Qual é o local mais infestado por germes na cozinha? Ciência revela

Você já se perguntou qual seria o local mais infestado por germes em uma cozinha? Descubra a resposta com base na ciência.

A cozinha é um dos cômodos mais amados — e habitados — da casa de muitas pessoas. Por conta de seu uso constante, a limpeza deve ser tão frequente quanto, e vê-la organizada é sempre satisfatório.

Mas nem por isso ela fica 100% limpa: existe sempre um local que permanece infestado por germes. Além do banheiro, a cozinha é um dos lugares favoritos das bactérias. A esponja que fica na pia acumula sujeira o suficiente para deixar a cabeça girando, assim como a louça suja.

Mesmo assim, quem realmente ocupa o posto de canto mais infestado por germes não é nem um, nem outro. O culpado, inclusive, pode impressionar: afinal, poucos podem suspeitar dele.

Para entender melhor sobre o assunto, confira abaixo qual é o local da cozinha mais infestado por germes e o motivo disso, de acordo com a ciência.

Leia também

Ciência revela qual é o local da cozinha mais infestado por germes

De acordo com um estudo publicado na revista Journal of Food Protection, comissionado pelo Serviço de Inspeção e Segurança Alimentar do Departamento de Agricultura dos EUA (FSIS), os itens mais contaminados de uma cozinha são os potes de tempero.

Na pesquisa, os responsáveis buscaram determinar a prevalência e o grau de contaminação cruzada de uma variedade de superfícies na cozinha durante o preparo de alimentos.

A contaminação cruzada, por sua vez, ocorre por meio da transferência de contaminantes de um ser (objeto ou alimento contaminado) para outro alimento, por conta da falta de higiene dos utensílios de cozinha, do próprio produto ou do indivíduo.

Dessa forma, o estudo concluiu que, quando as pessoas estão preparando seus alimentos, os potes de tempero podem facilmente sofrer a contaminação cruzada com microrganismos patogênicos, ou seja, responsáveis por doenças transmissíveis pela comida.

Igualmente, os pesquisadores acreditam que outras superfícies mais óbvias como tábuas para corte, tampas de lixeiro e maçanetas de portas de geladeira também devem receber mais atenção durante a limpeza.

Qualquer pote de tempero que é tocado ao preparar carne crua, por exemplo, pode sofrer contaminação cruzada. Pensando nisso, fazer uma boa higienização é fundamental.

Condução do estudo

O método do estudo foi realizado monitorando 371 adultos fazendo uma receita de hambúrguer de peru idêntica em várias cozinhas de diferentes tamanhos. Algumas eram em apartamentos, outras em salas profissionais, bem como centros e bancos de alimentos.

Os participantes deveriam preparar uma refeição que consistia em hambúrgueres de peru crus e temperados e uma salada embalada.

Para simular a forma como o patógeno se moveria pela cozinha, os pesquisadores contaminaram a carne antes com um bacteriófago, que é um vírus que infecta bactérias e não tem o menor efeito em humanos.

Nenhum dos participantes foi informado do fato de que seu comportamento na cozinha seria observado até que tivessem terminado de preparar a refeição. Feito isso, os responsáveis coletaram utensílios e esfregaram superfícies para testar a presença do bacteriófago.

Os resultados revelaram que os objetos contaminados com maior frequência eram os potes de tempero, com pelo menos 48% das amostras tendo evidência do bacteriófago.

A prevalência da contaminação, por sua vez, foi muito diferente de outras superfícies examinadas. Tábuas de cortar e tampas de lixeiro, por exemplo, eram os segundos e terceiros itens mais infectados.