Quando a pessoa beija de olhos abertos, o que isso significa?

O beijo de olhos abertos pode parecer incomum em comparação com as expectativas convencionais, mas ele raramente sinaliza um problema no relacionamento.

O beijo é uma das formas mais poderosas de comunicação afetiva, capaz de expressar emoções que vão além do que as palavras conseguem captar.

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Ele ocorre quando os corpos se aproximam, os lábios se tocam e os olhos se fecham. No entanto, há quem prefira beijar com os olhos abertos. Esse hábito, que pode parecer incomum para alguns, muitas vezes gera dúvidas sobre o que realmente significa.

Especialistas exploram essa questão com o objetivo de entender melhor as características dos relacionamentos e as diversas maneiras como as pessoas demonstram e recebem carinho.

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O que significa beijar de olhos abertos?

Apesar de não haver estudos bem documentados sobre beijar de olhos abertos, psicólogos e especialistas em comportamento afirmam que esse gesto pode ter significados distintos, variando conforme a pessoa e a situação:

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1. Fatores evolutivos

A psicologia evolucionista propõe que manter os olhos abertos durante um beijo pode ser um reflexo de mecanismos ancestrais de proteção. Mesmo em momentos de intimidade, o cérebro permanece alerta para detectar possíveis riscos no ambiente.

Esse comportamento, enraizado na necessidade de sobrevivência, permite que o indivíduo monitore o entorno enquanto se entrega ao afeto, equilibrando conexão emocional e autopreservação.

2. Estimulação sensorial ampliada

Para algumas pessoas, o beijo ganha profundidade quando os sentidos são plenamente ativados.

Manter os olhos abertos permite captar aspectos visuais (como as expressões do parceiro, a proximidade dos rostos e até pequenos gestos) que enriquecem a experiência.

Essa imersão sensorial pode intensificar a conexão, transformando o beijo em uma troca mais completa de emoções e estímulos.

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3. Variações culturais

Em certas culturas, beijar de olhos abertos é um hábito natural, sem conotações negativas. Normas sociais e tradições influenciam como as pessoas vivenciam a intimidade, e o que pode parecer estranho em um contexto é perfeitamente aceitável em outro.

Reconhecer essas diferenças ajuda a desconstruir estereótipos e a entender que o gesto está longe de ser um sinal universal de desconfiança.

4. Expressão de autenticidade

Alguns indivíduos preferem beijar de olhos abertos simplesmente porque se sentem mais presentes e autênticos assim. Essa escolha pode refletir um desejo de viver o momento com total consciência, sem se fechar ao mundo exterior.

Longe de indicar frieza, essa postura revela uma forma peculiar de se conectar, onde a visão complementa o toque, criando uma experiência única e pessoal.

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5. Falta de maturidade na relação

Em relacionamentos que acabaram de começar, é comum que os parceiros mantenham os olhos abertos durante o beijo.

Isso pode indicar uma certa hesitação em se entregar completamente ao momento, seja por timidez, insegurança ou simplesmente por ainda não haver intimidade suficiente.

Beijos mais curtos e com contato visual prolongado podem ser uma forma de dosar a conexão, permitindo que ambos se sintam mais no controle da situação enquanto a cumplicidade se desenvolve naturalmente.

Por que o beijo de olhos fechados é mais comum?

Um estudo da Universidade de Londres proporcionou um entendimento mais claro sobre fechar os olhos durante um beijo. Basicamente, isso ajuda o cérebro a se concentrar melhor nas sensações táteis.

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Segundo as psicólogas Polly Dalton e Sandra Murphy, o cérebro tem dificuldade em processar estímulos visuais e táteis ao mesmo tempo. Assim, ao desviar o foco da visão, é possível aproveitar mais o toque dos lábios.

pesquisa, publicada no “Journal of Experimental Psychology“, analisou como tarefas visuais complexas afetam a percepção de outros sentidos.

Voluntários foram submetidos a testes com vibrações nas mãos enquanto realizavam exercícios visuais. Os resultados mostraram que, quanto maior a demanda visual, menor a sensibilidade ao toque.

Os achados têm implicações práticas, como no desenvolvimento de alertas táteis em carros. Segundo Murphy, motoristas podem ignorar avisos ao dirigir em situações que exigem muita atenção visual.

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