Anelídeos

Entenda um pouco mais sobre quem são os anelídeos e quais são as características que os determinam dentre uma infinidade de outras espécies.

Você já ouviu falar dos anelídeos? Dentre as classes do reino animal, os anelídeos não tendem a ser os mais lembrados ou mais populares, principalmente pela existência de várias subdivisões entre os reinos que acabam confundindo a primeira vista. 

Mas fique tranquilo, o conteúdo abaixo pretende de forma simples e visualização objetiva, te fazer compreender quem são os anelídeos e quais são as características que os determinam dentre uma infinidade de outras espécies. 

O que são os anelídeos?

O filo Annelida, mais conhecido como o filo dos Anelídeos, é a parte da biologia que estuda seres não tão conhecidos pela maioria das pessoas, por não serem tão comuns no nosso cotidiano quanto os insetos do filo dos artrópodes, por exemplo. 

Esse filo contempla vários segmentos e espécies do que conhecemos como vermes, dos mais diferentes e inesperados tipos. Os exemplos clássicos lembrados quando se fala de anelídeos são as minhocas e também os sanguessugas. 

Aparentemente, à primeira vista, os dois não parecem ter muito em comum, mas existem algumas características gerais para as espécies desse filo, vamos conhecê-las. 

Características dos anelídeos 

O revestimento do corpo dos anelídeos é sempre composto por uma camada fina e úmida de pele, o que tem enorme relação com o modo como eles respiram, utilizando a parte interna dessa pele. 

Quanto ao corpo, apresentam-se sempre simétricos bilateralmente, e normalmente se dividem em pequenos segmentos. Ao longo de seu corpo possuem um ininterrupto tubo digestório que tem em suas extremidades a boca e o ânus desses animais. 

Diferente do sistema digestório que não se divide, os sistemas excretor, circulatório e nervoso se dividem em segmentos, seguindo o mesmo estilo do corpo. 

Cada segmento desse possui estruturas com alta ductilidade e pontas afiadas, denominadas cerdas, em suas laterais, aumentando a tração dos animais em ambientes, assim como sua locomoção. 

Grande parte dos anelídeos se apresenta em forma hermafrodita, ou seja, tendo os sistemas reprodutores de ambos os sexos, masculino e feminino. Independente disso, eles realizam o processo de cópula normalmente, com dois animais que se cruzam e fecundam-se simultaneamente. 

Como se dividem os anelídeos? 

Como todos os filos, os anelídeos também apresentam suas divisões, estruturando através delas características ainda mais específicas de cada grupo de espécies.  Eles se dividem nas segundas classes: Polychaeta e Clitellata. Enquanto a Classe Clitellata tem duas subdivisões, a Subclasse Oligochaeta e a Subclasse Hirudínea. 

Classe Polychaeta (Poliquetos) 

Poliquetos é um nome de origem grega com dois radicais que indicam “muitas cerdas”, o que já indica bem claramente uma característica das espécies componentes dessa classe. 

Cada segmento do corpo destas espécies, aquelas pequenas divisões também conhecidas como anéis, tem um par de apêndices laterais onde são encontradas essas cerdas. Esses apêndices são conhecidos cientificamente como parapódios. 

As espécies presentes nessa classe são filtradoras, se alimentam da matéria orgânica que encontram em suspensão na água, predadoras e detritívoros, por se alimentarem de restos encontrados pelo oceano. 

Além de predadores, o poliquetos também é conhecido por outro tipo de hábito alimentar, o canibalismo, podendo se alimentar também de outros poliquetos. 

Os poliquetos não são necessariamente hermafroditas como a maioria dos anelídeos, grande parte deles apresenta sexos separados.

Diferente de parte dos anelídeos trocam gases por respiração subcutânea, abaixo da pele, as trocas gasosas dos poliquetos se dão pela superfície do corpo, podendo até ter apêndices vascularizados com brânquias, como parte dos crustáceos. 

Essas brânquias são de fundamental importância para as trocas gasosas entre a água e o sangue, necessárias para a vida das espécies dessa classe. As espécies que melhor ilustram os poliquetos são os vermes marinhos. 

Classe Clitellata 

Essa classe compreende todas as espécies que possuem em sua estrutura algo conhecido como clitelo. O clitelo é uma pequena estrutura reprodutiva que se forma através da aglutinação de três anéis dos segmentos dispostos nos corpos dos anelídeos. 

No clitelo, existem glândulas produtoras de muco necessário para o momento da cópula e que, em alguns casos, serve como casulo. É importante ressaltar que diferentes dos outros anelídeos, nessa classe não existem nem parapódios nem cerdas, exceto em poucos casos onde as cerdas se apresentam de forma bem reduzida. 

Subclasse Oligochaeta (Oligoquetos) 

Um bom representante da subclasse dos oligoquetos, além de muito popular, é claro, é a minhoca. Ao imaginar uma minhoca fica mais compreensível de entender as características em comum dessa subclasse, como a ausência de cerdas. 

No caso específico da minhoca, ainda existe pequenas cerdas que trabalham em prol da sua movimentação. Quanto a sua segmentação, não existe divisão entre sua cabeça e seu corpo, parecendo de fato fundidos num único formato. 

O clitelo como dito anteriormente, permite a fecundação cruzada entre dois animais e o muco utilizado para cópula é aproveitado no desenvolvimento do casulo que será deixado na terra com uma quantidade considerável de ovinhos dentro. 

A minhoca em específico, mantém as caraterísticas relativas a pele dos anelídeos, sendo fina e viscosa, dando aquele aspecto de estar sempre um pouco úmida. Essa aparência molhada, também é dada pelo muco que no caso da pele é de fundamental importância na locomoção do animal por diminuir seu atrito, dando aquela impressão típica de estar deslizando. 

A minhoca, apesar do seu tamanho, é um dos animais de grande importância no entendimento da cadeia alimentar como um todo, fornecendo um equilíbrio ao ecossistema, além de auxiliar muito alguns processos na agricultura do país. 

Subclasse Hirudínea (Aquetos) 

Essa subclasse é representada sempre pelos sanguessugas, o que também facilita bastante na visualização de uma de suas características principais. Ao contrário de cerdas ou apêndices focas principalmente em locomoção, a subclasse dos aquetos faz isso através de ventosas. 

Sim, ventosas. Basta imaginar o modo muito particular como os sanguessugas se movem, num trajeto consideravelmente lento que parece colar uma de suas extremidades, pegar impulso e descolá-la, colocando a outra em seguida. Esse processo acontece por causa de suas ventosas. 

Diferente dos outros anelídeos também não apresenta a divisão segmentada em anéis, devido a sua capacidade metamérica bem reduzida. 

Embora os sanguessugas sejam os mais conhecidos exemplos dos aquetos, essa subclasse não é necessária formada dos parasitas que se alimentam de sangue. As espécies podem se alimentar também de larvas e pequenos animais, executando o hábito de predadores. 

Muito semelhante aos oligoquetos, os aquetos também se apresentam como hermafroditas e ainda assim, se reproduzem através da multiplicação cruzada, sempre com o auxílio de um par durante o processo. Também deixam seus ovinhos em casulos, que são sempre depositados em solo úmido.  

Considerações finais

Talvez os anelídeos não sejam tão conhecidos entre as classes por não serem de fato comuns no nosso dia a dia, mas depois de estudar esse conteúdo e imaginar os exemplos práticos, fica bem mais fácil compreender suas estruturas e habilidades, né? 

Seja no modo que o corpo de uma minhoca consegue se subdividir ou na locomoção de um sanguessuga por causa de suas ventosas. Assim como as características reprodutivas que podem ser acumulativas e não excludentes como pode se pensar a princípio. 

É importante observar sempre as espécies existentes ao seu redor e tentar determinar mentalmente que tipos de característica que as une com as espécies presentes em sua mesma classe. Esse é um dos melhores métodos para exercitar o conhecimento sempre nesse assunto que mesmo compreensível, é normal que possa gerar confusões.

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