Um eclipse solar ocorre quando a Lua se interpõe entre a Terra e o Sol, projetando sua sombra sobre a Terra. Este evento é raro e geralmente dura apenas alguns minutos.
Mas como é calculada a duração deste fenômeno e qual foi o eclipse solar mais longo da história? Continue lendo e descubra abaixo.
Qual foi o eclipse solar mais longo da história?
O eclipse solar de maior duração na história foi documentado pela NASA como tendo ocorrido em 15 de junho de 743 a.C., com uma duração total de 7 minutos e 28 segundos.
Este fenômeno astronômico foi visível no Oceano Índico e ao longo das costas do Quênia e da Somália, na África.
Desde então, passaram-se muitos anos e agora espera-se que um eclipse solar de duração comparável aconteça novamente em breve.
Como é calculada a duração de um eclipse?
A duração de um eclipse solar é influenciada pela distância variável entre a Terra, o Sol e a Lua devido às suas órbitas elípticas.
As órbitas elípticas, descobertas por Johannes Kepler, significam que a distância entre os corpos celestes não é constante.
Quando a Terra está mais próxima do Sol e a Lua está mais distante do nosso planeta, o Sol parece maior e a Lua menor, resultando em um eclipse anular em vez de total.
No caso oposto (com a Terra mais distante do Sol e a Lua mais próxima da Terra), ocorre um eclipse total com a maior duração possível.
Assim, a duração da totalidade de um eclipse solar pode variar de uma fração de segundo até um máximo de aproximadamente 7 minutos e meio.
Como este fenômeno ocorre?
A Lua tem o tamanho e a distância ideais em relação à Terra para cobrir completamente o disco solar durante um eclipse.
Em um eclipse anular, a Lua, estando mais próxima do Sol, não cobre totalmente o disco solar, criando um efeito visual de um brilhante anel de fogo.
Já em um eclipse total, a Lua oculta o Sol por completo, permitindo que a coroa solar, a camada mais externa da atmosfera solar, seja visível em torno da silhueta lunar.
Embora o Sol seja 400 vezes maior que a Lua, ele também está 400 vezes mais distante da Terra, o que faz com que ambos pareçam ter o mesmo tamanho no céu.
Essa proporção cria os espetaculares eclipses solares que só são possíveis na Terra, devido à única lua que temos com as dimensões e distância exatas para tal fenômeno.
Os movimentos orbitais do Sol, da Lua e da Terra resultam em alinhamentos entre eles de duas a quatro vezes ao ano.
No entanto, um alinhamento perfeito que produz um eclipse solar total é mais raro, ocorrendo aproximadamente a cada 18 meses.
À medida que a Lua nova se move em frente ao Sol, ela projeta inicialmente uma sombra parcial, chamada penumbra, sobre a Terra.
No ápice do evento, a sombra completa da Lua, ou umbra, bloqueia a luz solar, resultando em um eclipse total.
A faixa de totalidade, onde a umbra toca o nosso planeta e um eclipse solar total pode ser observado, é uma região estreita, geralmente com menos de 260 quilômetros de largura.
Fora dessa faixa, as pessoas conseguem observar o fenômeno parcialmente, ou não conseguem vê-lo.
A trajetória da umbra é dinâmica, movendo-se em um caminho curvo sobre a superfície terrestre devido à rotação da Terra e à órbita lunar.
Por isso, a chance de presenciar um eclipse solar total em um local específico é bastante rara, acontecendo apenas uma vez a cada 375 anos, em média.