia apenas aos deuses gregos. Os homens poderiam desejá-la e buscá-la, tornando-se filósofos (philo = amizade, amor fraterno, respeito; sophia = sabedoria).

Na educação, a mitologia era matéria de estudo das crianças, como meio de orientá-los na compreensão de fenômenos naturais e acontecimentos que ocorriam sem o intermédio dos seres humanos.

As famílias aristocratas, por sua vez, bem como profissionais da elite, como médicos, carregavam a tradição de se ligarem genealogicamente a antepassados míticos, geralmente se relacionando à figuras divinas e heroicas.

Os comerciantes, da mesma forma, cultuavam os deuses gregos, principalmente Hermes, o deus do Comércio, na tentativa de deixá-lo satisfeito e conseguirem bons resultados em suas vendas.

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Geralmente, cada cidadão escolhia um deus em particular para venerá-lo exclusivamente. As cidades também poderiam adotar um ou mais deuses e construir templos como forma de homenageá-los. A cidade de Delfos, por exemplo, era um lugar para se cultuar Apolo, o deus da Música, das Artes, do Tiro ao Alvo e da Peste.

No meio cultural, muitos festivais eram dedicados a uma entidade particular. A Lupercália, comemorada anualmente no dia 15 de fevereiro para purificar as cidades, promovendo a saúde e a fertilidade, era celebrada na província de Arcádia, em homenagem a Pã, o deus dos Bosques, dos Rebanhos e Pastores.

Na arte, os mitos eram expressos através de uma extensa coleção de narrativas, que constituem a literatura grega atual. Na pintura e na cerâmica, também se encontrava espaços dedicados a representação dos deuses gregos. Assim como os antigos teatros, construídos para determinada figura mitológica, a exemplo do teatro de Dionísio (deus do Vinho e das Festas) no Santuário de Apolo, em Delfos.

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A prática esportiva tinha um caráter sagrado e buscava celebrar a honra dos deuses gregos. Os jogos, que eram celebrados anualmente em locais diferentes, culminaram nos Jogos Olímpicos da Antiguidade, realizados a cada quatro anos, em dedicação a Zeus, o rei do Olimpo, Deus da Ordem, da Justiça e do Trovão.

Finalmente, os cultos eram realizados em templos comuns ou altares caseiros construídos dentro das residências. A veneração aos heróis históricos eram realizados em suas respectivas tumbas.

Dedicados a um deus ou uma deusa grega, os templos eram finamente decorados com grandiosas esculturas. As famosas colunas gregas, erigidas com pedras nobres, como o mármore, eram ornamentadas com imagens e cenas das façanhas dos heróis.

Representação dos deuses gregos

Assim como a maioria dos povos da antiguidade, os gregos eram politeístas, ou seja, sua fé estava calcada na crença em vários deuses. Diferentemente de outras religiões, entretanto, os deuses gregos se aproximavam dos humanos em aparência e comportamento, possuindo características denominadas de antropomórficas.

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Assim como os humanos, eles também possuíam vícios, defeitos e qualidades, aspectos de luz e sombra, que ora podiam beneficiar ou prejudicar seus seguidores, de acordo com o humor e vontade momentânea dos deuses.  

Para os gregos, os atos contrários às leis divinas eram punidas severamente. Do outro lado, o panteão de deuses gregos também estava à disposição da sociedade, para ajudar a resolver conflitos cotidianos e até tomar partidos em situações de guerra.  

Os gregos, frequentemente, encontravam desígnios divinos em muitas características da natureza. Os adivinhos, por exemplo, acreditavam haver mensagens contidas no voo das aves e nos sonhos. Nas cidades, os oráculos eram usados por um sacerdote que, tomado por êxtase, servia de intermédio entre o diálogo de um fiel e seu deus de adoração.

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Em sua maioria, os deuses e deusas gregas são associados a fenômenos e elementos da natureza. Zeus, por exemplo, lançava à terra raios e trovões para dissipar sua ira contra os homens. Já Poseidon, deus dos Oceanos, carregava um tridente tão potente que, com apenas um movimento poderia causa tsunamis e maremotos.

Através dessas semelhanças, os mortais se aproximavam dos deuses gregos. Tanto as divindades quanto os homens, lutavam em batalhas e participavam das atividades do dia-a-dia. Inclusive, muitos deuses e deusas se relacionavam amorosamente com humanos. A imortalidade divina era a única coisa que diferenciava os deuses dos homens.

A origem dos Deuses Gregos


Foto: Pixabay

A religião dos deuses gregos acredita que não foram os deuses que criaram o Universo, e sim o Universo que os criou. No princípio era o Caos (Vazio/Fenda), que gerou Gaia (a Terra), que, por sua vez, espontaneamente, gerou Pontos (o Mar) e Urano (o Céu).

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Da união de Gaia e Pontos nasceram os Titãs (Oceano, Coeus, Crius, Hyperion, Japetus e Crono) e as Titânidas (Tétis, Phoebe, Mnemósine, Théia, Themis e Réia), condenados a ficarem presos no centro da Terra pela eternidade. 

Gaia, inchada e dolorida por reter seus filhos, escolheu Cronos (o Tempo) para destronar seu pai. Com uma foice de adamantium, ele castrou Urano, atirando ao mar o órgão, que provocou uma onda de espuma manchada de sangue, da qual nasceu Afrodite (deusa do Amor).

Apreensivo, porém, com uma profecia que dizia que Cronos também seria destronado por um dos seus filhos, ele passa a engolir todos eles, exceto Zeus. Cansada de vê-los sendo devorados, Réia decidiu enganar o marido entregando-lhe uma pedra envolta no lençol ao invés do seu filho mais novo.

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Para ser protegida, a criança foi entregue aos cuidados da ninfa Adrastéia, que o alimentou de mel e de leite de cabra, até atingir a virilidade. Com a ajuda da mãe, Zeus derrubou Cronos, forçando-o a ingerir um remédio de mostarda e sal.

O composto fez Cronos regurgitar primeiro a pedra, depois os demais filhos (Héstia, Hades, Posêidon, Hera e Deméter). Libertos, eles lutaram juntos contra os Titãs nas planícies de Tessália, na batalha que ficou conhecida como Titanomaquia.

Com a ajuda dos irmãos, dos ciclopes, dos hecatônquiros (gigantes) e dos filhos da ninfa Estige (Zelo, Nike, Bias e Cratos), Zeus baniu os titãs e aprisionou Cronos no submundo, cumprindo a profecia.

Com a vitória, os deuses se apossaram do Monte Olimpo, o mais alto lugar do planeta, que passou a ser a morada do panteão dos 12 deuses gregos, tendo como líder Zeus, o deus supremo entre todos os deuses.

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Principais Deuses Gregos

A composição clássica do panteão grego (o doze canônico) inclui Zeus, Hades, Poseidon, Hera, Atena, Ares, Apolo, Ártemis, Hermes, Afrodite, Hefesto e Dionísio. Com a dominação de Roma sobre a Grécia, a religião grega foi incorporada pelos conquistadores, que rebatizaram os doze deuses gregos respectivamente de Júpiter, Plutão, Netuno, Juno, Minerva, Marte, Febo, Diana, Mercúrio, Vênus, Vulcano e Baco.

A formação do grupo dos doze olímpicos, contudo, varia substancialmente entre os autores da antiguidade. O educador alemão Heinrich Wilhelm Stoll (1819-1890) considera que a limitação ao número de doze é uma ideia relativamente moderna.

Por volta de 400 a.C., o historiador grego Heródoto (484 a.C.-425 a.C) incluía na sua composição do Dodekatheon (Dodecateão) as seguintes divindades: Zeus, Hera, Poseidon, Hermes, Atena, Apolo, Cronos, Réia, Alfeu (deus dos Rios) e as graças (deusas do Banquete, da Concórdia, do Encanto, da Gratidão, da Prosperidade e da Sorte).

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O escritor romano Luciano de Samósata também incluía o semideus Hércules (filho de Zeus) e Esculápio (deus da Medicina) como membros dos doze deuses gregos. Contudo, o poeta grego Píndaro (438 a.C.-437 a.C.) e Heródoto discordam dessa versão, sustentando que Hércules não fazia parte do grupo.

Platão (428/427–348/347 a.C.), por sua vez, relacionava os doze deuses gregos ao número de meses do ano, e propôs que o último mês fosse dedicado aos rituais em honra de Plutão e dos espíritos dos mortos. Em Fedro, o filósofo grego faz corresponder as doze deidades aos signos do Zodíaco.

Principais deuses e representações gregas criadoras do Universo:

  • Caos (deus do Vazio, deus primordial) 
  • Gaia (representação divina da Terra)
  • Tártaro (representação divina do Submundo)
  • Urano (representação divina do Céu);
  • Óreas (representação divina das Montanhas);
  • Pontus (representação divina do Mar);
  • Os irmãos gêmeos Erebus (representação divina da Escuridão) e Nix (representação divina da Noite);
  • Os irmão gêmeos Hipnos (representação divina do Sono) e Tânatos (representação divina da Morte).

Os doze principais deuses gregos que habitavam o Monte Olimpo:

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  • Zeus (Júpiter) –  Deus dos deuses, mandatário do céu e responsável pelos deuses gregos. Senhor da Justiça. Deus do Trovão e dos Raios. O primeiro a ser adorado pelos cidadãos. A sua importância era tão grande e estava tão enraizada no cotidiano que quando chovia os gregos diziam “Zeus chove” e “Zeus troveja”.
  • Hades (Plutão) – Deus dos Mortos. Habita e comanda o submundo, tendo o poder de restituir à vida quando necessário. Também conhecido como o Invisível, detém a capacidade da invisibilidade, proporcionada por seu capacete mágico.
  • Poseidon (Netuno) – Irmão mais velho de Zeus e Hades. Deus dos Oceanos. Sua arma é um tridente e tem como morada uma mansão nas profundezas do mar. Antes de se lançar às viagens, os navegantes cultuavam Poseidon para pedir águas tranquilas, que os ajudassem durante a travessia. 
  • Hera (Juno) – Deusa suprema do Olimpo, esposa de Zeus. Deusa do matrimonio e do nascimento. Conhecida pelo seu temperamento agressivo, ciumento e vingativo com as amantes e os filhos bastardos do seu marido. Podia desencadear chuvas benéficas e devastadoras tempestades. 
  • Atena (Minerva) – Deusa da Sabedoria e do sendo de Justiça, foi nomeada por seu pai, Zeus, como deusa da guerra estratégica, por ser extremamente inteligente. Filha de Zeus com a titã Metis, a deusa grega tinha como símbolo a coruja, considerada a mais sábia das aves. 
  • Ares (Marte) – Deus da Guerra. Podia difundir sentimentos de agressividade nos mortais e temporariamente reanimar cadáveres que tivessem morrido em combate. Com um grito de guerra, poderia matar um ser humano. Possuía um arsenal de armas e proteções encantadas.
  • Apolo (Febo): Deus da Poesia, das Artes, da Música, da Cura, da Luz e Claridade. Sendo representado pelos gregos como o sol, Apolo atravessava o céu guiado por uma carruagem dourada resplandecente. Era filho de Zeus com uma titã chamada Leto.
  • Artemis (Diana): Irmã gêmea de Apolo, deusa da Caça e da vida selvagem. Assim como seu irmão, também tinha poderes sobre pragas e curas. Sempre com seu arco e flecha em mãos, Ártemis mandava doenças e pestes para os homens e animais como punição. Mas também agia com compaixão quando o mundo se mostrava digno. Por ser caçadora, não aceitava a presença de homens e dizia que seria eternamente virgem. 
  • Hermes (Mercúrio): Deus do Comércio e dos Ladrões. Filho de Zeus com a deusa Maia (deusa da Fecundidade e Primavera), Hermes tinha como principais características ser rápido e astuto, por isso tornou-se o mensageiro dos deuses. Além disso, era o responsável por levar os mortos até o submundo de Hades. Calçava sandálias e um capacete com asas, carregando nas mãos uma vara com duas cobras envolvidas.
  • Afrodite (Vênus) – Deusa do amor e da beleza, a mais bela das deusas. Possuía um cinturão mágico de grande poder sedutor e paixão irresistível. As lendas mostram frequentemente a deusa grega ajudando seus amantes a superar todos os obstáculos. Embora tenha se casado com Hefesto, teve diversos casos com mortais e com os deuses Ares e Hermes.
  • Hefesto (Vulcano): Deus da Metalurgia. Filho de Zeus com Hera. Por ser um homem manco e horrendo, foi expulso do Olimpo por sua mãe Hera, mas retornou graças as suas habilidades como ferreiro, tornando-se o Ferreiro dos deuses. Responsável por produzir os raios e trovões de Zeus, por ter fundido o Tridente de Poseidon, construído as flechas de Apolo e também a armadura de Aquiles na Guerra de Tróia. Os gregos acreditavam que as erupções vulcânicas eram causadas por ele.
  • Dionísio (Baco) – Deus do Vinho, das Festas, da Loucura e do Teatro. Além de ter os conhecimentos de preparação do vinho, ele possuía o poder de criar drogas poderosas. Filho de Zeus com a mortal Sêmele era o único filho de uma mortal a habitar o Olimpo. Cultuado também como o protetor do mundo inexplicável, das coisas que não podiam ser compreendidas pelos humanos.

Outros deuses gregos importantes para a mitologia:

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  • Deméter: deusa da Agricultura;
  • Éos: deusa do Amanhecer;
  • Eros: deus do Amor;
  • Hélios: deus do Sol;
  • Hermes: deus das Comunicações e das Viagens;
  • Héstia: deusa do Fogo, do Lar e das Lareiras;
  • Horas: deusa das Estações do Ano;
  • Mnemósine: deusa da Memória;
  • Perséfone: deusa do Submundo, esposa de Hades;
  • Selene: deusa da Lua;
  • Têmis: deusa das Leis.

Semideuses e Heróis Gregos

Considerados como heróis na mitologia grega, os semideuses eram fruto da relação entre os deuses e os mortais, que geravam filhos metade humanos e metade divinos, ocupando uma posição intermediária entre os dois mundos.

Apesar de possuírem poderes sobre humanos em inteligência, força e velocidade, os semideuses não eram imortais como os deuses. Eles moravam na Terra, junto aos humanos e após suas mortes, eram cultuados com a mesma honra pelos cidadãos gregos.

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O mais famoso semideus da mitologia grega é Héracles, conhecido como Hércules na mitologia romana. Filho de Zeus com a humana Alcmena foi responsável pela morte de sua esposa Mégara. Como penitência, recebeu doze difíceis tarefas consideradas impossíveis de serem realizadas. Após vencê-las, Hércules libertou o titã Prometeu, que estava acorrentado a uma rocha.

Perseu, filho de Zeus com a rainha Dânae, também é considerado um dos grandes heróis da antiga religião grega. Ficou conhecido por matar a Medusa, cujos olhos transformavam em estátuas de pedra todos aqueles que a encarassem.

Belerofonte também era um herói e matou a Quimera, terrível monstro que vomitava fogo. Atena, a deusa da sabedoria, presenteou-lhe com uma rédea de ouro. Com esse objeto Belerofonte apanhou Pégaso, o cavalo voador que o conduziu pelos céus até o covil de Quimera.

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Sozinho, Teseu libertou Atenas de um cruel tributo ao tirânico rei Minos, de Creta. Édipo decifrou o enigma da esfinge e Cadmo venceu o dragão que controlava a cidade de Tebas. Por fim, os heróis da mítica guerra de Troia são o comandante Agamenon, o famoso Aquiles, que comandou o cerco da batalha, e Ajax, um dos guerreiros que se ocultaram dentro do cavalo de Troia.

Musas Gregas


Foto: Pixabay

Relativo aos semideuses, também havia criaturas semidivinas que os gregos veneravam como musas. A elas eram atribuídas capacidade de inspiração artística ou científica.

O templo de veneração dessas entidades foi batizado de Museion, que deu origem mais tarde à palavra “museu”, como local de cultivo e preservação das artes e ciências.

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As principais são as nove filhas de Zeus com a titânide Mnemósine (deusa da Memória).

  • Clio: musa protetora e inspiradora da História.
  • Polímnia: musa da Oratória e Poesia Sacra;
  • Urânia: musa da Astronomia;
  • Erato: musa da Poesia Amorosa;
  • Euterpe: musa da Música;
  • Calíope: musa da Poesia Épica e da Eloquência.
  • Melpomene: musa da Poesia Trágica
  • Terpsícore: musa da Dança e Canto
  • Talia: musa da Comédia;

Importância da Mitologia Grega

A mitologia grega pode ser definida como o estudo dos conjuntos de narrativas relacionadas aos mitos dos gregos antigos. Para muitos estudiosos do tema, entender a história dos deuses gregos é o mesmo que lançar luz a compreensão da sociedade grega antiga, o seu comportamento na época, bem como de suas práticas ritualísticas.

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Inicialmente divulgados pela traição oral-poética, atualmente esses mitos são estudados a partir da literatura grega. As fontes que documentam essas histórias são encontradas nos poemas épicos A Ilíada e A Odisseia, de Homero (928 a.C- 898 a.C.), que retrata os acontecimentos em torno da Guerra de Troia, e nas obras Teogonia e Os Trabalhos e os Dias, produzidas por Hesíodo (750 e 650 a.C.).

No primeiro livro, o autor destrincha a arvore genealógica dos deuses gregos, narrando a história de suas criações. Já na segunda obra, Hesíodo trata, de forma didática, do mundo dos mortais, com ênfase nos temas do trabalho e da justiça.

Dentro desse universo está incluída a célebre história de Prometeu, que tirou o fogo do concílio dos deuses, e o mito de Pandora, que libertou os males do mundo.

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No contexto acadêmico, a palavra mito significa qualquer narrativa sacra e tradicional, seja ela verdadeira ou inventada. O sufixo “-logia”, derivado do radical grego “logo”, representa o campo de estudo de um assunto em particular. 

Com a junção de ambos os termos, “mitologia grega” significa, basicamente, o estudo dos mitos gregos, ou seja, os que fazem parte da cultura da Grécia.

Com o avanço da pesquisa científica no final do século XIX e durante o século XX, a principal fonte de detalhes da mitologia grega são evidências arqueológicas, que descobriram decorações e outros artefatos que retratam cenas do clico troiano e das aventuras de Hércules.

A influência da mitologia grega exerceu e continua influenciando grande parte da civilização ocidental, deixando como herança diversos aspectos culturais, artísticos, literários e linguísticos.

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O patrimônio grego também avança sobre a ciência, deixando como legado os nomes dados aos planetas do Sistema Solar, além de estudos teóricos, acadêmicos, antropológicos e religiosos, com reflexos nas tradições neopagãs, como a Wicca, e principalmente o dodecadeísmo (negopaganismo helênico), que tenta resgatar as crenças nos deuses gregos.

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