O alfabeto da língua portuguesa é composto por 26 letras, mas nem sempre foi assim. As letras K, W e Y são relativamente novas no conjunto de símbolos gráficos usados oficialmente em nosso idioma.
Continue lendo e saiba quando elas foram adicionadas ao alfabeto e os motivos por trás dessa mudança.
Quando as letras K, Y e W foram adicionadas ao alfabeto?
As letras K, W e Y foram integradas ao alfabeto português com o Novo Acordo Ortográfico. Antes elas eram consideradas “intrusas”, agora são parte oficial da nossa língua.
Usadas em palavras estrangeiras, abreviaturas e nomes próprios até 1943, foram excluídas e só retornaram em 1990. A classificação delas depende do contexto:
- K: Sempre consoante, representando /k/;
- W: Vogal ou consoante, representando /u/ ou /w/;
- Y: Vogal, semivogal ou parte de um ditongo, dependendo de sua posição na sílaba.
Elas são aplicadas em:
- Nomes próprios estrangeiros e seus derivados (Darwin – darwinismo);
- Topônimos de outras línguas (Kuwait – kuwaitiano);
- Siglas, unidades de medida internacionais e símbolos científicos (kg – quilograma);
- Palavras de origem estrangeira (Player, show, download, etc.).
No entanto, é essencial entender que as letras não devem ser limitadas apenas às categorias de vogais, semivogais ou consoantes.
O mais importante é o som que elas representam, ou seja, a análise fonética é o que realmente importa, em vez de uma classificação linguística arbitrária.
Palavras escritas com K, Y e W
- Background;
- Backup;
- Blackout;
- Breakdance;
- Bunker;
- Check-in;
- Checklist;
- Check-out;
- Check-up;
- Checklist;
- Cockpit;
- Cookie;
- Cracker;
- Desktop;
- Funkeiro;
- Hackear;
- Hacker;
- Husky;
- Jackpot;
- Kaiser;
- Kamikaze;
- Kebab;
- Kickboxing;
- Kilt;
- Kimberlito;
- Kitchenette;
- Kibutz;
- Kiwi;
- Kitsch;
- Kit;
- Kung fu;
- Linkar;
- Marketing;
- Milk-shake;
- Ranking;
- Remake;
- Skate;
- Skatista;
- Sketch;
- Skinhead;
- Smoking;
- Snack-bar;
- Stalker;
- Ticket;
- Viking;
- Walkie-talkie;
- Walkman;
- Whisky;
- Workaholic;
- Workshop.
Qual é a origem do nosso alfabeto?
Conforme os historiadores, o alfabeto surgiu há 4 mil anos, na região do Oriente Médio. O primeiro alfabeto que se tem registro é o fenício, criado pelos fenícios por volta do século XII a.C.
Ele era composto por 22 signos que representavam sons consonantais e foi fundamental para o desenvolvimento dos alfabetos subsequentes, incluindo o grego e o latino.
Os fenícios eram comerciantes e usavam o alfabeto para registrar transações, o que ajudou a disseminar o sistema de escrita por toda a região do Mediterrâneo.
Os gregos adaptaram o alfabeto fenício por volta do século VIII a.C., adicionando letras para representar vogais, o que foi um avanço significativo, pois permitiu uma representação mais precisa da fala.
O alfabeto grego, por sua vez, influenciou o desenvolvimento do alfabeto latino, que os romanos espalharam por todo o seu império.
Inclusive, o termo “alfabeto” vem do grego e é composto pelas duas primeiras letras desse sistema de escrita: Alfa e Beta.
Com o tempo, o alfabeto latino evoluiu para se tornar o sistema de escrita mais utilizado no mundo ocidental, formando a base para muitas das línguas modernas, incluindo o português.