No geral, as pessoas acreditam que o tempo de vida dos animais é calculado sempre com base em uma fórmula específica. Um novo estudo mostrou qual é a expectativa de vida do seu cachorro com base em outros parâmetros.
Sendo assim, não adianta sempre calcular que 1 ano de vida do seu animal corresponde a 7 anos humanos. Isso porque outros fatores entram nessa equação e afetam o resultado real. Entenda mais a seguir.
Qual é a expectativa de vida do seu cachorro, segundo a Ciência?
De acordo com a pesquisa publicada no Scientific Reports, os cães comumente vivem de 10 a 13 anos. Isso corresponde a, aproximadamente, 60 a 74 anos humanos.
Os resultados desse estudo foram baseados em dados de mais de 580 mil cães de mais de 150 raças diferentes, com foco nos animais do Reino Unido. Além dessa média de expectativa de vida, a pesquisa trouxe outros dados ricos.
Segundo o levantamento dos pesquisadores, os cães pequenos e de nariz comprido têm as maiores expectativas de vida no Reino Unido. Por outro lado, os cães machos de raças de tamanho médio e face plana têm as mais baixas.
Portanto, na região da Grã-Bretanha, cães como o Borzoi ou Dachshunds (salsicinhas) vivem mais tempo. No entanto, cães como os Pugs, Buldogues Ingleses e Buldogues Franceses tendem a ter uma vida mais curta.
Em números específicos, animais pequenos e com o nariz comprido vivem, em média, 13,3 anos. Por sua vez, animais com as faces planas tem uma expectativa média de 11,2 anos.
Como foi feita a pesquisa?
A princípio, essa é uma pesquisa pioneira na área de Medicina Veterinária e Biologia. Basicamente, nunca antes foi feito um estudo relacionado com os fatores que afetam a expectativa de vida dos cães.
Anteriormente, as pessoas utilizavam as tradicionais tabelas de expectativa de vida que agrupavam as raças em grupos. Porém, isso era feito sem necessariamente considerar outros condicionantes que afetam o bem-estar do cão.
Ou seja, havia poucas pesquisas sobre a expectativa de vida dos cachorros com base nos diferentes fatores que afetam esse cálculo. Ademais, foram utilizados dados mais amplos que somente a raça dos animais.
Para chegar aos resultados, analisaram questões como peso, histórico de doenças, características físicas, nível de pureza da raça dentro da árvore genética e muito mais. Tudo para criar uma perspectiva mais ampla sobre os animais.
Os pesquisadores criaram um banco de dados de mais de 584 mil cães com base em 18 diferentes fontes de informação do Reino Unido. Nesse processo, foram analisados dados de diferentes instituições.
Entre elas estão os registros de raça, companhias de seguro para animais domésticos, instituições de caridade focadas no bem-estar animal. Também foram incluídas as instituições acadêmicas.
O que essas descobertas significam?
Essa pesquisa foi fundamental para descobrir mais informações sobre o envelhecimento dos cachorros e a relação com as características físicas. Em especial no caso dos cães de nariz achatado.
Os animais com focinho comprimido possuem 40% mais chances de ter vidas mais curtas. Isso está associado a problemas respiratórios comuns a animais com o focinho comprimido.
Por conta da síndrome obstrutiva das vias aéreas braquicefálicas, esses animais lidam com diversos sintomas ao longo da vida. Desde a respiração ofegante até o superaquecimento, padrões de sono perturbados e estresse.
No mais, cães como os Pugs e Buldogues não conseguem ter tanta disposição para a prática de exercícios por conta dessa dificuldade respiratória. Assim, tendem a cair no sedentarismo e desenvolver outros problemas de saúde.