O budismo é uma doutrina originada a partir dos conhecimentos e sabedoria de Buda Sakyamuni, um príncipe indiano que viveu entre os anos de 563 a 483 a.C. Nascido sob o nome de Siddhartha Gautama, o príncipe era cercado de luxo, e educado para ser um guerreiro.
Reza a lenda que, por 29 anos, Siddhartha vivia isolado em seu palácio, longe do sofrimento do povo, sem saber que existia a dor, a doença e a morte. Até que um certo dia ele saiu do palácio e se deparou com a tristeza no mundo. Procurou se isolar, abandonou a vida que levava e tornou-se discípulo dos ascetas.
Foi então que, aos 35 anos, Siddharta já havia compreendido a causa do sofrimento e como eliminá-lo, mudando o nome para Buda Sakyamuni, sendo Buda (desperto da ignorância, iluminado) e Sakyamuni, que significa o sábio do clã dos Sakya.
O budismo é considerado uma religião, muito embora não fosse pretensão de Buda criar uma seita, uma congregação ou religião. Sua intenção era puramente espalhar seus conhecimentos, ajudando as pessoas a entender a si mesmo e a buscar iluminação para superar o sofrimento.
O que é budismo?
Budismo é uma doutrina espiritual, filosófica e religiosa, tradicionalmente oriental e milenar e com adeptos no mundo todo.
Os ensinamentos do budismo falam sobre o autoconhecimento, reconhecer o próprio sofrimento bem como os métodos para cessá-lo, buscando práticas que aliviam as aflições mentais a fim de buscar a paz interior.
Sendo assim, o budismo consiste em 5 crenças e 4 ensinamentos básicos:
5 crenças do budismo
- Buda não significa Deus, e sim, iluminado;
- Acabar com o sofrimento e pagar dívidas cármicas são os propósitos de vida;
- Meditação para alcançar o equilíbrio e iluminação mental;
- Cuidar do próprio corpo, mantendo uma vida saudável;
- Ter compaixão.
4 ensinamentos do budismo
3 sinais de ser
A ‘mudança”, o “sofrimento” e o “não ser” são os 3 sinais no budismo. É preciso entender que tudo no mundo é transitório, nada é o mesmo sempre; compreender que o sofrimento é comum na vida terrena e, por fim, a negação do eu, ou seja, superar o próprio ego.
As 4 nobres verdades
Buda disseminou seus ensinamentos para que as pessoas pudessem se autoconhecer e entender que a cura do sofrimento está no domínio de nossa mente, na capacidade de evitar ações imorais e na necessidade de praticar o bem. São 4 nobres verdades:
- Sofrimento;
- Origem do sofrimento;
- Cessação do sofrimento;
- Caminho que leva ao fim do sofrimento.
O sofrimento está presente em todos os seres humanos, atingidos pela tristeza, decepção, ansiedade e inveja, por exemplo.
O apego é tido como uma das causas desse sofrimento, segundo budistas. Tanto o apego material quanto o apego a uma ideia, às convicções e aos sentimentos é visto como a necessidade de se apegar a algo para se sentir feliz, o que o budismo rejeita.
A partir do momento em que há a compreensão de que tudo aqui na Terra é transitório, a paz interior deixará de ser somente uma busca para se tornar realidade.
Os três fogos
Os três fogos são os sentimentos que precisam ser dominados para evitar que eles dominem sua vida. São eles: desejo, raiva e ilusão.
O nobre caminho óctuplo
Para Buda, o nobre caminho óctuplo era o método para cessar o sofrimento, pois nesse estágio já teria compreendido e reconhecido o motivo de suas aflições, estando pronto para buscar a cessação.
Buda acreditava que o “caminho do meio” (o nobre caminho óctuplo) era a maneira de alcançar a suprema iluminação, chamada de estado de Nirvana, em que todos poderiam encontrar a felicidade.
Portanto, existem 8 direcionais para o Nirvana a partir da roda do Dharma, o símbolo do caminho óctuplo:
- Compreender os ensinamentos budistas;
- Desenvolver o estado de espírito;
- Não cometer atos imorais, como roubar, matar ou qualquer atitude que viola a harmonia;
- Cultivar boas atitudes;
- Evitar a má conduta e hábitos destrutivos;
- Esforçar-se em coisas que são realmente importantes;
- Ter foco mental;
- Evitar calúnias, difamação, linguagem manipuladora e qualquer palavra com intenção de ferir o outro.
Buda entendia, então, que todo caminho para a libertação do sofrimento dependia das boas ações de cada um.
Carma
Carma significa “ação” e, de acordo com essa lei, toda ação positiva ou negativa gera uma reação, seja para si ou para outra pessoa.
O budismo acredita que toda experiência na Terra é resultado de carmas passados, incluindo de vidas passadas. Por não acreditarem em destino, e sim, em reencarnação, os budistas ensinam que devemos nos preocupar com os nossos atos presentes para, assim, moldar o nosso futuro.