Al-Qaeda

Descubra os objetivos, os principais ataques e líderes do grupo terrorista Al-Qaeda, fundada pelo saudita Osama Bin Laden.

Al-Qaeda (lê-se Alcaida) é uma organização terrorista islâmica que significa “A Base”. Foi fundada na década de 80 por Osama Bin Laden, um saudita que reuniu fundamentalistas islâmicos e foi responsável pelo ataque às Torres Gêmeas em 11 de setembro de 2001, na cidade de Nova Iorque (EUA).

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O ataque foi orquestrado com ajuda do treinamento da CIA (Agência de Inteligência Civil dos Estados Unidos), que ensinou táticas de inteligência na época em que os americanos eram aliados dos terroristas. Essa aliança ocorreu quando a organização de Bin Laden lutou para impedir a invasão das tropas da União Soviética ao território do Afeganistão. Os Estados Unidos forneceram ajuda financeira, armamento e o treinamento da inteligência militar, que acabou sendo usado contra os próprios cidadãos americanos pela Al-Qaeda.

Por que Al-Qaeda declarou guerra ao EUA?

Durante a Guerra do Golfo (1990), iniciada pelo até então presidente iraquiano Saddam Hussein, com o objetivo de tomar o petróleo e as terras do Kuwait, as tropas dos Estados Unidos, em apoio ao Kuwait, entraram na guerra, posicionando a base militar na Península Arábica.

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A presença das tropas norte-americanas na região não foi bem recebida pelo líder muçulmano da Al-Qaeda, Osama Bin Laden, mesmo ele sendo contra o Iraque. O conflito resultou na expulsão do terrorista da Arábia Saudita pelo Rei Fahd, no início da década de 1990.

A partir daí, a Al-Qaeda passou a arquitetar atentados contra as bases militares dos Estados Unidos, se unindo ao regime talibã, disseminando o ódio contra os americanos, e alegando que eles queriam oprimir e dizimar o povo islâmico com o objetivo de controlar o petróleo na região do Oriente Médio.

Os ataques mais notáveis ocorreram a partir do ano de 1993, mas o que ganhou visibilidade mundial foi o ataque às Torres Gêmeas em 11 de setembro de 2001.

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Na ocasião, quarto aviões comerciais foram sequestrados e lançados em pontos estratégicos: em Nova Iorque, nas Torres do World Trade Center; em Washington, no Pentágono; e na cidade de Pittsburgh. Especulou-se, na época, que a intenção era lançar um dos aviões à Casa Branca, mas sem sucesso.

O objetivo desse ataque era fazer os Estados Unidos sofrerem uma perda econômica e serem desmoralizados, mas o ataque não ficou sem resposta.

A reação dos EUA após o ataque de 11 de setembro

Após os ataques, os EUA declararam guerra ao governo talibã e destruíram as bases da Al-Qaeda, promovendo, 2 anos depois, a Guerra do Iraque. Acredita-se que a guerra tenha sido motivada pela suposta ligação entre Saddam Hussein e a Al-Qaeda.

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Entretanto, o argumento defendido pelo presidente George W. Bush e pelo primeiro-ministro britânico Tony Blair era a de que o Iraque ameaçava a segurança mundial com a produção de armas de grande destruição. Isso nunca foi provado: nem as armas nem a ligação com o grupo terrorista de Bin Laden.

O conflito, mesmo após a retirada das tropas americanas da região iraquiana, em 2011, não trouxe paz ao Oriente Médio. A ação promovida pelos EUA resultou na criação do Estado Islâmico (EI), a nova imagem do terror, um novo rastro de sangue, dessa vez, entre o governo iraquiano e organizações jihadistas.

O objetivo da Al-Qaeda

O maior objetivo da organização terrorista Al-Qaeda é estabelecer uma única nação islâmica para todos os muçulmanos. Para isso, deseja derrubar os governos ocidentais, cuja população muçulmana ou árabe é considerada pelo grupo terrorista como anti-islâmico.

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Uma regra imposta pela Al-Qaeda é de que o povo muçulmano tem a obrigação de iniciar uma guerra santa contra os americanos e israelenses.

Al-Qaeda após a morte de Osama Bin Laden

Em 2 de maio de 2011, sob a liderança do presidente americano Barack Obama, o líder terrorista da Al-Qaeda, Osama Bin Laden foi capturado e morto no Paquistão.

Apesar da morte de seu líder, a Al-Qaeda não perdeu suas forças e continuou sendo uma rede muito perigosa, dessa vez, sob o comando do egípcio Ayman Zawahiri, o número dois da organização terrorista e que está por trás dos primeiros ataques suicidas da Al-Qaeda.

Desde que substituiu Bin Laden a frente da organização, Ayman Zawahiri comandou ataques a alvos ocidentais, aliou-se a Frente Nusra, tornando-se um dos principais causadores da Guerra na Síria. Também foi responsável pelo atentado em Paris, contra a revista satírica Charlie Hebbo, reivindicado pela Al-Qaeda da Península Arábica (AQPA).

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A guerra civil na Síria tinha o objetivo de retirar Bashar al-Assad do governo devido ao número de desempregono país, corrupçãos e a falta de liberdade política. Porém, a manifestação, a repressão ao governo e a necessidade de um país mais justo deram lugar a outra guerra promovida pelo Estado Islâmico e a Frente Nusra.

De acordo com os serviços de inteligência europeus e anglo-saxões, a Al-Qaeda deseja voltar a ser protagonista em um cenário que, até o momento, está sendo dominado por outro grupo terrorista: o Estado Islâmico.

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