Em fevereiro deste ano, o Novo Ensino Médio começou a ser implementado no Brasil, com base no cronograma definido anteriormente pelo Ministério da Educação. Porém, existem pais, responsáveis, profissionais da Educação e estudantes nesse nível acadêmico que sabem o que os alunos vão estudar nesse novo formato.
A princípio, a previsão é que em 2023 comecem a ser atendidos também os estudantes do segundo ano, e não somente do primeiro. Sobretudo, as principais mudanças afetam o plano de estudos do Ensino Médio e a matriz curricular, com mais flexibilidade nas escolhas ao longo da formação.
Como funciona o Novo Ensino Médio?
Antes de mais nada, o Novo Ensino Médio afeta principalmente o currículo que será utilizado por colégios e escolas, tanto instituições privadas quanto públicas. Assim, a atualização na legislação desse nível acadêmico abandonou a estrutura anterior de um itinerário igual para todos os estudantes.
Ou seja, os alunos não irão passar por uma mesma estrutura de matérias ao longo dos três anos de formação. No geral, o Novo Ensino Médio não organiza mais a matriz com base nas disciplinas, e sim nas grandes áreas do conhecimento. São elas:
- Linguagens;
- Ciências da Natureza;
- Ciência Humanas e Sociais;
- Matemática.
Basicamente, a matriz curricular que orientam essas alterações se chama Base Nacional Comum Curricular (BNCC). De acordo com os especialistas, a BNCC funciona como uma espécie de mapa para os estudantes, professoras, profissionais da Educação e responsáveis por instituições de ensino no país.
Em números mais específicos, estima-se que somente 60% da carga horária completa do Ensino Médio será igual para os alunos. Nessa etapa, serão cobertas o que é conhecido como conhecimentos e competências básicas.
Desse modo, os demais 40% serão organizados em itinerários formativos, com base nos interesses e aptidões particulares de cada estudante. Por sua vez, os itinerários serão selecionados dentro dessas grandes áreas do conhecimento citadas anteriormente, um ensino técnico ou um modelo conjunto que combine duas áreas diferentes.
Entenda o que os alunos vão estudar no Novo Ensino Médio
De acordo com a Base Nacional Comum Curricular, alguns dos exemplos de itinerários formativos e conhecimentos comuns são:
- Linguagens e suas tecnologias: interpretação de texto, análise de discurso, compreensão linguística, análise de visões de mundo, interpretação crítica na realidade, funcionamento das linguagens, utilização das diferentes linguagens para compreensão e produção dos textos, variações linguísticas, linguagem multimídia e transmídia, linguagem na intervenção social, etc.;
- Língua Portuguesa: campos de atuação social do idioma, ou seja, leitura, escrita, produção de texto, análise linguística, semiótica, produção de texto oral, intertextualidade, interdiscursividade, citações, paráfrases, etc.;
- Matemática e suas tecnologias: interpretação crítica de situações econômicas, sociais, variação de grandezas em contato com os acontecimentos relativos às Ciências da Natureza, análise de tabelas e gráficos, interpretação de textos científicos, interpretação de taxas e índices socioeconômicos, taxas de inflação, transformações isométricas como transição e reflexão, etc.;
- Ciências da Natureza e suas tecnologias: análise e representação de transformações de sistemas, conservação de sistemas relacionado à quantidade de matéria e energia, análise, previsão, avaliação e construção de sistemas técnicos para a sustentabilidade, conhecimento sobre radiações para avaliar as potencialidades e riscos das aplicações no cotidiano, saúde, meio ambiente, etc.;
- Ciências Humanas e Sociais Aplicadas: identificar, analisar e comparar diferentes narrativas, interpretação de diversas linguagens, compreensão de ideias filosóficas, estudo de processos e eventos políticos, econômicos e sociais, identificação de circunstâncias históricas e ambientais, etc.