A Comuna de Paris foi a primeira tentativa da história francesa de criação e implementação de um governo socialista, tendo o seu inicio após a revolução proletária que ocorreu na capital francesa, durante o período de 18 de Março a 28 de Maio de 1871. Essa tentativa ocorreu por ocasião da resistência popular que eram contra a invasão por parte do Reino da Prússia.
A Comuna teve duras repreensões pelas forças que foram enviadas por Adolphe Thiers (1797-1877), que provocou uma verdadeira chacina em toda Paris. Do outro lado da Comuna, a história registra que foram cerca de 15 mil pessoas dizimadas, enquanto que os rebeldes executaram vários prisioneiros.
Situação histórica
A situação de Paris se degradou bastante nesta época, chegando ao ponto de ficar muito complicada, quando Napoleão III assinou o tratado de rendição na guerra da França contra a Prússia. Após assinar esse tratado, a capital francesa ficou cercada pelo exército prussiano, gerando um grande desconforto e revolta para a população parisiense.
Neste cenário político tenso, em março de 1817 estourou uma insurreição popular, chegando a derrubar o governo republicano de Paris.
Causas principais da Revolução
- A dominação econômica e política da burguesia parisiense sobre os operários na época;
- Os operários trabalhavam em péssimas condições;
- A derrota da França na Guerra Franco-Prussiana em 1871 também agravou essa revolução;
- Muitos operários franceses não concordaram com a ideia da França em se render para a Prússia;
- O governo francês tentou jogar para cima dos trabalhadores as dívidas da guerra, onde teriam que ser pagas de forma imediata (tendo o problema de aumentar os impostos), caso as dívidas não fossem pagas de forma rápida.
Conselho da Comuna
O Conselho da Comuna tomava as medidas necessárias para o andamento da revolução. Ele tinha como sua meta principal realizar melhorias nas condições de trabalho e vida dos trabalhadores que possuíam baixa renda. Dentre essas medidas, podemos listar:
- A supervisão dos preços dos gêneros alimentícios;
- O aumento dos prazos para o pagamento dos aluguéis;
- Criação de um teto de remuneração mínima de forma fixa para os trabalhadores;
- Medidas para prevenção contra o desemprego;
- Estabelecer ensino gratuito para toda a população.
Contudo, a cidade de Paris continuava sitiada pelo exército prussiano e os deputados monarquistas eram a favor à rendição dos milicianos. Apesar disso, a população de Paris – especialmente os operários e a pequena burguesia – era radicalmente avessa a essa política de rendição.
Assim, em 18 de março de 1871, os insurgentes revolucionários, apoiados pela Guarda Nacional, expulsaram as forças legalistas da capital francesa. Em 26 de março do mesmo ano, após a realização de eleições democráticas de cerca de noventa membros, foi instituída a Comuna de Paris.
Após isto, o massacre tomou proporções absurdas, com um governo que teve curta duração. E, no dia 28 de maio de 1871, as tropas alemãs e francesas invadiram a cidade de Paris e massacraram mais de 10 mil milicianos que defendiam a cidade, para a retomada desta.