Recentemente, um eclipse solar total capturou a atenção de milhões de pessoas ao redor do mundo, sendo visível em regiões específicas do México, Estados Unidos e Canadá.
Este evento celeste foi um dos mais aguardados do ano de 2024, marcando um espetáculo raro para muitos observadores.
Em contraste, o Brasil presenciou seu último eclipse solar total há aproximadamente três décadas, em 1994, e não espera ver outro tão cedo.
Quando será o próximo eclipse solar total?
O próximo eclipse solar total será em 12 de agosto de 2026, mas não será visível no Brasil. Sua zona de visibilidade cruzará regiões do norte da Espanha, Portugal, Islândia, Groenlândia e Rússia.
A duração da totalidade é estimada em 2 minutos e 18 segundos, menos da metade do tempo do evento de abril de 2024, que durou até 4 minutos e 28 segundos em alguns locais.
Para os brasileiros, a próxima oportunidade de testemunhar um eclipse solar total em seu território será apenas em 2045.
O fenômeno ocorrerá em 12 de agosto, com o pico às 16h19, mas será visível apenas em partes do país. Após este, o Brasil só verá outro eclipse total em 2125.
Eclipses totais são considerados raros devido à sua limitada faixa de visibilidade de cerca de 360 quilômetros. Já os parciais, no entanto, ocorrem com maior frequência.
Os próximos que serão visíveis em nosso país ocorrerão em 2 de outubro de 2024, 6 de fevereiro de 2027, 26 de janeiro de 2028 e 20 de março de 2034.
O que é um eclipse?
Um eclipse é um evento astronômico onde um corpo celeste, como a Lua ou um planeta, se posiciona entre um observador e uma fonte de luz, geralmente o Sol, criando uma sombra que pode ser observada.
Na Terra, ocorrem de quatro a sete eclipses anualmente, envolvendo diferentes configurações entre o Sol, a Terra e a Lua.
Existem dois tipos principais de eclipses: solar e lunar. Um eclipse solar ocorre quando a Lua se alinha entre a Terra e o Sol, resultando nestas variações:
- Total: a Lua cobre completamente o Sol, deixando visível apenas a coroa solar;
- Parcial: parte do Sol é ocultada pela Lua, parecendo ter uma “mordida”;
- Anular: a Lua não cobre o Sol inteiramente, formando um anel luminoso ao redor de sua silhueta;
- Híbrido: o mais raro de todos, quando ocorre mais de um no mesmo dia.
Por outro lado, um eclipse lunar acontece quando a Terra se interpõe entre o Sol e a Lua, classificados da seguinte forma:
- Total: a Lua entra completamente na sombra da Terra e adquire uma coloração avermelhada devido à dispersão da luz solar na atmosfera terrestre;
- Parcial: apenas uma parte da Lua é coberta pela sombra da Terra;
- Penumbral: em um eclipse penumbral, a Lua passa pela penumbra, a sombra externa da Terra, dando a impressão de estar oculta por outro corpo celeste.
Como observar um eclipse com segurança?
A exposição direta dos olhos à luz solar pode causar danos severos, como o crescimento anormal de tecido no globo ocular e fotoceratite, uma condição dolorosa que afeta a visão.
A situação se agrava ao observar o Sol por meio de instrumentos de ampliação sem proteção, podendo resultar em cegueira permanente.
Para uma observação segura, é essencial usar óculos especiais para eclipses ou lentes específicas que atendam à norma ISO 12312-2, bloqueando efetivamente a luz visível, ultravioleta e infravermelha.
Outro método seguro é a projeção, que permite observar a imagem do Sol projetada por meio de um pequeno orifício em uma superfície, sem olhar diretamente para ele.
Métodos improvisados, como o uso de materiais opacos comuns, como chapas de raio-x e negativos de fotos, não são recomendados.