Aliança Bolivariana das Américas

Com inúmeras controvérsias a respeito de sua eficácia, a aliança econômica desponta como possível alternativa ao regime capitalista.

Basicamente o conceito que envolve o termo Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América, trata de uma disposição de ajuda mútua entre os países situados na região da América Latina e Caribe. O intuito consiste na tentativa de aumento da integração econômica, política e social entre os envolvidos.

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Anteriormente denominada de Alternativa Bolivariana para as Américas (ALBA), o pacto segue ideais de esquerda, diferindo dos demais acordos implantados ou que tentaram ser implantados no continente como a ALCA (Área de Livre Comércio das Américas) e MERCOSUL (Mercado Comum do Sul), que surgiram na década de 90, de natureza capitalista.

Os primeiros rumores a respeito da Aliança Bolivariana tiveram início no ano de 2004, quando na ocasião houve a realização de um acordo entre os países Cuba e Venezuela, assinado pelos então presidentes Fidel Castro e Hugo Chavez. Na ocasião, Cuba enviaria médicos à Venezuela enquanto na troca receberia petróleo Venezuelano.

Os ideias da ALBA avançaram no ano de 2007, já com Nicarágua fazendo parte do bloco. A partir de então, os projetos voltados para educação, cultura, comércio, finanças, alimentação, saúde, telecomunicações, transporte, recursos minerais, turismo e energia são colocados em pauta.

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Neste ínterim foi desenvolvido o acordo que buscava a criação do Banco da ALBA, e um ano depois, República Dominicana e Honduras se integram a Aliança, e em 2009, Equador, São Vicente, Antígua e Barbuda.

Na verdade o objetivo que rege o interesse dos países envolvidos está na busca por alianças políticas de auxílio no campo econômico, troca mútua e bem-estar social.

Entre algumas das medidas a serem discutidas está a introdução de uma moeda regional, chamada SUCRE, tentando talvez imitar o conceito da criação e estabelecimento do Euro, elaborado na União Europeia.

De um ponto de vista mais técnico, a ALBA pode ser analisada a partir de um princípio que parte de uma conjunção de interesses comuns entre os estados integrantes, tendo em vista às demandas internas e a possibilidade em buscar desenvolvimento de políticas e práticas que as lideranças destes países consideram como benéficas e eficazes para o futuro das nações que comandam. 

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Porém, este acordo apenas tende a revelar como a dinâmica política e econômica da região conhecida como latino-americana e caribenha, tem se transformado ao longo do tempo, principalmente nos últimos anos.

Desta forma é importante considerar que os atuais governos de Bolívia e Venezuela possuem históricos evolutivos de países de terceiro mundo, além do forte apelo anti-imperialista existente no pensamento estadista de ambos países.

Como também não poderia deixar de existir as semelhanças entre os discursos chavistas e castrista, com tom vociferante de repúdio a regimes capitalistas como o dos Estados Unidos, são sem dúvidas pontos cruciais de discussão.

Sendo assim, vale observar que, independente do ponto de vista que se tenha a respeito da eficácia desta aliança para os países envolvidos, não há como negar a forte influência de viés partidário (movimento socialista, de fato) que os presidentes Morales e Maduro defendem dentro de um pensamento de formulação da política externa.  

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Muitos intelectuais e autoridades da Economia mundial têm sido ferrenhamente contrários ao regime econômico da ALBA, considerando-o ineficaz ou mesmo obsoleto.

Alguns jornalistas, escritores, como o brasileiro Luis Dufaur, entendem que esta iniciativa de acordo apenas ocasionou a destruição da economia dos países envolvidos ao longo do tempo, onde na quase totalidade dos casos, a “saída” para a recessão foi (e tem sido) a transferência de empresas falidas para as mãos da administração privada.

Autor: Alan Lima

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