Se plural de “Pedro” é “Pedros”, qual seria o de “João”?

Os nomes próprios, como 'Pedro' e 'João', também vão para o plural seguindo as regras que aplicamos aos substantivos comuns.

Formar o plural de palavras é uma tarefa essencial na gramática da língua portuguesa, mas nem sempre é fácil, especialmente quando se trata de nomes próprios, que muitas vezes não parecem se encaixar nas mesmas regras que os substantivos comuns.

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Por exemplo, o plural de “Pedro” é “Pedros”. Mas quando mudamos o nome para “João”, como será que fica?

Essas dúvidas não são apenas questões gramaticais; elas afetam nossa comunicação no dia a dia e podem ser um diferencial importante em provas e concursos, onde cada detalhe conta.

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Por isso, aprenda como pluralizar o nome “João” corretamente e aperfeiçoe seu conhecimento sobre essa parte intrigante da nossa língua.

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Qual é o plural de “João”?

Pluralizar o nome “João” parece complexo devido à terminação “ão”, que não possui uma regra única de pluralização.

Enquanto os paroxítonos terminados em “ão” simplesmente recebem um “s”, as oxítonas apresentam variações, com plurais em “ões”, “ãos”, “ães” e até mesmo formas duplas ou triplas.

Nesse sentido, se apelarmos para a raiz etimológica da palavra, o correto seria “Joães”, já que a forma antiga da palavra era “Joane”, derivada do hebreu Iohanan, passando pelo grego Joánes ou Joánnes e pelo latim Jo(h)anne, de Jo(h)annes.

No entanto, como “Joães” não é usado, o plural aceito é “Joões”, seguindo a regra de que a maioria dos substantivos terminados em -ão formam o plural em -ões, como botão, balão, coração, eleição, etc.

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Em outras palavras, o uso consagrou a forma “joões” como o plural correto. A mesma regra é utilizada em palavras compostas como “joões-teimosos” e “joões-de-barro”.

Como funciona o plural dos nomes próprios?

O plural dos nomes próprios segue as mesmas regras que aplicamos aos substantivos comuns, enquanto os sobrenomes têm regras específicas.

Nomes próprios simplesmente recebem a desinência de plural correspondente, como em “Pedro” que se torna “Pedros” ou “Raquel” que vira “Raquéis”. Já nos sobrenomes, a pluralização depende da presença ou ausência de preposições ou conjunções.

Quando não há preposição ou conjunção entre os sobrenomes, ambos ganham a forma plural. Por exemplo, “Vieira Sampaio” se torna “Vieiras Sampaios” e “Castelo Branco” vira “Castelos Brancos”.

A ausência do conectivo indica que ambos os termos fazem parte do sobrenome completo, exigindo a pluralização dos dois.

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Porém, se houver uma preposição como “de”, “da” ou “do” entre os sobrenomes, apenas o primeiro elemento é pluralizado. Assim, “Barreto da Silva” se torna “Barretos da Silva”, mantendo “Silva” no singular.

Da mesma forma, com a conjunção “e”, apenas o segundo sobrenome vai para o plural, como em “Costa e Silva”, que se torna “Costa e Silvas”. A preposição e a conjunção estabelecem uma relação de subordinação entre os termos, afetando a pluralização.

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