“Tinha pego” ou “Tinha pegado”: qual é a forma correta de escrever?

Não quer errar na ortografia na prova de redação do concurso? Descubra se a maneira certa de escrever é "Tinha pego" ou "Tinha pegado".

Qual é a forma correta de escrever, concurseiro: “Tinha pego” ou “Tinha pegado”? Ao nos depararmos com as variações do verbo “pegar”, é comum surgirem dúvidas sobre qual se deve utilizar em determinadas situações.

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Afinal de contas, quando se trata de conjugação verbal, muita gente acaba titubeando na hora de falar ou escrever. Essa matéria vai te mostrar se a forma certa de escrita na redação do concurso é “Tinha pego” ou “Tinha pegado”.

Nos dê o prazer da sua agradável companhia até o fim da leitura e desvende o mistério por trás dessas conjugações verbais tão peculiares.

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“Tinha pego” ou “Tinha pegado”?

“Pegado” e “pego” são variações do particípio passado do verbo “pegar”. Enquanto “pegado” é o formato regular, “pego” é irregular. Essa peculiaridade acabou criando duas formas de conjugação. 

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De acordo com a norma culta da Língua Portuguesa, “Tinha pego” e “Tinha pegado” são aceitas e podem ser escritas em textos.

Lembrando que “pegado” é a utilização formal do nosso idioma e “pego” costuma ser mais usado em situações coloquiais do cotidiano, tornando-se consagrado na língua.

Veja os exemplos abaixo: 

  • Roberto disse que já tinha pegado a documentação de transferência de turno na faculdade;
  • Bruna falou que já tinha pego o seu novo passaporte no consulado espanhol.

Esclarecendo o uso

Agora que você sabe que “Tinha pego” e “Tinha pegado” podem ser usadas, conheça as estratégias de utilização dessas formas de conjugação do verbo “pegar” e não erre mais na hora de escrever ou falar. Olha só:  

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Forma regular (“pegado”):

Deve ser usada preferencialmente quando se trata de voz ativa juntamente com uso dos auxiliares “ter” ou “haver”. Ou seja, “tinha pegado” e “havia pegado”. Exemplos: 

  • Não houve nenhum efeito colateral porque João já tinha pegado catapora quando era adolescente;
  • Maria foi aos correios do seu bairro, mas a sua amiga já havia pegado a encomenda para ela. 

Forma irregular (“pego”):

Deve ser usada preferencialmente na voz passiva com os auxiliares “ser” ou “estar”. Ou seja, “ser pego” ou “foi pego”. Exemplos: 

  • Leandro foi pego de surpresa pelo ladrão e ficou sem saber o que fazer na hora;
  • Morro de medo de ser pego em flagrante por alguém;
  • Aquele cidadão foi pego roubando pela Guarda Municipal;
  • Andreia, a melhor aluna da turma, foi pega colando na prova de Matemática.

A evolução do uso

Apesar de “pegado” ser considerada a maneira mais certa de escrever ou falar, de acordo com a norma culta, observa-se um declínio em seu uso no dia a dia.

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A forma irregular “pego” vem ganhando cada vez mais destaque mesmo com o uso dos auxiliares “ter” e “haver”. Exemplos:

  • Carol ainda não tinha pego covid-19;
  • O aluno reprovado já havia pego toda a documentação escolar na semana passada.

Vale lembrar que “pego” também é a conjugação do verbo “pegar” no presente do indicativo na primeira pessoa do singular. Ou seja, eu pego. Lembre-se de que a pronúncia correta é com o “e” aberto (pégo) e não “pêgo”, fechado? Exemplos: 

  • Eu te pego pontualmente às nove horas da noite em casa;
  • Eu pego a encomenda que chegou no escritório amanhã pela manhã;
  • Eu pego esse mesmo ônibus todos os dias para ir até a faculdade.
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