Amyr Khan Klink veio ao mundo na primavera de 1955, ao vigésimo quinto dia de setembro. Jamil klink e Asa Frieberg Klink o receberam como o primeiro de quatro filhos.
PRIMEIRA EMBARCAÇÃO
Quando apreciava seu décimo sétimo ano de vida, na cidade de Paraty/RJ contempla-se com sua primeira canoa: Max. depois dessa, viriam mais de 30 embarcações.
VIAGENS
Chile foi o destino de sua primeira viagem internacional, aos 23 anos e sob duas rodas. Em 1983 consegue finalizar o I.A.T., primeiro barco, que um ano mais tarde seria palco de sua primeira viagem a remo solitária do Atlântico Sul.
3.700 Milhas e 100 dias depois, chega à Bahia, aos 18 dias de setembro de 1984. (Esta façanha é retratada em seu Best Seller: Cem dias entre o céu e o mar).
Realizou 15 viagens à Antártica. Na volta de sua primeira viagem, em 1986, começou a construir Parati, com ele no ano de 1989, começa uma viagem que duraria 642 dias – durante sete meses esteve parado em uma invernagem antártica. Nesta viagem, contabilizou 27 milhas (este feito é retratado em seu livro: Entre dois polos).
CASAMENTO E FILHOS
A velejadora Marina Bandeira que carrega em seu currículo mais de cem competições, ganha o coração de Amyr Klink e, no ano de 1996, casa-se com ele.
O casal é agraciado com o nascimento das gêmeas Laura e Tamara. Um ano depois de elas terem nascido, Amyr inicia mais uma viagem solitária.
O projeto “Antártica 360 graus” fez a circunavegação polar pela mais difícil rota. A viagem que foi a bordo do Parati, é retratada em mais um de seus livros, este poeticamente intitulado como: Mar sem fim.
TERCEIRA FILHA E MAIS VIAGENS
Quando o mundo deu início a um novo milênio, em 2000, Amyr contempla sua terceira filha nascer: Marina Helena. Um ano mais tarde, ele finaliza o Parati 2, que, foi considerado o veleiro mais moderno construído no país.
No verão entre 2003 e 2004, Amyr decide refazer a circunavegação polar. Entretanto, na segunda experiência, ele decide levar a bordo uma tripulação composta por cinco homens que, puderam contemplar 13,3 mil milhas e 76 dias sem escalas em uma viagem inesquecível com o ícone Amyr Klink.
Essa viagem inspirou o livro: Linha D’água – Entre Estaleiros e Homens do Mar.
AMYR KLINK EMPRESÁRIO:
Não obstante ter construído o veleiro polar mais eficiente e seguro do mundo, Klink é também sócio cofundador do Museu Nacional do Mar, que fica no estado de Santa Catarina, na cidade de São Francisco do Sul. Ele ainda administra a Amyr Klink Planejamento e pesquisas LTDA e a Amyr Klink Projetos Especiais LTDA.
Ministra palestras – em quatro idiomas – que já foram realizadas em 13 países em universidades, escolas, empresas. Sempre abordando temas acerca de planejamento estratégico, gerenciamento de risco, qualidade e trabalho em equipe.
É membro da Royal Geographical Society e assessor de expedições da Revista National Geographic. Ele relatou a dificuldade que atravessou para realizar seus projetos no livro “Não Há Tempo a Perder “, lançado no ano de 2016.
AMYR CLINK E A LITERATURA:
Tendo como formação acadêmica Economia, pela Universidade de São Paulo (USP), e pós-graduação em Administração de Empresas pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, as expedições marítimas o motivaram a escrever várias obras. Não há dúvidas de que todas elas lhe renderam grande sucesso como escritor.
As principais obras de Klink são:
- Mar Sem fim. – Livro mais vendido em 2000, na categoria não ficção.
- Linha D’água – ENTRE ESTALEIROS E HOMENS DO MAR. – Lançado em 2006 pela Cia das letras, traz relatos sobre viagens e barcos.
- NÃO HÁ TEMPO A PERDER – Relato a escritora Isa Pessoa sobre sua biografia. Lançado em dezembro de 2016.
- As Janelas de Parati – Livro de fotos da expedição polar, o que lhe rendeu o Prêmio Jabuti (considerado o mais importante da literatura nacional) em 1994.
“Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver”. Amyr Klink
Por ÉRICA CALEFI