Muitas ocupações de hoje são adaptações de profissões do passado. Entretanto, com o avanço da tecnologia e a substituição de funcionários por máquinas, muitos cargos acabaram extintos. Alguns deles, talvez, você nunca tenha ouvido falar e estão bem distantes da sua realidade. Confira a lista abaixo:
1. Acendedor de poste
Para quem já nasceu na era da energia elétrica, ter uma pessoa para acender os postes não faz nem sentido. Mas antes das primeiras lâmpadas incandescentes, que surgiram em 1879 pelas mãos de Thomas Edson, essa ocupação existia. Isso porque a iluminação era à base de querosene ou gás e fogo.
Ou seja, para haver luz nas ruas das cidades era necessário que alguém fizesse o trabalho de deixar os lampiões acesos no início da tarde. Depois, ao amanhecer, esses acendedores de postes passavam nas ruas apagando as luzes. Essa profissão existiu até o fim do século XIX e início do século XX, quando a luz elétrica começou a chegar no Brasil.
2. Lanterninha
As salas de cinema são um sucesso desde o seu surgimento. Hoje, você apresenta seu ingresso e documento para entrar e procura seu lugar por conta própria. Se o ambiente já está com as luzes apagadas, é fácil se guiar pelas luzes no chão. Contudo, nem sempre foi assim.
Antigamente, havia uma profissional que direcionava as pessoas utilizando uma lanterna, por isso o nome “lanterninha”. Também era tarefa desse funcionário fiscalizar o comportamento de quem estava assistindo o filme.
Por exemplo, se alguém estivesse atrapalhando a sessão, o lanterninha ia até o assento e chamava a atenção. Com a modernização dos cinemas e a necessidade de reduzir os custos, esse cargo acabou sendo extinto.
3. Arrumador de pinos de boliche
Antes dos braços mecânicos que posicionam os pinos de boliche na pista, havia uma pessoa específica para essa tarefa. Esse profissional ficava no fundo do cômodo, no final das pistas, para reorganizar e posicionar os pinos sempre que eram derrubados. O cargo começou a ser extinto na primeira metade do século XX, quando as máquinas passaram a tomar o lugar desses funcionários.
4. Telefonista
Hoje, é muito fácil fazer uma ligação. Basta digitar o número ou clicar no contato salvo para conseguir falar com outra pessoa. No entanto, até por volta da década de 1980 no Brasil, o funcionamento dos telefones era um tanto diferente. Para conseguir falar com alguém, especialmente a longas distâncias, era necessário ligar na central.
Dessa forma, você falava com a telefonista e informava o número com o qual queria entrar em contato. Também era necessário dizer se a ligação era normal ou a cobrar. Então, a profissional fazia a conexão entre os telefones.
Vale ressaltar que esse era um cargo majoritariamente feminino. As empresas preferiam contratar mulheres para o serviço porque elas eram mais educadas e delicadas com os clientes. Com o avanço da tecnologia, essa profissão foi desaparecendo e até se adaptando para o telemarketing.
5. Telegrafista
Antes dos telefones, as pessoas precisavam se comunicar por recados. Mais modernos que as cartas eram os telégrafos, que transmitiam sinais em código morse por meio de cabos elétricos. Posteriormente, a modernização abriu mão dos cabos para um sistema de ondas.
Esse foi o precursor do rádio. Em ambos os formatos, o telegrafista realizava as batidas que indicavam letras e, assim, na outra estação de telégrafo a mensagem era transcrita. No Brasil, a primeira linha chegou em 1857. Entretanto, a modernização dos meios de comunicação extinguiu o cargo de telegrafista, dando espaço para novas tecnologias.
6. Datilógrafo
Na era digital, muitos possuem computadores e acesso à internet, permitindo a criação de documentos de forma quase instantânea. Porém, antes dos teclados modernos, os textos eram escritos e editados nas máquinas de escrever. Essas surgiram no século XX e foram amplamente utilizadas.
Para serem capazes de criar documentos, as pessoas faziam cursos de datilografia. Neles, elas aprendiam a digitar correta e rapidamente. Os profissionais eram chamados de datilógrafos e faziam o trabalho de redigir, editar e copiar textos.
7. Leitor de fábrica
Já pensou em ter alguém lendo para você enquanto trabalha? Essa profissão já existiu e tinha o objetivo de entreter funcionários de fábricas. Pessoas eram contratadas para ler notícias diárias ou histórias durante a jornada de trabalho dos operários. Dessa forma, os funcionários eram incentivados a continuar realizando o serviço braçal.
8. Leiteiro
Na lista de cargos extintos, está o leiteiro. Para quem compra leite em caixinha no mercado, essa parece uma realidade muito distante. Mas pergunte ao seu avô e ele lhe dirá que na sua época havia um entregador de leite. Com certeza você já o viu em filmes e novelas de época.
Sim. Aquele rapaz que deixa as garrafas cheias de leite na porta e pega as vazias existiu mesmo. O serviço era realizado normalmente por homens e meninos que recebiam diariamente pelo trabalho. No entanto, a profissão foi acabando com a popularização da geladeira.