Atualmente, existem 290 luas identificadas no nosso Sistema Solar, variando em tamanhos, formas e tipos. A maior parte delas orbita os dois maiores planetas: Júpiter e Saturno.
Acredita-se que muitos desses corpos tenham se formado há bilhões de anos, a partir de gás e poeira que circulavam ao redor dos planetas.
No entanto, também existem luas que se formaram em outros locais e posteriormente caíram nas órbitas de astros maiores.
Qual é o planeta que tem mais luas no Sistema Solar?
A NASA mantém uma contagem detalhada das luas da nossa vizinhança estelar e, até agora, Saturno é o planeta com o maior número de satélites naturais identificados. Até o ano passado, a contagem era de 146.
As luas recém-descobertas de Saturno foram localizadas no ano passado por uma equipe liderada por Edward Ashton, pós-doutorando do Instituto de Astronomia e Astrofísica da Academia Sinica de Taiwan.
A descoberta levou mais de dois anos e foi realizada com a ajuda de um telescópio localizado no cume do Mauna Kea, um vulcão no Havaí.
Apesar de os astrônomos observarem o planeta e seus satélites há mais de três séculos e meio, essas luas conseguiram permanecer ocultas, mesmo após a humanidade ter enviado quatro naves espaciais para Saturno.
Por que é tão difícil encontrar luas nos planetas?
Em primeiro lugar, observar uma lua não significa necessariamente que ela seja oficialmente uma lua.
Alguns dos novos satélites já foram vistos antes, mas há um longo processo que precisa acontecer antes que a União Astronômica Internacional (IAU, na sigla em inglês) os reconheça oficialmente como luas. Isso pode levar vários anos de observações constantes.
Durante séculos, muitos dos nossos vizinhos celestiais estiveram muito longe para serem distinguidos. Em 1655, o astrônomo holandês Christiaan Huygens descobriu a maior das luas de Saturno, Titã, que é maior que Mercúrio.
Jean-Dominique Cassini demorou mais 16 anos para descobrir Jápeto e, mais tarde, Reia, Dione e finalmente Tétis em 1684. Somente em 1789, o astrônomo alemão William Herschel identificou Mimas e a lua gelada Enceladus.
Outras luas deste planeta escaparam à observação humana por muito mais tempo. Hyperion, que tem o formato de uma batata, foi descoberto em 1848. Foi seguido cerca de 50 anos depois por Febe, que orbita Saturno na direção oposta à maioria das luas.
Com o advento da era espacial e dos telescópios modernos, a lista de satélites do planeta de anéis mais famoso começou a crescer consideravelmente.
Naves espaciais como as sondas Voyager e Cassini conseguiram expandir as descobertas ao observar de perto o complexo sistema de Saturno.
Ainda assim, a grande maioria dos satélites foi descoberta há relativamente pouco tempo.
Novas luas em Urano e Netuno
Em fevereiro deste ano, um grupo de astrônomos fez uma importante descoberta sobre novas luas utilizando telescópios especializados no Havaí e no Chile.
Eles descobriram três satélites naturais até então desconhecidos em nosso sistema solar: dois orbitando Netuno e um em torno de Urano.
Na contagem mais recente, Netuno agora tem 16 luas conhecidas e Urano tem 28. Uma das novas luas de Netuno possui a órbita mais longa já observada.
O pequeno satélite leva 27 anos para completar uma órbita em torno do planeta gelado mais distante do Sol, segundo comunicado do Carnegie Institution for Science, em Washington, que contribuiu para a descoberta.
A nova lua que orbita Urano tem um diâmetro estimado em apenas 8 quilômetros e é provavelmente o menor dos satélites do planeta.