Criamos números para contar muitas coisas diferentes, como bens materiais, elementos da natureza e medidas.
Na maioria das vezes, quase tudo pode ser contado no mundo real. E se algo não pode ser contado diretamente, podemos usar cálculos ou estimativas.
Por exemplo, é assim que sabemos que existem cerca de 70 sextilhões de estrelas no universo visível, o que é um número enorme! Apesar disso, não é o maior que conhecemos.
Qual é o maior número que conhecemos?
Essa é uma resposta complicada, pois você pode pensar no maior número que consegue imaginar, dobrá-lo e fazê-lo continuar crescendo sem limite.
Isso mostra que não existe um único maior número possível. Porém, cientistas, físicos e matemáticos se depararam com enormes números e precisaram dar nomes a alguns deles, confira abaixo:
Número de Graham
O Número de Graham é um número muito grande que está relacionado a um problema da teoria de Ramsey.
Ele é o menor número n tal que, se os vértices de um hipercubo n-dimensional forem pintados com duas cores, sempre haverá um subgrafo completo de quatro vértices coplanares da mesma cor.
Foi estimado por Ronald Graham em 1971 e tem como limite superior um número que é escrito usando a notação de seta para cima de Knuth.
Ele é tão grande que não pode ser escrito nem mesmo usando a notação científica ou a notação de potências sucessivas. Seus últimos dígitos são… 2464195387. [1](^1^) [2](^2^) [3](^3^)
Googol e Googolplex
O matemático Edward Kasner desafiou seu sobrinho de 9 anos a pensar em um número enorme: 10 elevado a 100, ou seja, um 1 seguido por 100 zeros.
Isso deu origem ao Googol, um número tão grande que ultrapassa a quantidade de átomos no universo que conhecemos.
E tem mais: o Googolplex é ainda maior, sendo 10 elevado à potência do Googol, ou seja, um 1 seguido por um Googol de zeros (10^googol).
Obviamente, ele não pode ser escrito com algarismos, pois faltariam materiais e tempo para realizá-lo.
Diz-se que, mesmo que toda a matéria do Universo fosse tinta e papel, ainda faltaria material para poder escrever todos os zeros que o compõem.
O tempo também seria escasso. Se alguém tivesse começado a escrever este número no dia em que o Big Bang começou, não teria concluído a sua tarefa hoje.
Mas a imaginação não parou por aí! O filósofo mexicano Agustín Rayo inventou o Número Rayo, que é ainda mais gigantesco.
Número Rayo
O Número Rayo é um número muito grande que foi definido pelo matemático Agustín Rayo em um duelo de números grandes no MIT em 2007.
Ele é o menor número maior que qualquer número que possa ser nomeado por uma expressão na linguagem de teoria dos conjuntos de primeiro ordem com menos de um googol de símbolos.
O Número Rayo é muito maior do que o googol e Googleplex, ou mesmo o maior número primo já encontrado, o 51º primo de Mersenne, expresso como 282,589,933-1.
Big foot
O Big foot ultrapassou o Número de Rayo ao substituir “teoria dos conjuntos de primeira ordem” por “teoria dos grandes números de primeira ordem” (que tem a sigla foot, ou seja, pé grande, em português), expandindo o conceito de Agustín Rayo.
LittlePeng9 é o autor desta façanha, e Sbiis Saibian foi quem o nomeou – ambos são frequentes colaboradores da “Wikipedia dos números gigantes”, conhecida como Googology Wiki.
Assim, atualmente ele é o maior número finito, porém pode ser atualizado a qualquer momento, caso apareça outro número maior.