Sonha em ficar invisível? Ciência cria um “manto da invisibilidade”

Cientistas chineses propuseram um "manto da invisibilidade" feito com um material revolucionário inspirado em certos animais.

Já imaginou se existisse uma capa que tornasse qualquer coisa invisível, semelhante à dos famosos filmes de “Harry Potter”?

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Essa fantasia pode estar mais perto de se tornar realidade graças a um avanço científico vindo da China.

O material que serve de basa para o “manto da invisibilidade” supera as limitações das camuflagens existentes e procura adaptar-se a diferentes terrenos. Continue lendo e entenda a seguir.

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Como funciona o “manto da invisibilidade”?

Pesquisadores das universidades de Jilin e Tsinghua desenvolveram um material híbrido que pode manipular ondas eletromagnéticas de diferentes frequências, tornando-se praticamente indetectável à luz visível, micro-ondas e raios infravermelhos.

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Batizado de Chimera, o material se inspira nas habilidades de três animais de sangue frio: o camaleão, a rã-de-vidro e o lagarto dragão-barbudo.

O camaleão é capaz de mudar de cor para se adaptar ao ambiente, a rã-de-vidro tem uma pele transparente que permite ver seus órgãos internos, e o lagarto dragão-barbudo pode controlar sua temperatura corporal para se misturar ao clima.

Ao combinar essas características, o Chimera pode se camuflar em diferentes terrenos e condições espectrais, além de reduzir as diferenças térmicas entre o material e o ambiente, tornando-se “invisível” às câmeras térmicas.

Adaptação em vários terrenos

O Chimera é composto por circuitos encrustados entre camadas de tereftalato de polietileno (PET) e vidro de quartzo, que podem ser ajustados para alterar as propriedades ópticas e térmicas do material.

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Em um experimento, os cientistas conseguiram fazer com que ele se adequasse a cinco cenários diferentes: deserto, solo congelado, superfície aquática, prado e bancos de areia.

O estudo, publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), afirma que o trabalho representa “um grande avanço em direção à eletromagnética reconfigurável de nova geração”.

Os possíveis usos do Chimera vão desde aplicações militares, como a proteção de soldados e veículos, até a observação não invasiva da vida selvagem, como a captura de imagens de animais sem perturbá-los.

Avanços científicos da invisibilidade

A invisibilidade, que antes era uma fantasia saída das páginas do mito e da ficção científica, vem ganhando cada vez mais atenção dos pesquisadores nos últimos anos.

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Em outubro do ano passado, o físico da Academia Chinesa de Ciências Chu Junhao apresentou, em um evento em Pequim, uma tecnologia que cria a ilusão de ser invisível.

Ela funciona manipulando os raios de luz para tornar objetos posicionados atrás de um painel invisíveis aos olhos.

Isso é feito através de uma grade lenticular composta por pequenas lentes cilíndricas que encolhem e afinam os objetos, permitindo a refração da luz.

O efeito de invisibilidade é alcançado ao criar múltiplas imagens pequenas que se sobrepõem, resultando numa ilusão de ótica.

O desenvolvimento dessa tecnologia começou em 2012 e projetos semelhantes foram também desenvolvidos por outras empresas, como a Hyperstealth Biotechnology.

Apesar disso, tanto o Chimera quanto as demais invenções ainda têm limitações, como o ângulo de visão, o tamanho do objeto e a distância do observador.

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