Você tende a ouvir mais do que falar? Veja o significado disso

A escuta ativa é uma ferramenta poderosa para construir relações significativas e promover emoções positivas, tanto em si quanto nos outros.

Em um mundo marcado pela constante troca de informações, a capacidade de ouvir com atenção se tornou uma qualidade cada vez mais rara e valiosa.

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Enquanto muitos buscam ocupar espaços por meio da fala, aqueles que priorizam a escuta demonstram um poder silencioso, porém transformador.

Essa postura, além de fortalecer relações e ampliar a compreensão, também revela uma maturidade emocional capaz de inspirar mudanças profundas. Entenda o que isso significa.

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O que significa ouvir mais do que falar?

O que significa ouvir mais e falar menos, como posso ouvir mais do que falar, o que significa o ato de escutar, quais são os 3 tipos de escuta, o que é escuta ativa.

Quando se trata de entender como alguém realmente se sente, pode ser melhor ouvir mais do que falar, de acordo com a psicologia. Foto: Reprodução / Pexels

Significa praticar a escuta ativa, concentrando-se no que o outro diz para entender e compreender suas ideias e sentimentos.

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Muitas pessoas estão mais preocupadas com o que vão dizer do que em realmente ouvir. Bons comunicadores, no entanto, prestam atenção genuína, captando palavras e sinais não verbais.

Isso fortalece a confiança, melhora a compreensão e cria conexões mais profundas, resultando em interações mais positivas e eficazes.

Um estudo publicado no “Social Neuroscience” demonstrou que a escuta ativa (caracterizada por empatia, respeito e congruência) ativa o sistema de recompensa no cérebro, especificamente o estriado ventral, que está ligado a sensações de prazer e satisfação.

Isso sugere que, ao praticá-la, você não apenas beneficia o interlocutor, mas também experimenta uma recompensa neural, reforçando a importância desse comportamento em interações sociais.

Outras vantagens da escuta ativa

A pesquisa ainda revelou que a escuta ativa melhora a impressão que as pessoas têm de suas próprias experiências.

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Quando os participantes eram ouvidos de maneira atenta e empática, eles reavaliavam suas vivências de forma mais positiva, um processo acompanhado pela ativação da ínsula anterior direita, região ligada à reapresentação emocional.

Isso indica que ouvir com atenção genuína pode ajudar os outros a ressignificar eventos passados, promovendo bem-estar emocional e fortalecendo laços interpessoais.

Por fim, os autores ressaltaram que a escuta ativa também ativa redes de mentalização, como o córtex pré-frontal medial, que nos permite inferir os estados mentais dos outros.

A importância do equilíbrio entre ouvir e falar

Um estudo publicado no “Personality and Social Psychology Bulletin” descobriu que ouvir mais do que falar não é a melhor estratégia para causar uma boa impressão em certos contextos.

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Pesquisadores da Universidade da Virgínia revelaram que, em conversas curtas e controladas, pessoas que falavam por mais da metade do tempo tendiam a ser avaliadas como mais agradáveis pelos seus interlocutores.

A pesquisa, liderada por Quinn Hirschi, envolveu estudantes universitários em diálogos de sete minutos, com tempos de fala pré-definidos por um programa de computador.

Contrariando as expectativas dos participantes, os resultados mostraram que aqueles que falavam entre 60% e 70% da conversa foram considerados mais simpáticos.

Os autores sugerem que se expressar ativamente permite que os outros conheçam melhor o falante, facilitando a conexão.

No entanto, ressaltam que as interações foram breves e roteirizadas, deixando em aberto como esses achados se aplicariam a conversas reais, mais longas e espontâneas.

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Além disso, eles reforçam que o equilíbrio entre ouvir e compartilhar ideias ainda é essencial para diálogos significativos, e que a qualidade do que é dito (e não apenas a quantidade) continua sendo um fator determinante na construção e manutenção de relações.

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