Qual é o único país localizado em todos os hemisférios da Terra?

Esse país está localizado, objetivamente, "nos quatro cantos do mundo". Saiba qual é.

O planeta Terra é dividido em quatro partes: os hemisférios Norte, Sul, Leste e Oeste, que são determinados pela Linha do Equador e por um círculo formado pelo Meridiano de Greenwich e seu antimeridiano.

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Como se aprende na Geografia, os hemisférios são as metades obtidas por meio da divisão feita por paralelos e meridianos.

Nesse sentido, a Linha do Equador, que é o paralelo de 0º, separa o globo entre os hemisférios Norte e Sul. Já o Meridiano de Greenwich e seu meridiano oposto, a Linha Internacional da Data, em 180º, dão origem aos hemisférios Oeste e Leste.

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De todos os sete continentes do planeta, apenas um se estende por todos os quatro hemisférios da Terra. E, de forma ainda mais incrível, só um país em todo o globo está localizado em todos eles.

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Mas qual seria esse país? E onde estaria localizado? Entenda mais sobre esse incrível ponto de encontro da Terra abaixo.

O país que está em todos os hemisférios

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Kiribati é um conjunto de ilhas que fica no Oceano Pacífico. Foto: Reprodução / Pexels

O único país que toca todos os quatro hemisférios é Kiribati, um território que fica no centro do Oceano Pacífico, bem na linha do Equador.

Tentar encontrá-lo olhando um mapa pode ser uma tarefa difícil, visto que mal se percebe sua presença.

Esse país é composto por 33 ilhas de recifes e atóis coralinos, que são cadeias ou grupos de formações recifais, todas espalhadas pelos hemisférios Norte, Sul, Leste e Oeste. É isso que torna possível sua presença nos quatro cantos do mundo.

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Consideravelmente isolado, Kiribati não tem fronteiras terrestres em toda a sua pequena extensão de cerca de 811 quilômetros quadrados. Porém, está relativamente próximo das Ilhas Cook, Ilhas Marshall e Tuvalu.

Sua população é formada por cerca de 100,8 mil habitantes, que ocupam 20 de suas 33 ilhas. A economia também é pouco desenvolvida, com um PIB (Produto Interno Bruto) de 130 milhões de dólares.

Já seu desenvolvimento depende dos segmentos químico, alimentício, de móveis e de vestuário, bem como da exploração de fosfato.

Lentamente desaparecendo

Apesar de realizarem o incrível feito de estarem nos quatro cantos da Terra ao mesmo tempo, as ilhas do arquipélago de Kiribati correm o risco de desaparecer. Isso pode acontecer devido ao aumento do nível do mar, associado às mudanças climáticas.

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Muito além de ser um dos menores e mais isolados países do mundo, esse também é um dos mais vulneráveis ao aumento da temperatura do planeta.

De acordo com cientistas, a expectativa é que as ilhas sejam engolidas pelo oceano em 10 ou 15 anos, o que pode deixar sem lar seus mais de 100 mil habitantes.

Esse futuro incerto, inclusive, faz com que muitos se perguntem o que irá acontecer com todas essas pessoas após o Pacífico tomar conta de suas casas.

Há anos, as autoridades de Kiribati já alertam os líderes mundiais a respeito dessa situação. A precariedade de sua economia e as condições climáticas já levaram muitos cidadãos a pedir asilo em outros países.

Além de Kiribati, outras nações, como as Maldivas, Tuvalu, Nauru e as Ilhas Marshall, correm o risco de se tornarem inabitáveis até 2100, justamente por acabarem debaixo d’água. Isso pode afetar até 600 mil pessoas.

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De todos esses países, um dos casos mais chamativos é o de Tuvalu, considerado o país menos visitado do mundo.

A situação é preocupante o suficiente para que o governo esteja tentando reproduzir digitalmente o que ainda existe do país utilizando o Metaverso, de modo que sua memória seja preservada.

A terra também foi palco de uma cena que gerou polêmica nas redes sociais em 2022.

Na época, o Ministro da Justiça de Tuvalu, Simon Kofe, gravou um discurso para um vídeo que foi exibido na 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26) usando terno e gravata, mas dentro do mar, com água até os joelhos.

De acordo com ele, o vídeo tinha como objetivo refletir as situações enfrentadas em Tuvalu por conta das mudanças climáticas e do aumento do nível do mar.

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