O beija-flor é uma das aves mais impressionantes de todas. Apesar de ser pequenino, é um verdadeiro prodígio da natureza: destaca-se pela agilidade de seu voo, com suas asinhas se movendo em alta velocidade.
A forma como ele bate as asas, inclusive, é única entre as aves. Enquanto outras espécies planam ou simplesmente batem as asas para ganhar altura, o beija-flor tem controle absoluto sobre seus movimentos.
Nesse sentido, ele é capaz de parar no ar, voar para trás e mudar de direção com uma rapidez inacreditável. Essa habilidade, por sua vez, exige muito esforço, o que torna seu metabolismo extremamente acelerado.
Mais do que um espetáculo visual, o número de vezes que um beija-flor pode bater suas asas por segundo é digno de glorificação. Se você está curioso para saber essa resposta, confira a matéria na íntegra abaixo; a resposta pode te surpreender.
Quantas vezes o beija-flor bate as asas por segundo?
Pequenos e coloridos, os beija-flores pertencem à família Trochilidae, que reúne cerca de 330 espécies. Eles habitam apenas a América, podendo ser encontrados nos mais diversos ambientes.
Consideravelmente diminuta, a menor espécie dessa ave pode pesar menos de 2 gramas, enquanto a maior pesa cerca de 25 gramas. Ela possui um bico fino e comprido, além de uma língua bifurcada que permite que se alimente do néctar no interior das flores.
Sua taxa metabólica é bastante alta: o coração é responsável por cerca de 15% do volume total do corpo, e essa proporção é a maior entre todos os animais.
Quando está descansando, o órgão bate incríveis 500 vezes por minuto, podendo chegar a mais de 1.200 batidas por minuto durante o voo. Essa informação é importante para entender quantas vezes ele é capaz de bater as asas por segundo.
Uma peculiaridade da fisiologia do beija-flor envolve os pulsos elétricos necessários para movimentar suas asas, que são bastante intensos e mais parecidos com os dos insetos do que com os de outras aves.
Nesse sentido, algumas espécies desse bichinho são capazes de bater suas asas até 80 vezes por segundo e permanecem paradas no ar sem maiores problemas, conseguindo até mesmo voar para trás.
O bater das asas do beija-flor é tão rápido que os olhos humanos sequer conseguem captar o movimento, e nem mesmo as câmeras tradicionais conseguem fazê-lo. A velocidade é enorme para um animal tão pequeno, o que torna esse feito um incrível recorde.
Mais eficiente que um helicóptero
Quando o assunto é voar, apesar dos avanços da tecnologia, a natureza continua sendo superior. E o beija-flor é um exemplo disso.
Um estudo de pesquisadores da Universidade de Stanford, na Califórnia, publicado na revista Interface da Royal Society Journal, provou isso: de acordo com os cientistas, as melhores espécies dessa ave são 20% mais eficientes que até mesmo um dos mais avançados micro-helicópteros do mundo.
Para fazer o teste, a equipe tentou verificar se as asas do beija-flor seriam mais eficientes do que as lâminas da hélice de um helicóptero de dimensões semelhantes.
Para que isso fosse possível, eles mediram a energia despendida pelos passarinhos ao flutuar no ar, e a eficiência foi baseada na aplicação de energia para superar a força do arrasto, ou seja, a força contrária àquela criada pelo bater das asas dos colibris.
Essa comparação foi feita com um micro-helicóptero avançado, o Black Hornet, que pesa 16g e é utilizado por militares. No caso do beija-flor, as medições utilizaram asas de espécimes mantidas em museus.
Para os testes, as asas avulsas foram conectadas a giradores de asa, e o equipamento permitiu que a equipe medisse exatamente quanta energia precisava ser aplicada no bater de asas para levantar o peso do pássaro.
Combinando o movimento das asas com o arrasto medido em laboratório, foi possível calcular a energia aerodinâmica que os músculos dessa ave geram para sustentar o voo parado.
O campeão foi uma espécie norte-americana, o Calypte anna, que flutuava com muito mais eficiência do que um helicóptero. Isso prova que, em diversas áreas relacionadas ao voo, a tecnologia ainda não é páreo para a natureza.