Seguro-desemprego pode ter novas regras; veja o que está sendo discutido

Mudanças no seguro-desemprego estão sendo estudadas pelo governo como estratégia para reduzir gastos e controlar o aumento das despesas obrigatórias.

O governo federal está realizando estudos que poderão culminar em mudanças nas regras do seguro-desemprego, um dos pilares da seguridade social que oferece assistência financeira temporária ao trabalhador dispensado sem justa causa.

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As alterações que estão em discussão têm como objetivo equilibrar as contas públicas, visto que o benefício representa um dos maiores custos para o orçamento, perdendo apenas para a Previdência Social e o Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Quais as possíveis mudanças no seguro-desemprego em 2025?

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O governo está avaliando ajustes nas regras de elegibilidade e nos valores do seguro-desemprego. Entre as principais propostas estão:

  • Realizar um pente-fino nos cadastros de beneficiários para evitar fraudes e fazer com que os recursos alcancem os trabalhadores realmente elegíveis;
  • Modificar o número de parcelas do benefício, vinculando-o ao valor da multa de 40% sobre o saldo do FGTS, paga ao empregado demitido sem justa causa;
  • Elevar a alíquota de PIS/Cofins para setores com alta rotatividade de mão de obra, ou seja, aqueles que mais demandam o seguro-desemprego.

Essas alterações têm o objetivo de reduzir os gastos públicos com o benefício, que representam bilhões de reais no orçamento federal. De acordo com o Ministério da Economia, aproximadamente 6,7 milhões de brasileiros receberam o seguro-desemprego em 2023, com um custo total de cerca de R$ 45 bilhões.

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No entanto, especialistas alertam que, embora a contenção de gastos seja necessária, a redução abrupta dos direitos pode aumentar a desigualdade social e o índice de pobreza.

É importante notar que essas propostas ainda estão em estudo e não foram oficialmente anunciadas. Contudo, é fundamental que os trabalhadores estejam atentos às mudanças que podem afetar seus direitos.

Como funciona o seguro-desemprego atualmente?

O seguro-desemprego é um direito garantido por lei aos trabalhadores com carteira assinada que são demitidos sem justa causa. Ele é financiado pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e oferecido pela Previdência Social, sendo pago nas agências da Caixa Econômica Federal.

O benefício tem como objetivo fornecer apoio financeiro temporário aos trabalhadores demitidos, sendo pago em parcelas que variam de acordo com o período trabalhado. O seguro-desemprego é destinado a:

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  • celetistas demitidos sem justa causa;
  • empregados domésticos;
  • pescadores durante o período do defeso; e
  • trabalhadores resgatados da condição semelhante à de escravo.

Também têm direito ao benefício os profissionais que receberam salários como pessoa jurídica ou física, desde que o pagamento tenha sido relativo a um período mínimo de trabalho. Esse período pode variar de 6 a 12 meses, dependendo da situação específica do trabalhador.

O ex-funcionário pode receber de três a cinco parcelas do seguro-desemprego, dependendo do número de solicitações feitas e do tempo trabalhado na empresa. Atualmente, os valores variam de R$ 1.412 e R$ 2.313,74, calculados com base nos três últimos salários, conforme as regras do Ministério do Trabalho e Emprego.

Como solicitar o benefício?

O seguro-desemprego pode ser solicitado pelo aplicativo Carteira de Trabalho Digital (Android e iOS), pelo portal Gov.br ou presencialmente nas unidades das Superintendências Regionais do Trabalho, após agendamento pelo telefone 158.

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Para isso, é necessário apresentar o Documento do Requerimento do Seguro-Desemprego, recebido do empregador no momento da dispensa sem justa causa, e o número do CPF.

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