Vida fora da Terra: NASA revela que 17 planetas podem ser habitáveis

A NASA revelou que 17 exoplanetas gelados poderiam abrigar oceanos habitáveis sob suas camadas de gelo, de acordo com pesquisas recentes.

Um estudo recente da NASA ampliou as possibilidades de encontrar vida fora do nosso sistema solar. De acordo com a pesquisa, 17 exoplanetas, que orbitam longe da nossa Terra, poderiam ter oceanos de água líquida debaixo das suas camadas de gelo, o que é essencial para a existência de vida como a conhecemos.

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Esta descoberta é inédita, pois é a primeira vez que se calcula a atividade dos gêiseres nestes locais remotos do universo. A pesquisa foi apresentada em 12 de dezembro de 2023 na reunião da União Geofísica Americana em São Francisco, Califórnia.

Exoplanetas estão fora da “zona habitável”

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Normalmente, a procura por vida alienígena se foca em astros que estão na “zona habitável” ao redor das suas estrelas, onde a temperatura permite que a água fique líquida nas suas superfícies.

Porém, a pesquisa da NASA indica que exoplanetas mais gelados e afastados também podem ter oceanos internos, desde que sejam aquecidos por fatores como a decomposição de elementos radioativos e as forças de maré causadas pelas suas estrelas.

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Esse fenômeno já é conhecido no nosso sistema solar; Luas como Europa (Júpiter) e Encélado (Saturno) têm oceanos debaixo do gelo por causa do calor das marés gravitacionais.

A vida nesses oceanos dependeria de elementos e compostos necessários, além de fontes de energia, parecidos com os ecossistemas que vivem nas profundezas escuras dos oceanos distribuídos na superfície terrestre.

Como o estudo foi realizado?

Um grupo de pesquisadores da NASA analisou as condições de 17 exoplanetas confirmados que têm quase o tamanho da Terra, porém são mais leves, indicando que podem ter muito gelo e água em vez de rochas mais pesadas.

Sua composição exata ainda é desconhecida, mas os primeiros cálculos das temperaturas das suas superfícies feitos em estudos anteriores mostram que eles são bem mais frios que a Terra, sugerindo que suas superfícies devem ser cobertas de gelo.

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A investigação aprimorou os cálculos das temperaturas das superfícies dos exoplanetas, usando o brilho das superfícies e outras características de Europa e Encélado como modelos.

O grupo também calculou o aquecimento interno total desses locais usando a forma da órbita de cada exoplaneta para obter o calor das marés e somá-lo ao calor da radioatividade.

Depois, compararam esses números com os de Europa e usaram a atividade dos gêiseres desta mesma lua como uma referência para estimar os números nos exoplanetas.

Resultados estimados

A espessura do gelo variou de cerca de 58 metros para Proxima Centauri b a 1,6 quilômetros para LHS 1140 b, e a 38,6 quilômetros para MOA-2007-BLG-192Lb, comparado com a média de Europa de quase 29 quilômetros.

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Já a atividade dos gêiseres variou de apenas cerca de 8 quilogramas/segundo para o Kepler 441b a 290.000 quilogramas/segundo para o LHS 1140b, e seis milhões de quilogramas/segundo para Proxima Centauri b, comparado com Europa a 2.000 quilogramas/segundo.

Essa atividade poderia ser vista quando o exoplaneta passa na frente da sua estrela. Algumas cores da luz das estrelas podem ser diminuídas ou bloqueadas pelo vapor de água dos gêiseres.

A água pode ter outros elementos e compostos que podem mostrar se a vida é possível. Como os elementos e compostos absorvem luz em cores específicas, a análise da luz das estrelas permitiria aos cientistas saber a composição do gêiser e avaliar o potencial de habitabilidade do exoplaneta.

Para corpos como Proxima Centauri b, que não passam na frente das suas estrelas da nossa perspectiva, a atividade dos gêiseres poderia ser detectada por telescópios potentes que medem a luz refletida pelo exoplaneta enquanto ele orbita sua estrela.

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Os gêiseres jogariam partículas de gelo na superfície do exoplaneta, fazendo com que ele pareça muito brilhante e reflexivo.

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