A língua portuguesa é uma caixinha de surpresas e, para evitar erros decisivos em redações e textos dissertativos, sempre vale a pena praticar, bem como conferir algumas regrinhas gramaticais. Não há jeito melhor de aprender. É escrevendo que se memoriza.
Um grande conflito interno dos estudantes e concurseiros está ligado com a forma de pronunciar uma palavra e a correta maneira de escrevê-la. Nem sempre esses dois fatores estão em sintonia. Por isso, é importante ter cuidado com os vícios de linguagem.
Uma coisa é você falar livremente com jargões e termos coloquiais; outra coisa é escrever textos formais que valem nota. Geralmente, as redações exigem o uso correto da norma culta. Erros com vírgula e ortografia no geral podem custar bem caro.
Por isso mesmo, trouxemos um erro comum que muita gente ignora, mas pode ser um divisor de águas no seu dia a dia. Afinal, qual é o jeito certo de escrever a palavra: “relampear” ou “relampiar”? Vamos trazer a resposta detalhada em nossa matéria.
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Relampear vs Relampiar
Antes de mais nada, é importante salientar outro termo equivalente que existe e está gramaticalmente correto. Estamos falando do verbo “relampejar”, que significa a produção de um relâmpago – ou a sucessão deles em algum acontecimento natural.
Geralmente, essa palavra é a mais aceita nos dicionários de língua portuguesa, o que não quer dizer que o idioma também não aceite outros termos equivalentes/sinônimos. Por exemplo, o verbo “relampear” foi dicionarizado e também é válido na língua.
Você pode usar tanto relampejar quanto relampear sem quaisquer problemas gramaticais. No entanto, “relampiar” não existe na norma culta e, portanto, não deve ser usado em seus textos. O erro é comum devido à forma coloquial de pronunciar a palavra.
Até porque “relampear”, na comunicação verbal, pode soar como “relampiar”, mas não se engane: a forma correta é uma só, com o “e” em vez de “i”.
Outras palavras que confundem na escrita
Outras palavras também podem confundir na escrita devido à forma em que as pronunciamos. É o caso de “asterisco”, que muita gente confunde com “asterístico”; essa última estando errada na norma culta da língua portuguesa.
Também vale para “beneficente”, que geralmente é escrita “beneficiente” devido ao vício de linguagem. Confira outros exemplos de palavras que parecem certas, mas estão gramaticalmente erradas:
- Em vez de “extender”, use “estender”;
- Não confunda mais: não é “mecher”, mas sim “mexer”;
- Só há um jeito de escrever a palavra jeito – e não é com “g”;
- “Quiz” e “quis” existem, mas possuem significados diferentes. “Quiz” é um jogo de conhecimento em você marca opções dispostas em um formulário, por exemplo. “Quis” é verbo conjugado, que vem do infinitivo “querer”;
- Muitas pessoas escrevem “supérfulo”, o que está gramaticalmente incorreto. Em vez disso, use “supérfluo”;
- Nada de sombrancelha. A forma correta na escrita é “sobrancelha” sem o “m”;
- Por mais que “reinvindicar” pareça correto, não se engane. A palavra que você deve usar é “reivindicar”, sem o “n”;
- Nada de escrever “célebro” em seus textos, hein! Use o “r” e escreva sempre “cérebro”;
- “Adevogado” pode soar correto devido à pronúncia em algumas regiões do país, mas escreve-se com o “d” mudo, ou seja, “Advogado”;
- Você gosta de comer chuchu? Pois bem, só tome cuidado e não coloque “x” no lugar do “ch”. É “chuchu” mesmo, não “xuxu”;
- “Gratuíto” está correto para você? E se eu te falar que não existe esse acento agudo aí?
- Nem pensar em escrever “imbigo” eu seus textos. Opte pela forma correta com “u”;
- “Apartir de” está gramaticalmente incorreto. Use sempre de forma separada: “a partir de”;
- “Previlégio” não existe nem deve ser usada nos seus textos formais. Sempre utilize “privilégio”;
- Entre “empecilho” e “impecilho”, opte sempre pela primeira opção com a inicial “e”;
- Nada de “xingar” com “ch”, hein! Use sempre “x” e cuidado com os vícios de escrita.