PEC que prevê Auxílio Brasil de R$ 600 em 2023 é aprovada no Senado

PEC da Transição passou no Senado. Texto prevê Auxílio Brasil com valor médio de R$ 600 em 2023 e outros benefícios.

Na noite da última quarta-feira, dia 07 de dezembro, o Senado Federal aprovou a PEC da Transição e, assim, o texto seguirá para a Câmara dos Deputados. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) prevê a manutenção do Auxílio Brasil de R$ 600 para 2023, aumento real do salário mínimo e mudanças na legislação atual.

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Como ocorre no caso de PECs, a votação ocorreu em dois turnos. No primeiro, 64 senadores votaram a favor e 16 contra. Já no segundo, manteve-se os 64 votos para a PEC e o número de parlamentares contrários caiu para 13.

PEC da Transição garante Auxílio Brasil de R$ 600

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De acordo com o texto da PEC da Transição, R$ 145 bilhões foram aprovados, fora do teto de gastos, para que programas federais, considerados essenciais pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), fossem mantidos.

Do total, R$ 70 bilhões serão destinados ao Auxílio Brasil de R$ 600 em 2023. O programa não teria recursos suficientes, pois o atual governo, de Jair Bolsonaro, havia enviado uma proposta orçamentária com o valor médio de de R$ 400. Ou seja, voltaria ao patamar de antes.

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A PEC também permite que outra promessa de Lula em relação ao Auxílio Brasil seja cumprida. Pagamentos de R$ 150 por criança de até seis anos estão previstos para as famílias do programa, que deixará de se chamar Auxílio Brasil e voltará a ser o Bolsa Família.

Outras medidas da PEC da Transição

Outras mudanças estão previstas na PEC. Ela permitirá que o futuro governo Lula aloque recursos para o Farmácia Popular, para o aumento do salário mínimo e para reajustes de servidores públicos do Poder Executivo. O valor sairá dos R$ 145 bilhões aprovados e que restarem após os gastos com o Auxílio Brasil de R$ 600.

O texto também retira alguns itens do teto de gastos que já possuem despesas que não são do governo. Confira:

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  • Projetos socioambientais custeados por doações ou acordos judiciais;
  • Projetos de mudanças climáticas com recursos de doações;
  • Obras de infraestrutura sem que haja recursos federais;
  • Despesas de universidades e instituições de ensinos com receitas próprias.

Por fim, a medida ainda prevê a flexibilização da Lei de Responsabilidade Fiscal e determina que o novo governo terá que enviar ao Congresso Nacional uma proposta fiscal que possa substituir o teto de gastos, usado atualmente. No caso, há um prazo de que o texto seja apresentado até o fim de agosto de 2023.

PEC da Transição irá para a Câmara dos Deputados

Com a aprovação no Senado Federal, a PEC da Transição será encaminhada à Câmara dos Deputados. O atual presidente da casa, Arthur Lira (PP – AL) já chegou a conversar com Lula sobre o tema e promete colaborar na votação.

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A tendência é que, após alguns debates, o texto da PEC seja aprovado pelos deputados federais. Por se tratar de uma PEC, não é necessária a sanção presidencial. Vale lembrar que, originalmente, a PEC teria um custo maior, cerca de R$ 198 bilhões. O valor teve que ser negociado e caiu para R$ 145 bilhões.

Outro aspecto modificado foi o tempo de duração da medida. Inicialmente, os aliados de Lula queriam que a validade fosse de quatro anos. Mas, ao encontrar resistências, foi decidido pelo prazo de dois anos.

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