O verbo ser é um dos principais causadores de dúvidas na Língua Portuguesa, por assumir diferentes regras de conjugação e complementos de acordo com o contexto em que for utilizado. Dessa maneira, é importante entender como funciona a concordância com outras estruturas gramaticais, como no caso dos termos “são suficientes” ou “é suficiente”.
No geral, é comum que as pessoas fiquem em dúvida sobre a forma correta e o jeito certo de falar quando estão se comunicando, até porque as duas expressões são parecidas e podem soar corretas. Contudo, existem parâmetros específicos da norma culta para explicar a utilização que deve ser adotada. Saiba mais informações a seguir e aprenda qual é.
Qual é o jeito certo: são suficientes ou é suficiente?
Nos casos em que o sujeito está transmitindo ideia de preço, medida, peso, valor ou quantidade, o verbo deve ficar no singular e a forma correta sempre será “é suficiente”, pois não há flexão. Veja nos exemplos a seguir:
- É suficiente que você alcance 120 pontos para passar no exame.
- 40 reais é suficiente para pagarmos essa refeição?
- Perder dois quilos é suficiente para essa dieta.
Portanto, o verbo ser deixa de ser invariável quando não está indicando quantidade, peso, preço ou medida. Nos casos em que o numeral estiver antecedido de um modificador, como um artigo ou pronome, ele deve ser conjugado no plural, com a forma correta sendo “são suficientes”.
Em específico, é necessário que o sujeito esteja concordando com o verbo. Por isso, se o sujeito estiver no plural, o verbo e demais estruturas precisam acompanhar essa flexão, mas somente nos casos em que o verbo ser não for invariável. Confira alguns exemplos a seguir:
- Duas pessoas são suficientes para completar essa tarefa.
- Os recursos são suficientes para continuar a obra.
- Os meus amigos são mais do que suficientes para mim.