A Língua Portuguesa é um dos idiomas mais complexos do mundo, por conta do volume de palavras e expressões que são adotadas pelos falantes em diferentes países. Nesse contexto, existem algumas regras de Português que você precisa ter em mente para se comunicar com base na norma culta.
Por meio desse conhecimento, pode-se construir textos gramaticalmente corretos, garantindo que os leitores vão compreender a mensagem e interpretar conforme a sua intenção. Mais ainda, é uma forma de ter bom desempenho em provas de redação e questões dissertativas. Saiba mais informações a seguir e aprenda algumas regras essenciais do nosso idioma.
5 regras de Português que você precisa ter em mente
1) Uso da crase
A crase é uma contração da preposição a com outro a, que pode ser um artigo, um pronome demonstrativo ou a inicial dos pronomes aquela, aquele ou aquilo. Comumente, se indica a crase por meio da letra a com assunto grave. Em todos os casos, a crase é utilizada para anteceder palavras femininas, com exceção dos pronomes demonstrativos aquele e aquilo.
Portanto, deve-se utilizar a crase antes de palavras femininas que aceitam o artigo definido ou antes de palavras femininas que não aceitam o artigo feminino, mas estão acompanhadas de termos modificadores ou determinantes. Além disso, pode-se utilizar a crase quando a preposição a está acompanhando os pronomes aquele, aquela ou aquilo. Confira os exemplos:
- Fomos à Bahia no final do ano passado. A viagem foi ótima!
- Contei o segredo àqueles que confiei verdadeiramente.
- Em visita às irmãs que ganharam o concurso, os organizadores as parabenizaram pelo bom desempenho.
2) Uso dos porquês
Em primeiro lugar, o porque junto sem acento é usado em respostas e explicações, pois indica a causa de algo. O por que, separado e sem acento, é interrogativo e deve ser adotado para iniciar uma pergunta. O porquê, junto e com acento, tem valor de “o motivo”, sendo usado como resposta para explicar o motivo ou a causa de algo.
Por fim, o por quê, separado e com acento, é usado em interrogações, mas sempre aparece no final da frase. Pode ser seguido de um ponto de interrogação ou de um ponto final. Todas essas expressões podem ser substituídas por termos equivalentes, como porque razão, por qual razão, pelo qual, pela qual e mais. Veja os exemplos:
- Por que você chegou atrasado?
- Eu não sei o porquê dessa confusão toda.
- Fomos ao shopping porque os preços estavam melhores.
- Você faltou a aula. Por quê?
3) Não use vírgula entre o sujeito e o verbo da oração
Quando estão juntos, é errado usar a vírgula entre o sujeito e o verbo na oração, pois não se pode separá-los dessa forma. Então, é incorreto dizer “As abelhas, são engenheiras hábeis”, pois o correto é usar “As abelhas são engenheiras hábeis”, sem separar essa duas expressões.
4) Diferença entre mal e mau
A palavra “mau” é um adjetivo usado para descrever uma pessoa, objeto ou experiência de forma negativa. Em contrapartida, a palavra “mal” é um advérbio de modo, mas também adota a função de substantivo ou conjunção. Entenda a diferença entre mal e mau por meio dos exemplos a seguir:
- O lobo mau comeu a avó da Chapeuzinho Vermelho;
- Foi mal, estava distraído e não ouvi o que você disse.
- Ser uma pessoa mau-caráter é o que mais me irrita.
- Eu não desejo mal a ninguém!
5) Uso do verbo haver
O verbo haver pode aparecer nas orações com o sentido de existir, correr ou acontecer. De todo modo, não pode ser flexionado, o que significa que sua conjunção não muda, mesmo que os termos do enunciado sejam plurais ou tenham complementos distintos. Veja como funciona com base em alguns exemplos:
- Houve mudanças nos planos anteriores.
- Naquele dia, houve manifestações na porta da Prefeitura pelo fim dos reajustes.
- Não pude ir, houve um imprevisto.