A constante evolução das técnicas de análise e o interesse paleontológico pelos gigantes pré-históricos impulsionam a incessante busca pelo mamífero terrestre mais alto que já existiu no mundo.
No entanto, a investigação é dificultada, principalmente porque a maioria dos fósseis encontrados está incompleta. Apesar disso, é possível notar que, entre os dinossauros de grande porte, os saurópodes se destacam.
Esses animais herbívoros de quatro patas são notáveis por suas cabeças pequenas, dentes adaptados para comer vegetação rasteira, pescoços extensos, corpos volumosos e caudas alongadas, como os gêneros Brontosaurus e Diplodocus.
Qual foi o mamífero mais alto que já viveu na Terra?
Dentro do grupo dos saurópodes, existiam espécies de tamanho tão extraordinário que foram denominadas titanossauros.
Eles se distinguiam não só pelo seu tamanho colossal, mas também por possuírem ossos peitorais largos, conferindo-lhes uma aparência mais robusta em comparação a outras espécies de longos pescoços.
Portanto, são considerados alguns dos maiores animais terrestres que já caminharam pela Terra, com o Patagotitan mayorum ou “Supersaurus” destacando-se como o titã entre eles.
Em 2014, um grupo de pesquisadores encontrou fósseis na Patagônia argentina que revelam que o Patagotitan mayorum poderia atingir de 37 a 42 metros, e uma altura de 20 metros da base dos pés até a cabeça com o pescoço erguido.
O peso desses animais era imenso, oscilando entre 42 e 71 toneladas, suportado por ossos robustos das pernas e braços.
Por exemplo, o fêmur, o osso mais longo do corpo, media 2,38 metros, superando até mesmo a altura dos jogadores mais altos da NBA.
Comparativamente, o úmero, osso do antebraço, tinha 1,67 metros, ligeiramente mais curto que o do Notocolossus, que possuía 1,76 metros. As descobertas foram publicadas na revista Royal Society.
Outra espécie de dinossauro gigante
Mais recentemente, em 2021, cientistas do Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas da Argentina (CONICET) encontraram ossos de outro dinossauro gigantesco que habitou a Terra há 98 milhões de anos.
Os fósseis de uma das maiores espécies já registradas, encontrados em Neuquén, também pertencem aos saurópodes.
Publicado no International Journal of Paleobiology, o estudo detalha que os ossos são de um dinossauro quadrúpede e de cauda longa, denominado Sidersaura marae. Ele pesava até 15 toneladas, e tinha entre 18 e 20 metros de altura.
Os paleontólogos identificaram uma característica única nele: ossos caudais com formato de estrela, inspirando o nome da espécie derivado do termo latino para estrela, “sider”.
Além disso, seus ossos cranianos são robustos, diferentemente dos ossos mais frágeis e finos de seus parentes próximos.
Uma distinção adicional do Sidersaura em relação a outros rebaquisaurídeos é o forame frontoparietal, um orifício no topo do crânio, uma característica compartilhada com os dicreossaurídeos, conhecidos por espinhos no pescoço e costas, como Amargasaurus e Bajadasaurus. Ambos os grupos pertencem à superordem Diplodocoidea.
O calcâneo, um dos ossos do tornozelo, também foi recuperado entre os fósseis do Sidersaura, um achado inédito entre os rebaquisaurídeos.
A morfologia deste osso sugere que ele proporcionava maior resistência ao membro posterior do animal.
A descoberta amplia o entendimento sobre a evolução e ecologia dos titanossauros, sugerindo uma diversidade de nichos ecológicos ocupados por eles.
O animal mais pesado que já existiu
Por fim, o Argentinosaurus é reconhecido como o dinossauro mais pesado a caminhar na Terra. Com um comprimento estimado entre 33 e 37 metros, seu peso variava de 50.000 a 100.000 quilogramas, com uma média de 90 toneladas.
Habitou a região que hoje conhecemos como Argentina durante o Cretáceo Superior, e seu nome deriva justamente do país de sua descoberta.