Bestialismo

Também conhecida como zoofilia ou zooerastia, é uma prática que pode levantar muitas discussões a respeito do tema.

Uns consideram fetiche, outros prática viciosa, enquanto psiquiatras consideram patologia. Bestialismo ou zoofilia é a conjunção carnal entre um homem e um animal. Apesar da prática ser bastante comum (o que não significa dizer que é correta), em muitos países já é considerada crime ambiental.

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Muitas vezes questões como essas são vistas apenas como algo pertinente às inúmeras preferências do homem em geral, assim como seria um relacionamento considerado como “fora dos padrões”, como é o caso da homossexualidade, bissexualidade, por exemplo.

Porém, vista por outro lado, a zoofilia pode estar enquadrada dentro do grupo que chamamos de parafilia: tendências sexuais totalmente atípicas e anormais, contando ainda com uma ligeira dose de raridade e perversão.

Do ponto de vista cultural, podemos até considerar o fato de que a zoofilia é uma prática relacionada a homens, principalmente oriundos de zonas rurais, muitas vezes desabitadas, portanto, um ambiente bastante propício a fazer com que se desafoguem sexualmente dessa forma, considerando também a escassez do gênero feminino.

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Em contrapartida é válido levarmos em conta que em vários relatos mitológicos de povos da antiguidade, é possível visualizar (principalmente nas gravuras deixadas por eles) a figura de animais ou criaturas estranhas relacionadas à sexualidade, como sereias, tritões ou sátiros, portanto, uma grande evidência da prática de zoofilia como algo comum entre essas civilizações.

Porém, mesmo que seja levado em conta alguns aspectos culturais, não se pode negar que esta prática se trata de uma patologia, pois consiste num desvio de comportamento sexual, geralmente associado a algum distúrbio de caráter mental.

Tanto que em alguns casos, este desvio de conduta geralmente vem acompanhado de atitudes violentas por parte do homem, constituindo dessa forma a zooerastia ou bestialismo.

Alguns especialistas na área de comportamento sexual, buscando um entendimento da prática, argumentam que muitas vezes a zoofilia pode ser praticada com uma ou mesmo várias espécies. Como regra geral, este distúrbio está ligado diretamente a carências afetivas ou até mesmo desejos insatisfeitos.

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Para se tratar clinicamente do assunto é preciso considerar duas dificuldades: a origem exata do problema (muitas vezes desconhecida), ou mesmo a incapacidade do praticante admitir para si e para o médico este comportamento.

Do ponto de vista carnal e sexual, é preciso considerar que o contato com animais pode causar diversos riscos como, infecções genitais, reações alérgicas, lesões físicas e até psicológicas, sem contar o fato de que a prática involuntariamente contribui para o surgimento de problemas como ejaculação precoce.

Ao contrário do que alguns podem pensar, as parafilias são bastantes presentes no cotidiano do ser humano, de forma que geram muitas controvérsias e discussões. Eis algumas delas:

Pigmalionismo – Prazer observando estátuas ou manequins;

Misofilia – Desejo obtido no contato com roupa suja;

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Ligofilia – Desejos eróticos em ambientes escuros ou sombrios;

Hematofilia – Prazer no contato com sangue humano;

Eletrofilia – Prazer obtido através de choques elétricos;

Considerando o fator psicológico, psíquico, como atitude de perversão mental, o bestialismo, bem como todas as outras parafilias não pode ser ignorado, sendo passível até mesmo de tratamento sério, com acompanhamento de profissional.

Autor: Alan Lima

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