História da Deusa Ísis
A Deusa Ísis foi uma das principais e mais importantes personagens da Mitologia Egípcia. De acordo com pesquisadores, o culto a essa deusa é feito antes mesmo de as fronteiras do Egito transcenderem e se expandirem pela antiga civilização Greco-romano – onde, atualmente, se localiza a Alemanha.
Acredita-se que a devoção à Deusa Ísis antecede o ano 2.500 a.C. – período da V dinastia egípcia.
Ísis era a filha primogênita do Deus Ged (deus da Terra) e de Nut – uma divindade que regia o Universo. Ísis se casa com Osíris e dá à luz ao Deus Hórus (deus do firmamento) – um ser energizado pelo Sol.
Inveja de Seth por Ísis e Osíris
Além disso, a Deusa Ísis era irmã de Seth (deus dos desertos). Seth, porém, não aceitava a união de Ísis e Osíris e se torna um inimigo do casal.
Na realidade, Seth tinha uma profunda inveja de Osíris ter se unido à Deusa Ísis. Além disso, invejava Osíris também porque ele tinha a nobre missão de governar o mundo, principalmente, o Antigo Egito.
Osíris, porém, conseguiu passar aos mortais todos os conhecimentos mais relevantes sobre agronomia e o tratamento com os animais.
Osíris morre e Ísis o ressuscita
A Mitologia Egípcia indica que Osíris é traído por Seth. Osíris acaba sendo morto e esquartejado por Seth – que durante a sua trajetória como Deus se liga às forças do mal.
Com a morte de Osíris, a Deusa Ísis se desespera e pega todos as partes esquartejadas do corpo do marido, com a exceção das partes genitais – trocadas por membros banhados a ouro. Dessa forma, Ísis consegue a façanha de ressuscitar Osíris, revelando, assim, os seus fortes dons mágicos e potenciais de cura.
Assim que Ísis e Osíris concebem o filho, o Deus Hórus, ele decide se vingar da divindade que fez mal aos seus pais. Hórus acaba por matar Seth.
Personalidade da Deusa Ísis
A Deusa Ísis era reconhecida pela sua personalidade afetuosa e zelosa com todos. Ela não fazia distinção entre nobres ou escravos, governantes ou governados, santos ou pecadores, homens ou mulheres.
Ísis zelava por todos, sem julgamentos. Empenhava-se em proteger os mortais, com todo o seu afeto maternal.
A Deusa Ísis fora adorada por tempo, representando o máximo da essência maternal e considerada como uma esposa perfeita para Osíris. Também zelava pelos animais.
Ísis era tida como um verdadeiro símbolo do que havia de mais singelo no mundo. Já uma mitologia mais tardia conta que as enchentes do Rio Nilo aconteciam uma vez por ano, devido as lágrimas de Ísis, que ela passou a derramar após a perda de Osíris.
Celebrações atuais a Deusa Ísis
Conta-se que cerca de um ano depois da morte e da ressurreição de Osíris, muitos rituais aconteceram no Antigo Egito. Tanto que uma data festiva, chamada de “Noite da Lágrima”, é mantida até os dias de hoje, no Egito.
A “Noite da Lágrima” faz referência ao sofrimento da Deusa Ísis. A celebração acontece no mês de junho e, assim, é chamada, atualmente, de o “Festival Junino de Lelat-al-Nuktah”.
Esta tradição, que é preservada por muitos povos árabes, também celebra a união de Geb com Nut (pais de Ísis) – ou seja, a união entre a Terra e o Firmamento. Assim como a descendência dessa união: Ísis e Osíris, além de seus irmãos, que representavam 9 deuses.
Ísis e Osíris e a adoração a Deusa
A Deusa Ísis, juntamente com Osíris, ainda simbolizava toda a nobreza e realeza do Antigo Egito. A união dos dois representava o poder real.
O culto a Deusa Ísis fora de extrema relevância para a Antiguidade, em especial, para o Império Romano – onde ela ganhou muito discípulos e admiradores.
Atualmente, de acordo com a arqueologia, é possível que encontremos restos dos templos e monumentos em Roma, que fazem referências à Deusa.