Os números são capazes de decifrar uma série de enigmas da existência humana. Utilizados para calcular a distância entre planetas, galáxias e descobrir a idade de tudo aquilo que já se foi, suas possibilidades são infinitas.
Criados há mais de 30 mil anos, os números surgiram a partir da necessidade de contar objetos e animais. Com desenhos de animais nas paredes, contabilizá-los tornou-se mais fácil a partir desse método.
Com o passar do tempo, porém, os indivíduos se juntaram em grupos maiores, em tribos. Por sua vez, cada tribo desenvolveu um modo de contar.
Com isso, é possível dizer que os números não foram inventados por um só povo, o que faz com que as possibilidades para suas origens sejam variadas.
Quanto ao último número a ser criado, porém, não existe nenhuma dúvida de quem toma esse posto. Para descobrir essa curiosidade, confira abaixo qual foi ele.
Qual foi o último número a ser criado?
O último número natural a ser criado foi o zero. Sua existência é considerada um fato tão importante para a humanidade quanto outras invenções, como a roda ou o domínio do fogo na pré-história.
Mesmo que seja um número natural, o zero não foi criado como uma unidade natural. Dessa forma, ele não foi pensado para a contagem, como é o caso dos outros.
A origem desse numeral se deve ao fato de que era necessário existir uma concepção posicional da numeração. Ao contrário do que muitos pensam, sua criação não envolvia a necessidade de marcar a inexistência de determinada quantidade de elementos em um conjunto.
Por meio do zero e da escrita posicional, o ser humano foi capaz de resolver uma série de problemas. Foi solucionado o mistério da mecanização de operações numéricas e cálculos, o que então permitiu que as máquinas de calcular e os computadores existissem.
Nesse sentido, é importante ter em mente que o fundamento da linguagem computacional é a base binária, composta apenas pelos algarismos 0 e 1.
Mais sobre os números
Antes da criação do zero, os seres humanos utilizavam formas particulares para representar e contar quantidades.
No caso dos algarismos romanos, por exemplo, os símbolos não foram desenvolvidos para desenvolver cálculos, e sim para registrar determinadas quantidades. Vale lembrar que não existe representação na versão romana para o zero.
Já os hindus operavam com o ábaco, ao invés de simples pedrinhas. Quando o número de alguma ordem faltava, eles apenas deixavam uma coluna vazia. Para ler centenas onde o zero deveria existir em algum lugar, foi criada uma palavra particular para a ausência: “sunya“, que significa vazio.
O símbolo para o zero, por sua vez, surgiu por volta do século 5 d.C. Isso ocorreu quando os hindus passaram a representar quantidades com algarismos, aplicando o princípio posicional sem o ábaco.
Assim, tudo aquilo que não existia fora do ábaco ganhou independência.