Acordo de Bretton Woods

Saiba o que foi e como se deu o acordo diante do cenário pós-guerra.

Recessões econômicas entre países não são realidades presentes apenas nos dias atuais. Ainda mais considerando possíveis aspectos contribuintes para um agravamento de cenário como pós-guerra, mudança de governo e outros fatores.

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O acordo que ficou conhecido pelo nome de Acordo de Bretton Woods foi elaborado como uma série de disposições acertadas por mais ou menos 45 países, cujo pacto se deu em meados de julho de 1944, na cidade norte-americana de Bretton Woods, no estado de New Hampshire. As negociações foram feitas dentro do hotel Mount Washington.

O intuito principal para este concerto entre as nações envolvidas era definir o destino da economia mundial diante do cenário pós Segunda Guerra Mundial.

Foi então que diante de um cenário que envolveu 730 delegados, representantes de 44 países (incluindo o Brasil) que aconteceu a Conferência Monetária e Financeira das nações Unidas. O objetivo era claro, e logicamente urgente: Reconstruir o capitalismo em nível mundial, considerando um sistema de regras cujo objetivo era regular a política econômica internacional.

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Logicamente o fato de uma possível vitória do país norte-americano na guerra, o sistema financeiro que emanaria de Bretton Woods traria favorecimento para os Estados Unidos, de forma que dali por diante o país obteria boa parte do controle da economia mundial, assim como o sistema de distribuição de capitais.

Desta forma o país adquiria formalmente as rédeas das finanças mundiais, considerando um longo período de 25 anos de recusa desta responsabilidade, graças a alguns princípios de política externa, então peculiar ao país.

Durante esse período, antes do acordo, o país se abnegava de formalizar possíveis negociações político-econômicas com nações europeias.

Objetivos

Na verdade o pontapé inicial tinha por objetivo garantir a estabilidade das nações em questão.

O acordo de Bretton Woods inicialmente definiu o congelamento da taxa de câmbio das moedas dos países envolvidos em relação ao dólar, porém com uma possível margem de manobra de 1%. Em contrapartida, a moeda americana ficaria ligada ao valor do ouro dentro de um parâmetro de base fixa.

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Também nesse período foram criadas duas principais instituições consideradas multilaterais cujo objetivo era acompanhar essa nova perspectiva sobre o sistema financeiro, garantindo a liquidez da economia: O Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Considerando o cenário que beirava o caótico, as nações envolvidas nas tramitações entenderam a importância e a magnitude do acordo, afinal nenhum representante entre os países queria pagar para ver um novo cenário de “cada um por si”.

Dessa forma, a proposta para um mercado de fluxo livre entre o comércio e capitais, foi base central para um grande ciclo de desenvolvimento dentro da história do capitalismo, e logicamente, com uma moeda regendo a economia mundial, em supremacia entre os setores industriais, tecnológico e militar, o vencedor não poderia ser outro país, senão os Estados Unidos.

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Após mais de setenta anos do acordo firmado muita coisa mudou no cenário mundial. A supremacia dos Estados Unidos não é mais tão forte e evidente, como fora no período de Bretton Woods.

Além disso, o fortalecimento da União Europeia ocasionou o crescimento e a consolidação de países, então considerados “emergentes”, por exemplo, China, Índia e Brasil, e que nos dias de hoje adquiriram grande importância nas decisões que hoje trilham a economia mundial.

Diante de um novo e atual cenário de crise econômica, opiniões se dividem novamente em relação ao assunto. A União Europeia busca soluções para frear a atual crise, enquanto estudiosos defendem a tese de que não serão apenas sete ou oito países considerados de grande porte, os “salvadores da pátria”.

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Considerando todas estas controvérsias, a ideia principal para possíveis novos acordos não é apenas a busca por parar a crise e sim fazer com que o capitalismo novamente volte a desenvolver-se, principalmente evitando que países mais pobres paguem parte da conta da recessão.

Autor: Alan Lima

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