“Te amo” e “gosto de você”: qual é a diferença entre os sentimentos?

A diferença entre gostar e amar pode parecer muito poética, mas apesar de estar centrada na forma como as pessoas se sentem nas relações, existem alguns indícios de quais são os sentimentos envolvidos.

A diferença entre os sentimentos de amor e gosto parecem cada vez mais abstratos, principalmente com as mudanças de valores, prioridades e conceitos das pessoas na sociedade. Apesar disso, dizer “te amo” e “gosto de você” possuem implicações distintas, e significados que podem impactar as relações.

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Acima de tudo, entender o escopo dessas emoções exige que o indivíduo conheça mais sobre si mesmo e como se relaciona com outras pessoas. Dessa forma, é possível agir com mais responsabilidade emocional consigo mesmo e com os outros, evitando ilusões amorosas e grandes decepções. Saiba mais a seguir:

Quais são as diferenças entre amar e gostar?

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1) Gostar é temporário e amar é permanente

Em um mundo marcado pelo imediatismo, os sentimentos são importantes balizadores da relação humana com o tempo. Neste sentido, gostar de algo ou alguém implica um certo nível de urgência e momentaneidade, porque é um sentimento menos profundo e enraizado no indivíduo.

Por outro lado, amar está relacionado com uma ação mais definitiva e sólida. O sentimento em sua natureza demanda um aprofundamento, um compromisso e um interesse que não é fugaz, em especial por existir uma relação mais densa com o objeto do amor.

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Como consequência, há uma diferença entre dizer que você gosta de um filme e que você ama um filme, por exemplo. Neste caso, as implicações são distintas porque o gosto pode mudar após o contato com outras obras, mas o amor permanece independente das experiências porque aquela produção é uma referência fixa.

2) O amor é resiliente

Como citado anteriormente, o gostar é algo mais fugaz e passageiro. Por sua vez, a permanência do amor faz com que o indivíduo tenha mais resiliência frente aos desafios e adversidades, conseguindo perdoar por entender o valor que o objeto que ama possui na sua vida.

Vale ressaltar aqui que o termo objeto é técnico, porque o foco do amor pode ser uma pessoa ou outro ser vivo. De qualquer maneira, ainda que o perdão seja desafiador e a resiliência exija mais dedicação, quando se gosta de alguém ou de algo não há um compromisso tão firme em mantê-lo, diferente do que acontece nos casos de amor.

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3) O gostar é menos centralizado

Comumente, o amor se manifesta a partir de um foco e dedicação à aquilo que se ama. Ao entrar em uma relação, ainda que seja com mais de uma pessoa, entende-se que há uma priorização, uma dedicação e um depósito constante da energia para estar presente, para desenvolver o relacionamento.

Por outro lado, o gostar é mais amplo porque não há um compromisso tão fechado sendo estabelecido, já que o próprio sentimento é mais superficial. Ainda que exista certo grau de dedicação, que é natural nas trocas humanas ou no cuidado com itens, o gostar permite um trânsito maior entre espaço, experiências e desejos.

4) O amor é um trabalho contínuo

O amor é exercitado diariamente, com tentativas contínuas de melhorar, de crescer e de agregar. Portanto, existe um nível de dedicação inerente ao sentimento, pelo simples desejo de mergulhar mais nas nuances e se desenvolver com o seu parceiro. Por causa disso, o amor é mais sobre criar raízes, florescer e perdurar diante do tempo.

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Quando se gosta de algo ou de alguém, o trabalho que é realizado não demanda a mesma quantidade de foco ou energia. Não é necessariamente um exercício de paciência, porque o apego ou interesse estão mais concentrados nas experiências do que nos indivíduos.

5) Gostar é algo ramificado

Dizer que gosta de alguém ainda garante que o indivíduo possa percorrer diversos caminhos, porque o compromisso traçado com essa declaração é diferente do que existe quando se diz que ama alguém. Desse modo, diz-se que o gostar é mais ramificado porque existem possibilidades mais amplas, já que desse ponto em diante é possível aprofundar a relação, manter uma amizade, mudar de ideia ou seguir em frente sem danos.

O amor, por sua vez, presume um grau de envolvimento mais extenso e duradouro, o que limita os caminhos a serem seguidos. Por isso, pode-se dizer que o amor é algo mais centralizado, ainda que não seja exatamente linear.

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