A Língua Portuguesa é um idioma de origem indo-europeia ocidental, sendo considerada uma das línguas oficiais da União Europeia, do Mercosul e outras organizações internacionais. Como ocorre em toda língua, dúvidas gramaticais são comuns, como no caso do uso de “à mesa” ou “na mesa”
No geral, existem regras ortográficas que criam confusões na hora de se comunicar. Seja por meio da comunicação verbal ou escrita, existem dicas para aprender de vez essas diferenças. Saiba mais informações a seguir:
Quando se usa “à mesa” ou “na mesa”?
Antes de mais nada, ambas expressões existem e estão corretas dentro do idioma. Porém, possuem significados diferentes que determinam aplicações diversas. Neste sentido, é interessante investigar a construção desses termos.
Em primeiro lugar, a regência do verbo “sentar” exige que preposições sejam adicionadas ao complemento, pois se trata de um verbo transitivo indireto. No entanto, em alguns casos pode também atuar como verbo intransitivo e pronominal.
Por via de regra, os verbos transitivos indiretos são complementados pelo objeto indireto, iniciado sempre por uma preposição. A partir da preposição escolhida, o sentido da frase, termo ou expressão é modificado.
No caso de sentar à mesa ou sentar na mesa existem flexões específicas. Por um lado, temos a preposição que se refere a um movimento no espaço, especificamente em direção a um limite. Como consequência, surge uma contração com um artigo definido feminino forma o A craseado.
Sendo assim, pode-se utilizar como exemplo a frase “Eu me sentei à mesa com os meus melhores amigos para jogar conversa fora”. Neste caso, o sujeito da ação está sentando próximo da mesa, seja em uma cadeira que faz parte do móvel ou um pouco mais afastado.
Em contrapartida, existem preposições que se referem a posições de contato com alguma coisa, seja dentro ou acima de algo. Consequentemente, há a contração com o artigo definido feminino e a formação da palavra NA.
Dessa maneira, o exemplo que explica essa contração é a frase “Eu me sentei na mesa porque não tinha mais espaço para assistir o jogo”. Em outras palavras, o sujeito se posicionou em cima da mesa, e não aos arredores e proximidades.
Além disso, a expressão “sentar-se na mesa” ou “sentar-se à mesa” continua seguindo essa mesma ordem. Contudo, a adição de um pronome reflexivo e apassivador que se refere à ação do sujeito, podendo também indeterminar o autor da ação na frase.
Para memorizar, basta relembrar da regra: sentar na mesa significa ficar em cima dela, e sentar à mesa significa ficar próximo. Assim, as diferentes normas de flexão e contrações verbais ou de preposição não criam tantas confusões entre os interlocutores.
Por que é importante saber dessas regras?
Ainda que sejam expressões muito semelhantes, ambas possuem sentidos distintos, categorias de preposição variadas e modificam o sentido do verbo regente. Como citado anteriormente, o A craseado e o NA podem transformar a interpretação de uma frase.
Mais do que isso, saber essas regras previne com que o concurseiro, profissional e estudante crie duplos sentidos ou ambiguidade em sua comunicação. Ao escrever um texto, por exemplo, essas pequenas diferenças podem afetar toda a interpretação dos leitores.
No geral, os vícios de linguagem acabam normalizando a inadequação no uso da Língua Portuguesa. Basicamente, o indivíduo se acostuma com o erro e pode enfrentar dificuldades para se reeducar quando precisar.
Apesar de existirem diversas formas de se falar o mesmo português brasileiro, por conta das regionalidades, variações linguísticas e gírias, o domínio dessas regras tende a ser um diferencial. No momento de uma entrevista de emprego ou mestrado, todos os detalhes são analisados.
Portanto, é comum ter dúvidas, mas é sempre uma escolha permanecer nos vícios de linguagem. Como se trata de um idioma vivo, em constante transformação, manter-se informado é uma maneira inteligente de não perder nenhuma mudança no uso de expressões como sentar na mesa ou sentar à mesa.